✔ 16. Não era fácil

899 Words
✔16. Não era fácil: ✔16.1. Analisando suspeitos: Em muitas das vezes algumas palavras só passam a fazer sentido ou a entedemos depois que algo acontece. A manhã na delegacia foi um verdadeiro caos, Benjamin e Samuel conseguiram entender tarde demais a resposta de Giancarlo quando respondeu se tinha conhecimento sobre o que os presos faziam com homens que agrediram mulheres, chegavam a penitenciária. "Imagino. Não poderão me atingir, já estou morto em vida. Nenhuma dor física se compara com a dor que sinto. É imensurável. Para dores físicas existem remédios, para a minha não. E não existe dor pior do que aquela que há medicamento que possa a curar. Quando não se existe mais remédios que alivie a dor, tudo já se acabou..." Entenderam que ele chegou a delegacia com tudo planejado. Por ter ido de vontade própria, confessado que praticava as agressões, não o revistaram como deveria. Uma falha. Giancarlo escondeu com ele comprimidos, e os ingeriu durante a madrugada. Não morreu como desejava, seu corpo resistiu. Passou meses em uma cama de hospital, somente o perdão o liberou da sua dor. As investigações sobre o tráfico de mulheres, continuariam sem a sua colaboração. Aquela manhã atípica, transformou a delegacia no mais completo caos. Não demoraria muito para o acontecido chegar à imprensa. ... ✔ 16.2. Na casa da família Castro: Na casa da família, Luiza julgava Fiorella, a via como uma mulher indecente, um mau exemplo a ser seguido. Ela era aquele tipo de pessoa que sempre colocavam as mulheres como erradas, se o marido traiu, a culpa era da esposa. Se bateu, a culpa também era da esposa. Independente do que acontecesse a culpa era sempre da mulher. _ Aurélia, espero que quando se casar com Saulo, o respeite, honre a sua casa e sua família. Morrerei de vergonha e decepção se você se comportar como está Judas. Luíza assistia a uma reportagem em que falava sobre Fiorella ter fugido do marido e possivelmente está em um novo relacionamento com o Fabrizio Ricci. _ Mãe, o repórter disse que ela fugiu por causa das agressões e Fabrizio é filho do dono de uma agência de segurança em que o pai dela trabalha. _ Não seja ingênua Aurélia, o marido não deu uns tapas nela de graça, com certeza ela fez alguma coisa errada. Mostrou a televisão, _ Você mesma está vendo, preste atenção na i********e com que esse homem a segura. São amantes. Aurélia não retrucou, evitava sempre embates com a mãe. _ É uma desavergonhada, um mau exemplo a ser seguido. Não deveriam permitir esse tipo de reportagem... Deixou a mãe falando sozinha, não precisa estar perto para saber exatamente tudo o que falaria. A mãe era como um disco no modo replay. ✔ 16.3. Benjamin Baumman: Após o longo dia, Benjamin finalmente chegava no seu apartamento com a intenção de descansar. Ficaria na intenção, o seu apartamento não estava muito diferente da delegacia. Como delegado era um homem eficiente e organizado, porém o mesmo não se podia dizer com relação a organização do seu apartamento. Quando fechou a porta e olhou a sua volta, sentiu vontade de ir dormir em um hotel. _ Como posso ser desorganizado desse jeito? Perguntou-se. Poderia tomar um banho e descansar se não precisasse organizar o seu apartamento. Começou recolhendo as roupas espalhadas, colocando-as no cesto de roupas na lavanderia. Lavou copos, pratos e talheres. Retirou o lixo. Passou o aspirador de pó nos cômodos. Ele era eficiente, com uma hora o apartamento estava com outro aspecto. Após o banho percebeu outro problema, a geladeira e os armários estavam vazios, mais uma vez comeria lanches. Quando decidiu morar sozinho não analisou as dificuldades, mas era o preço a pagar pela autoproteção que se impôs. Enquanto esperava a entrega do seu lanche, ficou analisando a lista de suspeitos dos assassinatos das quatro mulheres. O professor estava fora da lista. O vigia Saraiva, foi o segundo a ter o nome retirado da lista. Ficou nervoso com a presença de Benjamin na Universidade, não por ter envolvimento com os assassinatos e sim por conhecer a fama, o famoso delegado Benjamin Baumman, aquele que era responsável por colocar atrás das grades homens que cometiam agressões contra mulheres. Ao vê-lo, Saraiva, não conseguiu lembrar que a sua presença na Universidade estava relacionado ao caso das quatro alunas assassinadas. Como perdeu a cabeça com a filha desobediente, e não conseguindo controlar a segurou pelos ombros e a sacudiu,. Com o ocorreu pensou que a filha havia o denunciado por agressão e que seria preso. Na investigação feita sobre Saraiva, nada foi encontrado, era um homem trabalhador, pacífico, um funcionário exemplar. Também possuía um álibi, para cada semana em que cada uma delas foi encontrada. Um álibi foi estar fora da cidade quando uma das jovens foi encontrada, estava de férias, visitando alguns parentes. O seu único problema era lidar com a filha rebelde, não sabia mais o que fazer com a menina. Quando conversou com ele, Benjamin não conseguiu o recriminar pela atitude impulsiva ao corrigir a filha. Outro pai provavelmente não teria apenas a sacudido, talvez uma agressão física fosse concretizada. Saraiva a sacudiu, mas a vida lhe daria pancadas terríveis se continuasse desobediente, não querendo estudar, seguindo os colegas de escola, bebendo e fumando. A garota pelo menos estava comportanto-se bem, o saculejão surtiu efeito. Continuou analisando outros suspeitos. ...
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