✔ 7. Primeiros suspeitos:
Benjamin sentia-se m*l. O fato de ainda não ter conseguido identificar o responsável responsável por tirar a vida de quatro mulheres, e ainda cogitar a hipótese de que poderia existir outras vítimas que não foram encontradas, afetava o seu humor.
Nunca foi o tipo de delegado que era íntimo de todos os colegas de trabalho. Tratava todos de forma igual, com respeito. Às vezes se excedia, fazendo com que alguns gritos ecoassem pela XVII Delegacia da Mulher.
Não aceitava ninguém fazendo corpo mole.
Samuel era seu amigo, antes de se tornar investigador, se conheceram na faculdade. Assim como Oliver, que era reconhecido por seu excelente trabalho como advogado.
Também era amigo de Guilherme, o idealizador do Clube Mask.
Era um homem fechado, sem muita paciência para fazer amizades. O trauma vivido, tinha deixado marcas.
Não foi fácil para um garoto de treze anos, presenciar o assassinato da sua mãe.
As marcas ficaram.
_ Cara, precisa relaxar um pouco.
Samuel, falou, mesmo sabendo que não adiantaria de nada.
_ Tem coisas que não conseguimos controlar.
Completou.
_ Sinto que estou falhando com a promessa que fiz a minha mãe.
_ Deixa disso Benjamin, você não está falhando, você está há dias investigando esse caso. Sabe bem que não estamos falando de um assassino comum, o que torna o caso mais complexo.
_ É frustrante saber que neste momento ele pode estar fazendo uma nova vítima.
Samuel assentiu.
_ Você precisa entender que tudo tem um tempo certo para acontecer, existe uma força maior que não controlamos. Tudo o que aconteceu até agora é porque tinha de acontecer.
_ Odeio quando começa com essas coisas de tempo.
Samuel riu.
A esposa de Samuel era a responsável por Samuel, compreender que tudo tinha um tempo certo para acontecer.
Ela era uma mulher calma, que dificilmente se via de mau-humor. Gostava de meditação e ioga.
_ Samuel depois que você se casou Míriam, você ficou um chato.
_ Meu amigo espero ansioso o dia em que o verei apaixonado.
Benjamin revirou os olhos.
Eles estavam indo para a universidade Global.
Talvez lá pudessem encontrar alguma pista do assassino.
_ Sabe que não pretendo me apaixonar, tenho o maior respeito pelas mulheres, mas não quero envolvimento amoroso. Minha missão é apenas protege-las.
_ Diz isso porque ainda não encontrou a mulher que vai derreter esse coração de gelo.
Benjamin não se permitia ter envolvimentos amorosos. Para ele os seus envolvimentos eram apenas sexo. Nunca iludia uma mulher, sempre deixava claro qual era o seu objetivo, um momento de prazer e nada mais.
Tatiana, não conseguia entender a resistência de Benjamin a relacionamentos. Ela o conheceu na faculdade, sempre tentou conquistar o seu amor, mas o coração de Benjamin parecia uma muralha impenetrável.
A única mulher que morava ali era a sua avó.
No campos da universidade relembrou o seu tempo de estudante. Todo o esforço que fez para chegar a delegado.
Muita coisa na universidade mudou, o diretor da sua época já havia se aposentado, alguns outros professores tinham deixado de dar aulas e estavam envolvidos em outros projetos.
Benjamin e Samuel circularam pelo campos. Visitaram as sala de aula das alunas que foram assassinadas, conversaram com os colegas delas.
Os primeiros suspeitos começaram a aparecer.
Triste foi constatar que muitas alunas tinham trancado a matrícula por medo. Os pais de algumas, contrataram segurança particular.
O diretor também havia colocado a disposição das alunas um ônibus que as buscavam e levava em casa.
As alunas que possuíam carro, ofereciam carona, as que não tinham.
Todas com medo, uma apoiando a outra, sempre em grupos.
A segurança do campus havia sido reforçada.
Benjamin havia conseguido infiltrar alguns agentes disfarçados de alunos nos campos. Assim como alguns dos seguranças.
Com as informações colhidas, voltaram para a delegacia, precisavam dos antecedentes criminais dos primeiros suspeitos.
. . .
Os capítulos passaram a ser diários após a conclusão da história de "Uma pequena flor no jardim de Fabrizio".