✔ 29. O tempo passando

999 Words
✔ 29. O tempo passando: ✔ 29.1. Imaginavam: Benjamin e Aurélia, estavam desenvolvendo uma relação que passaria de protetor e protegida, para homem e mulher, a atração já se fazia presente entre eles. Luíza sempre tentou proteger a filha dos olhos masculinos, obrigava Aurélia a se vestir com roupas grotescas, pensava que desta forma Aurélia não chamaria atenção dos homens. Uma mulher egoísta, sem a capacidade de se colocar no lugar da filha, pensar em como ela se sentia. Nunca se importou em como ela se sentia, nunca a ouviu. A sua vontade era a que prevalecia. Uma mulher extremamente machista, criando a filha para ser submissa a um homem, ao seu marido. Baseada em princípios arcaicos. Enquanto, erroneamente pensava que as roupas do século passado, impediam os homens de sentir atração e desejar Aurélia, Benjamin se perdia imaginando Aurélia sem aquelas vestias horrenda. Ele possuía a curiosidade de saber sobre suas peças íntimas. Aurélia aos vinte e três anos ainda desconhecia a sensação de ser beijada, ansiava por este momento. Sempre que lia um romance se imaginava nas cenas dos beijos. Muitas vezes chegou a se imaginar em momentos mais íntimos. Conhecia a teoria, faltava a prática. Se a sua mãe pudesse prever o que estava por acontecer, com certeza não permitiria que Aurélia ficasse no apartamento de Benjamin. ___ /// ___ /// ___ /// ___ /// ___ ✔ 29.2. O Anjo revoltado: Enquanto Benjamin e Aurélia estabeleciam uma rotina, o Anjo da Morte, estava revoltado por não saber do paradeiro de sua sétima vítima e última. _ Maldição! Não entendo como aquela cafona desapareceu. Como pode sumir desta forma? O Anjo da Morte, havia planejado tudo, sobre o modo em que realizaria o seu sétimo assassinato. Teria executado seu plano se Aurélia estivesse em casa e frequentando as aulas. Observou Alzira conversando com Luíza, na tentativa de ouvir algo a respeito de Aurélia, seu paradeiro. As duas mulheres conversam sobre a igreja, falavam da vida dos vizinhos, faltavam de tudo, menos sobre o lugar onde Aurélia estava. Conversaram até mesmo sobre o casamento de Aurélia e Saulo. Precisava descobrir onde ela estava, para concluir a sua série de assassinatos. Cometeu cinco crimes sem deixar vestígios da sua identidade, no sexto falhou, sem se dar conta que sua lista com o nome das sete mulheres fora perdido. ___ /// ___ /// ___ /// ___ /// ___ ✔ 29.3. Rotina de casal: Uma semana se passou, Aurélia continuava no apartamento de Benjamin, cuidava do apartamento e dele. Estabeleceram uma rotina, dormiam juntos, sempre acordando colados um ao outro, nenhum dos dois falava nada a respeito, fingiam demência. Ela preparava o café da manhã, almoço e jantar, também fazia bolos, biscoitos. Lavava as roupas e passava, até mesmo organizou o pequeno closet dele. Possuíam uma rotina de casal, com o detalhe de não fazerem sexo. Benjamin, estava gostando da companhia dela, com exceção do incômodo que era lutar com a atração que sentia, com o desejo de a fazer sua. Em alguns momentos precisou precisou esconder sua ereção, em outros quando sentia estar ficando e******o, imaginava sua avó transando. Estava focado em descobrir quem era o Anjo da Morte o quanto antes, não sabia até quando poderia resistir a tentação que era Aurélia. Aurélia era a parte fraca, sem nunca ter vivido experiências com o sexo oposto, estava prestes a sucumbir ao pecado. Um pecado desejado por muitas e que atendia pelo nome de Benjamin Baumman. Ela não perderia a oportunidade assim que ela surgisse, talvez ela criasse a oportunidade. Deixaria a vergonha de lado, fazendo o que era preciso. ___ /// ___ /// ___ /// ___ /// ___ ✔ 29.4. Duas semanas depois: Luíza estava a ponto de sofrer um colapso nervoso, Aurélia praticamente não telefonava para a família. E quando fazia, ainda usa a opção ocultar número do celular, alegava ser uma medida de segurança. Protegia sua saúde mental da mãe, que se soubesse o número, ligaria a cada trinta minutos. Sobre o local em que estava hospedada, disse apenas não ter autorização para revelar, sua alegação era segurança. Não se preocupava com algo acontecer a sua família e não conseguirem entrar em contato, eles conheciam Benjamin, tinham o número da delegacia, se algo acontecesse bastava o procurar. E foi que Luíza fez, não aguentava mais estar longe da filha, sem poder a controlar. Chegou à delegacia com o nariz em pé, exigindo falar com o delegado que ficou surpreso com a visita. _ Exijo saber para onde levou a minha filha? _ Senhora não posso dizer. _ Poder você pode, não faz porquê não quer. Conheço homens como você, se fazem de bom moço, herói, para depois desvirtuar moças decentes. Samuel que estava na sala, ficou surpreso com a acusação. _ Quem é ela? Perguntou a Benjamin. _ A mãe de Aurélia. _ Entendi. Entendi tudo. Disse assimilando o que estava acontecendo. _ Senhora Luíza, não irei permitir que ofenda o meu caráter e minha honra, mais uma acusação sua, e a prendo por desacato a autoridade. Nunca faltei com o respeito a nenhuma mulher, não será agora que o farei. Espere que sua filha entre em contato. Acredito que este seja o momento de se retirar da sala. _ Se algo acontecer a minha filha você terá que se responsabilizar. Ele não entendeu o que ela quis dizer com se responsabilizar. Para Luíza, responsabilizar era o mesmo que casar. _ É meu amigo, sua sogra é brava. Caçoou o amigo. _ Sem gracinhas Samuel, essa megera não é minha sogra, nunca será. Não preciso dizer os motivos, você os conhece bem. Samuel não conteve o sorriso, percebendo que Benjamin estava alheio ao que estava acontecendo em sua própria vida. O dejaria descobrir sozinho. Voltaram a conversar sobre o caso das mulheres traficadas, um plano seria colocado em prática para chegar ao parceiro de Giancarlo. ___ /// ___ /// ___ /// ___ /// ___ Quando oportunidades não acontecem, você as cria, foi exatamente o que Aurélia fez.
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