✔ 41. Uma nova aula

1011 Words
✔ 41. Uma nova aula: Da varanda da casa grande, Benjamin encarava o céu repleto de estrelas, da posição em que estava não podia avistar a lua, mas sabia que não era noite de lua cheia. Quando chegou a Vale dos Lírios, naquela manhã não imaginava que teria uma tarde de compras no shopping, que poderia proporcionar a Aurélia um momento de transformação. Olha para a noite n***a, pensando na conversa que teve com Samuel, antes do jantar. Apesar de ser sábado e estar de férias, não desligava do trabalho. Contou a ele sobre o seu pensamento maluco em que Luíza poderia ser o Anjo da Morte. Uma suposição, que Samuel achou interessante a lógica do seu raciocínio. Em meses de investigação tinham muito poucas pistas, qualquer informação ou suposição deveriam ser consideradas. A análise dos proprietários dos carros do mesmo modelo, visto no último local do assassinato e na rua de Aurélia, avançava. Muitas perguntas sem respostas. Luíza poderia, sim, querer assustar a filha e a fazer desistir do curso, pois se tinham uma certeza sobre ela, era que ela não era uma pessoa normal. Na longa conversa em que tiveram, outras possibilidades foram levantadas, poderia ser um aluno ou aluna que sofreu bullying no passado e estava usando as mortes para aterrorizar os alunos. Mas, por que somente mulheres de cabelos longos? Por que mulheres do curso de inglês? E a oração? Será que era um crime com motivação religiosa? Todos os alunos da Universidade com carros do mesmo modelo já tinham sido identificados. O diretor também possuía um carro do referido modelo, alguns alunos e funcionários. O diretor também poderia ser um suspeito em potencial, considerando que muitos homens com altos cargos costumavam assediar suas funcionárias. Na Universidade seriam as alunas, talvez oferecendo a elas bolsa de estudos. Aurélia sentiu a língua dele invadindo a sua boca, o seu corpo se acendeu. Ficou quente, muito quente. Ela não possuía experiencia, mas como o próprio Benjamin a instruiu Poderia ter assediado Aurélia, e com uma negativa por parte dela, resolveu a eliminar por não aceitar a rejeição. Conversaria com Aurélia, precisava esclarecer essa dúvida. Um ponto importante era o resultado da perícia, sobre a análise da munição, que tirou a vida da última mulher. De posse dessa informação, saberia qual arma foi usada. Poderia ser uma arma proveniente do tráfico de armas, talvez uma arma permitida a civis terem porte. Na pior das hipóteses uma arma de uso exclusivo da polícia, o que era inadmissível, uma pessoa contratada para defender a população ser a mesma que os ataca. Não importava quanto tempo demoraria, a única certeza de Benjamin era que colocaria atrás das grades o maldito assassino. Mais uma vez olhou para o céu, entre tantas estrelas brilhantes uma chamou a sua atenção. Sorriu, achando graça do seu pensamento i****a ao comparar aquela estrela a Aurélia, mas era isso, aquela estrela que chamou a sua atenção se destacando entre tantas outras, era como Aurélia em sua vida. Conhecia muitas mulheres, mas nenhuma delas, chamou a sua atenção como a pequena Fada fez. _ Benjamin! A voz que o encantava o tirou do seu devaneio. _ Atrapalho? _ Não, estou apenas observando como a noite e pensando em como no campo é diferente da cidade. Aqui podemos ver se estrelas. Não lembrava que era assim. _ As luzes da cidade nos impedem de vê-las. A sentir perto mexia com todos os seus instintos. Precisa afastar o desejo, manter a concentração no motivo que o fez estar ali novamente. _ Amanhã a deixarei descansar, hoje foi um dia agitado, imagino que esteja cansada. Com um movimento de cabeça, ela assentiu. _ Na segunda-feira começamos o seu treinamento. Ela estava apreensiva, não imaginava como poderia ser as aulas e o simples fato de pensar que aprenderia a manusear uma arma, a deixava aflita. _ Terei mesmo que aprender a atirar? _ Sim, pois deixarei uma arma com você, se for preciso saberá como usar. Também precisará ter condicionamento físico, se precisar correr precisa ter preparo. Benjamin estava pensando na possibilidade de Aurélia ser capturada e levada para um local distante, como foi em todos os casos. Precisava a preparar. Enumerou alguns pontos do treinamento, em um determinado momento parou de falar apenas a olhava fixamente. _ Por que está me olhando assim? _ Pensando que preciso ensiná-la mais algumas coisas. Franzino a testa perguntou: _ Que coisas? _ Isso. Com dois passos ele parou na frente de Aurélia, sem dar tempo para que se afastasse a beijou. Ele bem que tentou resistir, falhando miseravelmente. Aurélia não resistiu, sentiu a língua dele invadindo a sua boca, não possuía experiencia, mas como o próprio Benjamin a instruiu bastava seguir os instintos. Beijar é algo comum aos humanos. Estava descobrindo sensações que estavam tirando o seu fôlego, causando um reboliço no seu corpo. “Você me enlouquece, Aurélia.” Pensou ele. Uma curiosa Julieta espiava por de trás da cortina, vibrando de felicidade ao ver o neto manter Aurélia cativa em seus braços em quanto a beijava. _ Pedro, vem ver. _ Ver o que, mãe? _ Fala baixo, não quero que eles escutem. Fazendo exatamente o que a mãe pediu, Pedro caminhou até a janela e espiou escondido por trás da cortina. _ É meu filho, não tem como negar. Sorriu orgulhoso do filho. Sentindo confiança, Aurélia cruzou seus braços no pescoço de Benjamin, o que fez com que ele entendesse que ela apreciava o momento tanto quanto ele. Aproveitando a sua entrega ao momento a puxou para mais perto de seu corpo. Quando o seu faltou, desgrudaram os lábios um do outro, mas o abraço não foi desfeito. Olharam se nos olhos, respiração descontrolada. _ Sinto coisas… Ela não completou a frase. _ Você sente desejo, fica excitada. Ela a beijou novamente, um beijo bem mais profundo, Aurélia era inexperiente, mas conseguia o acompanhar. Benjamin estava perdido. ... /// ... /// ... /// ... /// ... “Ela é tudo o que ele quer. Ele é tudo o que ela precisa.”
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