Joshua estava inconformado em como seu pai foi capaz de ir falar com Carly sem que soubesse.
Agora, estava ali andando de um lado a outro indignado pelo que acabou de saber e pior, a esposa não deu a mínima para o que o sogro lhe disse.
- O senhor pode ter feito com a melhor das intenções, mas tem noção do quão humilhado estou agora?! Agora estou aqui, sem saber o que fazer.
Alfred estava cabisbaixo se sentindo m*l pelo filho. Quis tentar reparar um erro, que patecia mais por não ter conseguido ter a sua familia de volta no passado e parece que piorou ainda mais a situação do filho nesse momento.
Christian que ouvia e observava a tudo calado, olhou para os dois e disparou.
- Joshua, o que se pode fazer se você mesmo quem errou desde o início?
- Como é? – Exaspera.
Os olhos de Christian se estreitaram e o mesmo, estava tomado pela impaciência.
- Isso mesmo! Você a traiu, a humilhou principalmente se envolvendo com a melhor amiga dela, tem noção do que é humilhação? Não, você não tem. Aliás, o seu pai só fez algo na melhor das intenções e com certeza você já pensava em lhe colocar a culpa, mas pensou mesmo que Carly iria ouvi-lo? Ela não o escutaria. Deixem as coisas caminharem como devem ser e não atrapalhe mais a vida da Carly só para que ela volte para você. Pois, chego a duvidar que esse sentimento todo seja um capricho e jamais amor.
Tudo o que Christian estava sentindo despejou sobre Joshua que estava tão imerso naquelas palavras que como se estivesse no automático, sentou-se na poltrona sem reação alguma. Só que algo lhe doeu a alma, seu amigo estava errado. Ele a ama sim e não é um capricho.
Após o jantar, Carly e Ander seguiram para o apartamento e cada qual seguiu para o seu, após o belo homem roubar-lhe um beijo.
Os dias foram passando e com isso, chegou o dia da sua primeira ultrassom. Claro, que Carly ligou para Joshua o avisando o que lhe foi de imensa alegria e imediatamente foi para o hospital acompanhar a esposa no seu exame, revelando que está com 1 mês de gestação.
Ander também estava lá, mesmo ao longe os observando, estava mais seguro de si principalmente ao ouvir uma conversa dos dois em que Joshua tentava mais uma vez uma reconciliação e Carly deixou bem claro que nada aconteceria quanto a isso, ficou mais confiante de que futuramente teriam um relacionamento do jeito que sempre quis e que sua amada merecia.
O pai de Joshua, senhor Alfred, voltou para a sua casa, sob o mesmo vazio e solidão que o acompanhava há tempos, afinal, esse era o preço por seus erros.
Christian por sua vez, estava preocupado com o amigo que estava ultimamente tendo problemas na construtora com atrasos de projetos e então, resolveu ter uma reunião com ele.
- Me chamou. – Abriu a porta, tendo aprovação de Christian para entrar.
Assim que se sentou, o amigo e também sócio da construtora que estava buscando palavras para conversar, não havia outro jeito senão falar tudo o que deveria de forma crua.
- Olha Joshua, vou ser logo direto com você. Sei o que está passando, mas nossos clientes não e, mesmo que soubessem, seriam da mesma opinião que a minha.
Joshua franziu o cenho não entendendo aonde o amigo queria chegar, então, o indagou.
- Não estou entendendo Christian. Poderia se mais claro?
Suspirando, Christian apoiou seus cotovelos sobre a mesa e disparou.
- Olha Joshua, ou você se organiza e volta a se focar no seu trabalho, ou terei que desliga-lo da empresa.
Com olhos arregalados, Joshua não acreditava no que escutava. Ser demitido?
- Christian...
O interrompe.
- Não Joshua. Você está com todo o trabalho atrasado e o shopping que estávamos construindo, tive que passar para o Hector para ele concluir. Eu sei que não é fácil uma separação, mas precisa se focar em algo Joshua.
Percebendo a gravidade de como tudo estava caminhando na sua vida, a única coisa que ele não queria agora, era perder o emprego.
- Você está certo. Não se preocupe que a partir de hoje, me dedicarei ao trabalho.
Com isso, Christian ficou orgulhoso e lhe deu a oportunidade de voltar a ser o engenheiro que sempre foi.
Assim, passaram dois meses e Carly estava com os seus 3 meses de gestação e sua barriga estava começando a aparecer. Estava radiante e Ander estava do mesmo jeito a vendo mais linda.
Nesse período, os dois se aproximaram mais e Carly contou tudo a sua cunhada Brenda a quem sabia de tudo desde antes da traição, até agora.
Já a sua cunhada que iria com o seu marido para Shelburn Falls, não pôde porque Cliff acabou tendo que orientar uma turma nova no exército e com isso, a transferência foi adiada. As duas sempre tiveram um bom relacionamento e com isso, se tornaram grandes amigas com a sua ida naquele dia em que estava destroçada pela descoberta da traição.
Já fazia um mês que Carly havia procurado um advogado e com isso, deu entrada no divórcio. Seu pai ainda não tinha conhecimento do que se passava com a sua filha e genro, mas através do detetive descobriu que a sua filha foi traída e isso o deixou possesso.
Estava com muita raiva e acreditava que Carly ainda não sabia da traição, m*l sabia ele, que o motivo de tanto querer se separar quando surgiu quebrada e destroçada no seu rancho, era por ter sido traída.
Pensou em não falar nada para não magoa-la, mas, já preparava algo para seu genro saber que a filha tinha um pai que mesmo distante por morar em outra cidade, acompanhava tudo da filha de perto.
Numa manhã de segunda, com a dedicação de Joshua nos últimos meses desde a conversa com Christian, estava no seu escritório resolvendo uma planilha de custo de um prédio que construíram num bairro nobre da cidade quando a sua secretária o avisou que tinha visitas.
Estranhando saber que era um advogado, mandou que entrasse.
Assim que passou pela porta, Joshua se levantou estendendo-lhe a mão.
- Bom dia doutor. Em que posso ajudar?
- Senhor Stanley? Eu sou Greg Volver, advogado da senhora Carly Clifford Stanley.
O ar se pendeu e com isso, Joshua sentiu que tudo ia ruir. Sabia bem do que se tratava e tentou disfarçar fingindo não saber.
- Do que se trata?
Retirando um envelope pardo da sua maleta o estendeu.
- Aqui está. São os papéis do acordo de divórcio. Queira ler e assinar por favor.
Parecia levar um golpe mortal no coração. Segurando aquele envelope sentia como se queimasse as mãos.
Tremulamente, o pegou. Não estava muito conivente com isso, mas lembrou que o seu amigo uma vez havia lhe falado. Amar é deixar ir.
Então, caminhou até a sua mesa e sentou-se. Retirou o acordo do envelope e mesmo tentando absorver o que está escrito, parecia que não conseguia ver e ler nada.
O advogado percebendo que Joshua não estava bem, o indagou ao sentar-se na sua frente.
- O senhor está bem?
Continua...
Isso aí Carly! Nada de esmorecer.