O Vikings

o início

《PRÓLOGO》

25 de Agosto de 794

Numa noite fria nas terras de Norte, uma bela jovem grita em seu leito sentindo as fortes dores do parto. Seu sangue mancha o lençol branco e as cortinas balançam com o vento sereno da madrugada.

-Vamos Kira, força! Você precisa trazer o herdeiro dos Mclvol

A velha parteira que, com suas velhas e cansadas mãos, já ajudou muitas crianças a virem ao mundo, teme. Ela sabe que se algo acontecer com o herdeiro e/ou esposa de seu senhor, será condenada a morte.

-Eu não consigo mais – a jovem chora de dor - Chame o Axel

Seu pedido é atendido e em poucos minutos Axel – líder do clã – entra no leito e encontra sua esposa cansada. Rapidamente ele se aproxima da cama.

-O que está acontecendo minha luz do luar? - o viking pergunta com seu coração partindo ao ver sua dor – Cadê a força minha guerreira? Vamos, você consegue. Rezarei a deusa Frigga, deusa da fertilidade, para ajudá-la

-Meu senhor – a voz da parteira atra a atenção de Axel – Se a minha senhora não fizer mais força o bebê morrerá ainda no ventre

A preocupação da velha senhora é sentida por Axel também.

-Faça força agora, minha luz

-Não consigo, dói muito – diz abatida – Eu quero dormir

-Kira, me obedeça e faça força agora – sua voz é firme e rígida

Ao ouvir a voz gélida de seu marido, ela volta a fazer força para empurrar

-Já consigo ver a cabecinha, minha senhora

Em um dado momento é sentida uma dor descomunal e Kira empurra pela última vez. Logo um choro de bebê ecoa preenche todo o ambiente.

-Nasceu meu senhor. Seu herdeiro é forte e saudável – diz aliviada e alegre

O homem beija a cabeça de sua amada que acaba de dar a luz ao seu filho.

O viking recebe seu filho com um beijo.

-O senhor aceita seu filho?

-Sim – responde encarando-o com um sorriso

A velha senhora sai alegre para espalhar a boa nova.

Axel mostra para a esposa a linda criança que acabara de trazer ao mundo. A mesma respira aliviada, pois faziam semanas que a preocupação com relação ao costume bárbaro dos vikings, a dominava. Nele quando uma criança nascia com algum tipo de deficiência, era renegada e abandonada para morrer.

-Meu amor, qual será o nome dele – pergunta recebendo o bebê para amamentar

-Minha luz, já tenho um lindo nome para nosso herdeiro. Porém só poderá ser pronunciado daqui a sete dias.