Capítulo 55: Os indícios...

1114 Words
Com raiva, Joshua espremendo o celular na sua mão isola-o longe espatifando na parede. É, pelo visto, era uma vez um aparelho. Andando de um lado a outro, passou a mão por seus cabelos e os apertou com força. Vociferando, jogou algumas coisas na cômoda do quarto indo tudo ao chão. - p***a! Porque você ainda continua agindo assim Carly. Um dos cacos do perfume que havia ido ao chão, perfurou a sua mão. Mesmo que jorrasse sangue pelo carpete e cômoda, Joshua olhava aquilo fascinado, dando indícios que não está no seu juízo perfeito, talvez nunca estivesse. De repente, gargalhou apertando a mão para tentar estancar o sangue. - Como é fascinante ver o contraste do tom vermelho do sangue na pele branca. Imagina, sendo em alguém que acabou de morrer. Hahaha... – Riu sinistramente. Mas logo, seu rosto escureceu e murmurou com os dentes trincados. - Olha o que você me faz Carly. Ah, mas você vai me pagar caro por isso, pode apostar! “Paw” Seu punho fechado esmurrou por cima da cômoda com respingos de sangue indo ao seu rosto. Alguns pingos pegaram nos seus lábios e o mesmo os lambeu como se estivesse se deliciando com algo muito saboroso. Com isso, girou os calcanhares e seguiu ao banheiro. Colocou a mão ensanguentada e percebeu que tinha um pedaço do caco preso a sua pele e puxou. O sangue jorrou ainda mais e o mergulhou novamente embaixo d’água. Fechou a torneira e enrolou uma tolha de rosto branca na mão. Saiu apressadamente para o carro e seguiu até o hospital em que a sua esposa trabalha. Assim que chegou, m*l estacionou direito o carro. Estava um pouco pálido pela perda considerável de sangue e a prova disso era a toalha de branca que estava ensopada e totalmente vermelha. Dois enfermeiros vendo que o carro estava m*l estacionado e o motorista não descia se preocuparam. Correram até lá e perceberam que havia uma mão enfaixada sangrando e bateram no vidro do carro. Joshua estava um pouco tonto e com certa dificuldade, abriu a porta. Um deles correu até a entrada e voltou com uma cadeira de rodas. Assim que Joshua se sentou, correram com ele para a emergência. Por uma ironia, Ander estava em atendimento. Quando não estava na sua área que era a cardiologia e cirurgia pediátrica, ele estava na emergência como clinico geral já que antes de se especializar na área, precisava passar por essa parte. - Doutor, encontramos esse senhor na frente do hospital com a mão desse jeito. Ao levantar a sua cabeça por estar escrevendo algo, viu Joshua na cadeira de rodas tentando se manter acordado. Largou a caneta rapidamente e correu até ele. - Coloquem-o na maca. – Assim que o colocam, os enfermeiros saem os deixando sozinhos. Tirando do jaleco um par de luvas de silicone, ele segue até a porta pedindo para um dos enfermeiros trazer soro, uma bolsa de plasma e alguns medicamentos. Indo até onde Joshua está, o examina fazendo os primeiros procedimentos e retira a tolha da sua mão constatando um corte profundo. - Nossa Joshua. Pelo visto aprontou hein. – Girou os calcanhares franzindo o cenho e pegou uma bandeja de alumínio colocando um kit sutura. O enfermeiro acabava de chegar e começou a fazer todos os procedimentos o colocando no soro e na bolsa de plasma. Aplicou no acesso uma injeção antitérmica e anti-inflamatória. Não sentiu nenhum odor de álcool. Isso era bom, que indicava que Joshua não estava alcoolizado, podendo aplicar medicamentos que não trariam efeitos reversos. Dispensando o enfermeiro, Ander limpou o ferimento e com isso, estava iniciando a sutura quando ouviu alguns murmúrios baixos. - Você me paga. Aysha, Carly. Ander estranhou aqueles murmúrios e meneou a cabeça enfezado. - Eu hein, deve estar com febre. Mas espero que não seja o que estou pensando. Continuou fazendo o seu trabalho e ao terminar, indicou que os enfermeiros que o levaram até a emergência, o levassem para um leito na enfermaria. ...~~~~~~~~~~~~~~~~~ ... Já no apartamento, Carly estava irritada com Joshua a perturbando para que a mesma voltasse para casa. Ligou para a sua cunhada contando tudo o que aconteceu e Brenda só fazia rir. - Ah cunhada, está rindo agora. Para de rir mulher o caso é sério! - Desculpa... cunhada. – Respirou fundo e assim, ao se recompor, continuou. - E o que você pretende agora Carly? - Como o que eu pretendo. Eu pretendo continuar a minha vida e ver como Joshua se comporta. – Mente dando de ombros, já que não pretende reatar o casamento. - E a vaca, ainda está na cidade? Carly a responde com indiferença. - Acredito que sim, mas não estou mais nem aí. Se Joshua realmente estiver arrependido, pensarei sobre isso entre nós dois. – Respondeu o que a cunhada queria ouvir sabendo que passaria tudo para o irmão e também seu pai, o senhor Eliot. - É isso aí garota! É assim que se fala. – Empolgada, Brenda a responde. As duas acabam rindo e conversam mais algumas amenidades até que desligam e Carly percebe que não comeu nada ainda, desde o almoço. Foi até a geladeira e esqueceu que só tinha água e então, pegou a sua bolsa e saiu. Iria a um restaurante para jantar. Ao entrar no elevador, estava pensativa. Suspirou ao lembrar de todos os momentos que teve ao lado de Joshua e involuntariamente, levou a mão ao ventre e acariciou a sua barriga sorrindo igual a uma boba. “Ding” Mas ao abrirem as portas, se deparou com Ander que a olhou com os olhos arregalados e seus olhos desceram até onde a sua mão estava e apontando para onde seus olhos estavam, a indagou. - Carly, você está... - Grávida! – Exclamou afirmando. Ander a encarou perplexo vendo o brilho e sorriso no rosto de Carly. ...~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~ ... Na cidade vizinha, Aysha acabava de sair da sua consulta com a terapeuta e estava se sentindo um pouco mais leve. Pegou o seu celular e resolveu ligar para Carly. Queria conversar com ela, mas o telefone deu fora de área. Suspirou pesado, mas não desistiria de falar com ela, tentaria depois conforme a sua terapeuta a orientou, até porque, Carly foi a quem mais sofreu nessa história toda e então seguiu pelas ruas até esbarrar em alguém enquanto olhava algumas vitrines. - Me desculpe. Estava distraída. - Tudo bem senhorita. Ao ouvir aquela voz rouca e envolvente, ergueu o seu olhar se deparando com um belo par de olhos azuis a fitando. Sorriu sem graça sentindo as bochechas queimarem. Os dois se entreolharam por alguns minutos até que... Continua...
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