Sandrine, consumida por uma angústia avassaladora e um desejo insaciável de justiça, não via em Larry apenas um mero mortal. Ele representava a personificação de sua oportunidade de vingança, uma esperança disfarçada sob a pele sedutora de um homem enigmático. Cada sorriso, cada movimento meticulosamente planejado, ressoava como sinos funestos em sua mente, alimentando as chamas vorazes da determinação que queimavam em seu peito. Cada olhar dele era como uma faca afiada cortando profundamente sua alma ferida, reacendendo a fúria e a sede de justiça que a consumiam. Sandrine sabia que Larry era mais do que apenas um alvo; ele era a personificação de todos os seus demônios, e só através dele ela poderia encontrar redenção ou destruição absoluta. Cada segundo ao lado dele era uma tortura e uma oportunidade, um jogo perigoso onde as apostas eram sua própria alma e a única saída era a vingança.
Em um intricado emaranhado de traições escandalosas e segredos nefastos, ela se via como a protagonista de uma trama inescapável, urdindo meticulosamente cada detalhe de sua própria história. Entre os fios do passado emaranhados com os suspiros de redenção, ela se encontrava em um palco sombrio, iluminado apenas pela trêmula dança das velas, onde cada chama era um eco de suas esperanças e medos.
Na penumbra, ela pintava em sua mente a derradeira cena de sua própria tragédia pessoal, cada sombra dançando ao redor dela como espectadores silenciosos de seu destino iminente. Larry, o confidente devoto e traiçoeiro, aguardava nos bastidores, pronto para desempenhar o papel que ela tão astutamente lhe conferira, enquanto o véu da traição se adensava ao seu redor como uma névoa funesta.
Cada suspiro era carregado com o peso de uma vida vivida nas sombras, cada olhar lançado para o além carregava a carga de uma alma em busca de redenção. E assim, sob o manto de trevas que envolvia sua existência, ela se via como a condutora de sua própria tragédia, os fios do destino entrelaçados em um intricado padrão de mentiras e desejos obscuros, onde a única luz era a chama vacilante da esperança, pronta para ser apagada pelo sopro gelado da traição.
No mais profundo recanto da noite sombria, onde as sombras dançam uma dança sinistra e o silêncio é quebrado apenas pelo sussurro do vento, desenrolava-se a trágica saga de Sandrine e Larry. Em um cenário tingido por um véu de suspense tão denso que poderia sufocar até mesmo os mais destemidos, suas vidas se entrelaçavam como os fios de um destino cruelmente entrelaçado.
Era uma narrativa digna das mais sombrias páginas do gótico, onde o destino, com sua mão implacável, manipulava cada movimento, tecendo uma teia de eventos que pareciam desenhados pelos próprios demônios que assombravam os recantos mais profundos de suas mentes atormentadas. Cada passo dado por eles ecoava como um eco macabro através dos corredores da noite, ecoando a inevitabilidade de um desfecho trágico. Eles estavam presos em um labirinto de angústia, onde cada escolha parecia ser apenas mais um passo em direção à perdição.
Enquanto os minutos se arrastavam como horas e as estrelas se escondiam, o universo parecia conspirar contra eles, transformando suas vidas em uma verdadeira dança com a morte. E assim, sob o manto n***o do desconhecido, a história de Sandrine e Larry se transformava em um conto de terror, onde o destino os conduzia inexoravelmente para o abismo. E para pular nesse abismo de braços abertos, Sandrine se vira para Madana:
- Madana, tem como apresentar ele pra mim? - Sandrine perguntou, com um brilho curioso nos olhos.
Madana inclinou a cabeça ligeiramente para o lado, seus olhos faiscando com um brilho travesso enquanto uma sobrancelha elegantemente arqueada elevava-se em um gesto de questionamento. Seu olhar percorreu a amiga com uma mistura complexa de surpresa, curiosidade e diversão, como se estivesse decifrando um enigma deliciosamente intrigante. Havia uma aura de mistério em sua expressão, como se ela estivesse prestes a desvendar um segredo há muito guardado, enquanto seus lábios curvavam-se em um sorriso sugestivo, sugerindo que ela sabia mais do que estava disposta a revelar naquele momento. Era como se, naquele único movimento, ela transmitisse toda uma gama de emoções, desde a incredulidade até a antecipação, deixando claro que algo interessante estava prestes a acontecer.
- Larry? Não me vai dizer que ficou interessada nele?
Um sorriso travesso, como uma chama dançante em meio à escuridão, brincou nos lábios da amiga, iluminando seu rosto com uma aura de intrigante malícia. Era como se cada curva de seus lábios carregasse consigo segredos ocultos, promessas de aventuras proibidas e desejos inconfessáveis. Seus olhos brilhavam com uma centelha de entusiasmo, refletindo o lampejo de uma alma ansiosa por desafios e emoções.
Foi um sorriso que desafiou o destino, um convite para adentrar territórios desconhecidos onde a mente vagueia livre e os limites se tornam borrões indistintos. Naquele instante fugaz, tudo era possível; cada sonho, cada fantasia, cada desejo reprimido ganhava vida e forma, alimentando-se da energia elétrica que parecia pulsar no ar ao redor delas.
E assim, num gesto tão simples quanto irresistível, aquele sorriso lançou um feitiço sobre o ambiente, transformando-o em um palco para as maiores aventuras e os mais obscuros segredos. Era como se o universo inteiro estivesse suspenso no limiar da expectativa, aguardando para testemunhar o que viria a seguir na história que se desenrolava naquela noite carregada de promessas e mistério.
- Sim. Mas apenas na pessoa dele. Essa parte dele se interessar por coroas eu abstraio.
Madana soltou uma risada que ecoou pela sala, uma sinfonia de incredulidade e diversão se entrelaçando em cada nota. Seus olhos brilhavam com uma luz travessa enquanto ela sacudia a cabeça, como se estivesse tentando expulsar a incredulidade que se instalara ali. Era como se ela estivesse desafiando o próprio universo, desafiando-o a superar o absurdo da situação. Seu riso era contagiante, preenchendo o espaço ao redor com uma energia vibrante que parecia desafiar as próprias leis da realidade. Era como se, por um breve momento, ela fosse capaz de transcender o tempo e o espaço, envolvendo a todos em sua aura de humor e vivacidade. E no centro desse turbilhão de emoções estava ela, Madana, a mestra das artes da incredulidade, transformando um simples momento em uma experiência inesquecível:
- Vou te apresentar ao Larry, mas é por sua conta e risco. Depois não fique p**a de raiva, quando souber que ele está pegando alguma tia sua ou pior: sua mãe.
A amiga fez uma careta de desagrado.
- Vira essa boca pra lá! Só o achei interessante. Ele tem cara de quem lê muito. Percebi pelo ar de intelectual.
Enquanto trocavam essas palavras, o ambiente ao redor parecia envolto em um véu de expectativa palpável. As paredes pareciam conter segredos murmurados pelo eco das conversas, enquanto as cadeiras vazias pareciam aguardar ansiosamente por novos ocupantes para compartilhar seus suspiros e confidências.
Cada som, cada suspiro, era como um personagem adicional nessa cena, contribuindo para a tensão que pairava no ar. O aroma do café, agora mais intenso, parecia sussurrar promessas de encontros e desencontros, enquanto os sons distantes da rua adicionavam uma trilha sonora misteriosa à narrativa que se desenrolava.
Os ponteiros do relógio, meticulosamente traçando seu caminho ao redor do mostrador, pareciam ter desacelerado seu ritmo habitual. Cada tique-taque era prolongado, como se o próprio tempo estivesse relutante em avançar, desejando prolongar o momento em que as vidas de Sandrine, Larry e da amiga de Madana se cruzariam.
Era como se o universo inteiro estivesse suspenso, aguardando com uma expectativa silenciosa o desenlace dessa trama que se desenrolava diante de seus olhos invisíveis. Cada segundo que passava era carregado de uma tensão que podia ser cortada com uma faca, enquanto o destino parecia tecer os fios dessa história com uma precisão meticulosa, preparando-se para revelar seus caprichos mais sombrios.
- Anote aí meu número e me ligue no sábado pela tarde. Sempre tem uma festa rolando pelo lado da praia à noite e sempre ele aparece.