✔ 8. Os suspeitos:
Quando chegou à delegacia Benjamin, encontrou um tumulto, vozes alteradas.
_ Silêncio!
Gritou.
A sua voz saiu com um trovão, fazendo com que o silêncio surgisse.
_ Bem melhor assim.
Samuel deu uma risadinha.
_ Qual o problema?
Uma mulher havia chegado a delegacia para fazer uma denúncia, o marido havia a agredido.
Porém, sua sogra não aceitava, queria impedir que a denúncia contra o seu filho fosse realizada.
Um caso com quatro vidas perdidas, e uma mãe tentando proteger um filho agressor. Sendo que ela como mulher, como mãe, deveria exigir do filho um comportamento digno de um homem, não de um covarde.
Com a situação resolvida, denúncia feita, foi para a sua sala.
Agora ele tinha alguns nomes para investigar.
Serviu uma xícara de café.
O primeiro nome era o de um vigia. O homem ficou muito nervoso ao ver o delegado no campus. Como um bom observador Benjamin, percebeu de imediato o seu nervosismo.
Uma observação foi feita, assassinos do tipo ao que estavam lidando eram frios e calculistas, dificilmente ficariam nervosos com a presença da polícia.
O segundo suspeito um funcionário da lanchonete. Algumas alunas informaram que ele sempre brincava com elas, as convidando para sair. E pouco dias antes do corpo de Fabiana, a terceira vítima ser encontrado, eles foram vistos conversando no portão da universidade. Ele poderia ter tido algum contato com as outras vítimas também.
O terceiro suspeito, um professor que estava a pouco tempo integrado ao corpo docente da Universidade. Havia sido contratado para dar aulas de inglês. Todas as vítimas frequentavam o curso e eram alunas dele.
O quarto suspeito o diretor da universidade, ele havia sido visto conversado com a primeira e a quarta vítima.
Cinco alunos do curso de inglês também apareciam como suspeitos.
Com os nomes em mãos, Benjamin faria uma varredura na vida de cada um deles, nada ficaria escondido.
Se fosse um deles descobriria é faria justiça.
Ele tinha alguns nomes, mas não descartava a hipótese de poder ser outra pessoa.
Ele não pararia até encontrar o criminoso.
Seria um trabalho árduo.
...
Em sua rotina diária, Aurélia, cuidava da casa, não desejava a sua mãe falando nos seus ouvidos, que ela estava sendo relapsa com a casa e implicasse com o seu curso.
O seu desejo era viver uma nova vida, sentir-se como uma mulher normal. Ter direito a escolhas, poder decidir o seu destino.
_ Aurélia, hoje a noite Alzira vem o filho jantar.
_ Algo especial mamãe?
_ Como algo especial Aurélia? Você sabe bem que Saulo deseja se casar com você. Sabe também que eu e o seu pai fazemos gosto nesse casamento.
Aurélia ficou triste. Não desejava se casar com Saulo, não tinha sentimentos por ele.
Queria se casar por amor. A sua mãe dizia ser besteira, que ela lia romances demais. Que o amor viviria com o tempo, com a convivência.
Luiza era tão autoritária que não ouvia filha. Pensava que por ser mãe poderia e tinha o direito de tomar decisões por Aurélia. Decidir o seu futuro, como se a filha não fosse capaz ou pudesse tomar decisões por si própria.