Capítulo 59: Uma conversa inevitável... Parte 1

1212 Words
Carly foi para o seu quarto após o seu rompante envergonhado e ao mesmo tempo que o seu coração estava confuso, também estava se sentindo vivo como há muito tempo não se sentia. Pensando em tudo o que aconteceu, se deu conta de que nunca esteve tão feliz como agora. Mesmo que estivesse confusa com tudo ao seu redor, percebeu que algumas coisas no seu relacionamento com Joshua estavam sendo “peneiradas” e não enxergou antes de que estava vivendo algo artificial. Com esses pensamentos, foi a cozinha, preparou um copo de leite com açúcar mascavo e o bebeu. Lavou o copo seguindo para o quarto se arrumar para dormir. Depois de se arrumar e se higienizar, dormiu rapidamente. O leite sempre foi um ótimo calmante natural para Carly, mas agora estava com o efeito mais rápido devido a gravidez que a tem deixado sonolenta. Já Ander, nem conseguiu dormir tamanha ansiedade pelo que aconteceu com eles no elevador. Estava anestesiado por sentir o toque suave dos seus lábios, as línguas se entrelaçando. Era a realização de um sonho do qual acreditava que ainda demoraria a acontecer, mas finalmente estava ali. O primeiro passo dado. Quando conseguiu finalmente dormir, já era quase 5h da manhã. Mas não demorou muito, para às 6:30 da manhã, ser despertado por batidas que mais pareciam murros dados na porta da frente. Bocejando, foi até o seu olho mágico e afastou-se. Coçou os olhos pensando estar vendo uma miragem de muito m*l gosto, mas ao ouvir a sua voz estrondosa, teve a certeza de que não estava dormindo, senão seria um pesadelo. Carly, que havia dormido feito um anjo, foi despertada por batidas frenéticas parecendo que iria colocar a porta a baixo. Bocejou jogando as pernas para fora da cama e ao calçar os seus chinelos e seguir para ver quem era, ouviu nitidamente aquela voz. - Carly. Abre essa porta. Merda! – Seu tom áspero lhe causou repulsa. Mas não podia evitar aquela conversa inevitável. Ander pensou em intervir, mas preferiu se manter alerta para caso a sua amada precisasse da sua ajuda. Agora não era só ela quem precisaria ser ajudada e sim o bebê que estava no seu ventre, apesar que o mesmo não acreditava que Joshua seria capaz de fazer m*l a sua futura ex esposa e o filho que ainda nem sabe da sua existência. Não do jeito que ele já a machucou, assim ele esperava. Já a grávida da vez, revirou os olhos e bufou. Abriu a porta, dando de cara com um Joshua totalmente diferente de quando estavam juntos uma semana atrás. - O que você quer? - Meu amor, eu vim aqui para conversarmos. Você precisa me escutar. Suspirando fundo, abriu passagem para ele entrar. Ao dar alguns passos, Carly se afastou seguindo para dentro do apartamento indo até a cozinha para preparar o café da manhã. Antes que pudesse entrar na cozinha, disparou sem ao menos olhar para trás. - Encosta a porta. Assim ele o fez. Seguiu pelo mesmo caminho que ela fez, parando perto da bancada. - Já tomou café? – Indagou com indiferença. - Não. Acabei de sair do hospital e vim direto te ver. Eu precisava falar com você. - Senta. Vou preparar o café. Depois conversamos. Joshua engoliu em seco e sentou-se. Nunca a viu tão fria antes. Parecia que tudo o que Carly fazia era algo que já estava acostumada, pois, além de fazer com perfeição, era rápida. Enquanto o café era feito na sua cafeteira, ela preparou ovos mexidos, bacon, passou o pão na torradeira, preparou um suco de laranja e já estava com tudo pronto. Ajeitou tudo na bancada mesmo e sem olhar para Joshua, o indagou assim que se encostou do outro lado, frente a ele se servindo de uma xícara de café com leite. Sabendo o quanto a sua esposa adora café puro, estranhou vê-la tomar com leite, mas preferiu não falar nada. Pelo menos por enquanto. - O que quer me falar que eu já não saiba? Agora ela o encarava. Mas seus olhos estavam tão frios que Joshua sentiu o impacto quando a olhou. Seus olhos não tinham mais o mesmo amor com o qual o olhava. Aquilo o deixou atordoado que gaguejou. - Eu... precisava... – Pigarreou e continuou. – Precisava te explicar tudo e te pedir perdão primeiramente. – Suspirou e abaixou a cabeça pegando a xicara e bebendo do café puro e forte como ele gostava. - Sabe Joshua, não esperava que viesse me pedir perdão. Logo você que sempre é orgulhoso, estar assim arrependido. Me surpreendo com esse seu pedido de alguém que busca a redenção. Mas de todo o modo, para mim é indiferente. - Porque? Eu estou vindo aqui de coração lhe pedir perdão porque me arrependi. Olhando profundamente para aqueles olhos pretos, não viu nenhum vestígio de sinceridade. Levou a mão ao seu pão e colocou um pouco de ovos mexidos e mordeu um pedaço. Com a boca cheia, o questionou pois, queria ouvir a sua explicação mesmo que mentirosa. - E então, o que queria me contar. O perdão você já pediu, agora se eu perdoarei ou não, você não pode prever que vai acontecer. Então, fala logo o que tem para dizer que preciso trabalhar hoje. Seu tom era frio. Talvez até mais frio que o gelo polar. E isso estava incomodando Joshua que acreditava que iria conseguir reatar com a sua esposa e pelo que Christian falou, tudo indicava que ela não estava sofrendo e sim seguindo a sua vida. Frustrado, passou as mãos pelos cabelos e suspirou. - Eu te amo Carly. Você é minha esposa. Porque não volta para casa, volta para mim! Ironicamente, aquelas palavras não surtiram o efeito que Carly pensou que aconteceria. Não sentiu absolutamente nada e o encarou colocando a sua xícara sobre a bancada e o pão com os ovos mexidos sobre a louça vermelha. Com um guardanapo de papel, limpou as mãos e a boca. O encarou e então disparou. - Sabe Joshua, se você estivesse falado tudo isso por uma simples briga em que não houvessem mentiras e traições, talvez me comovesse. Mas agora, não. Você me destruiu e justamente no dia mais importante das nossas vidas, em que te faria uma surpresa, descubro que todo esse tempo você vinha me traindo. - Não amor. Não foi todo esse tempo. Terminei com a Aysha antes de nos casarmos. Aquela noite foi um erro que eu pensei que era você, mas na verdade foi tudo um plano dela. Ele tenta pegar a sua mão sobre a bancada e a mesma desvia do seu toque o deixando entristecido. Senyi a nojo daquele homem ao lembrar da cena que presenciou. Na verdade, por dentro, ele estava com ódio. Estava perdendo o controle de tudo o que sempre almejou estar na frente e liderando, mas precisava manter as aparências. - Sabe, agora ouvindo tudo isso não faz diferença. O que eu sei é que não volto para você, nem mesmo agora que estou grávida de um filho nosso. - Você está grávida? – Seus olhos arregalados, estava em choque pelo que acabava de ouvir. - Sim, estou! – Seu tom altivo confirma. Continua... Eita, a Carly jogou na lata kkkkk
Free reading for new users
Scan code to download app
Facebookexpand_more
  • author-avatar
    Writer
  • chap_listContents
  • likeADD