Entre Amigos

Efeito do Vinho

Juliano Albuquerque

A noite seguia seu curso de maneira descontraída e animada, e eu estava aproveitando cada momento ao lado da minha grande amiga Laura. Tínhamos compartilhado uma refeição delicios@, dançado animadamente e rido até as lágrimas com nossas conversas engraçadas. Nossa sintonia era incrível, e estar com ela sempre me enchia de alegria.

Agora, mergulhados na quarta garrafa de vinho, estávamos sentados no chão, sorrindo abertamente e trocando histórias hilári@s. A embri@guez começava a fazer efeito, e nossos risos se tornavam cada vez mais frequentes.

— É, meu amigo, parece que o universo conspirou para que fossemos eternamente solteiros. — Laura brincou, erguendo sua taça em um brinde irônico à nossa falta de sorte no amor.

— Concordo plenamente, Laurinha. O amor é uma jornada... complicada, para dizer o mínimo. Na verdade, o amor é uma merd@, uma maldiçã0 na vida das pessoas — Respondi, balançando a taça de vinho de um lado para o outro com um ar pensativo. — Foi um erro terrível me apaixonar, e olha que segui o conselho do Tomás, aquele irmão que não entende nada de relacionamentos. A sorte dele é que encontrou alguém como Samantha, mais ele não sabe de porr@ nenhuma e queria me ensinar. Ele realmente achava que eu seria feliz com uma única mulher? Vai a merd@ com essa porr@ toda.

Laura riu e, com um toque de carinho, passou a mão pelos meus cabelos.

— Meu amigo, ele só estava tentando ser um bom irmão mais velho, sabe como é, ele queria o seu bem e blá blá blá. — Ela respondeu com um sorriso, e eu gargalhei.

— Bom irmão? Ele me empurrou do penhasco e depois me soltou! Que ingr@to! — Eu ri junto com ela.

— Quem poderia imaginar que aquela mulher tinha um lado tão... aventureiro. Para não dizer que ela era mesmo uma put@ — Laura já começava a ter dificuldade para falar devido ao vinho.

— Verdade, ela é bem... vamos dizer, cachorr@ safad@. — Peguei a garrafa de vinho e virei um grande gole. — Um brinde a piranh@ da Bruna que queria trans@r com meu irmão.

— Ei, me passa mais disso aqui, não vai ser o único a beber tudo. — Ela sorriu, pegando a garrafa da minha mão e fazendo o mesmo, tomando um generoso gole do líquido.

A noite avançava de forma descontraída e divertida, impulsionada pelo vinho que fluía em nossas taças e pelas histórias que Laura e eu compartilhávamos. Ela expressava suas frustrações amorosas com uma mistura irresistível de raiva e humor, assim como eu.

— E eu, que sou a mulher mais idiot@ do planeta Terra. — Laura afirmou com um riso amargo, seus olhos expressando uma mescla de desapontamento e ironia. — Ainda sou completamente apaixonada por aquele idiot@, e o que o Andrew fez? — Ela choramingou, desabafando. — Entrou naquele avião e partiu, sem sequer olhar para trás. — Laura esfregou o rosto com as mãos e depois me olhou com fúri@ teatral. — Ele não quis nem tentar um namoro à distância decente, fez de tudo para que eu terminasse com ele. Simplesmente desapareceu por dias, estava curtindo a vida como se eu não existisse. — Ela fez uma careta engraçada. — E isso porque aquele canalha dizia que me amava. — Ri junto com ela, entendendo seu sentimento. — E agora está lá, comend0 uma vadi@! Que ódi0, eu devia ter colocado um monte de chifr& naquele babac@ antes de terminar com ele.

— Você é terrível, Laurinha! — Dei risada.

— Ele, que é um cretin0, merecia por tudo que fez comigo.

— Veja pelo lado bom, Laura.

— Qual lado bom, Juliano? — Ela perguntou, com um sorriso irônico. — Não há lado bom nisso. — Rimos.

— Pelo menos ele não dava em cima da sua irmã. — Brinquei, me divertindo. — Imagine ter sua namorada dando em cima do seu irmão! É de enl0uquecer, não é?

— Eu nem tenho irmã. — Ela afirmou com indiferença, deitando-se ao meu lado no chão. Ambos olhamos para o teto do meu apartamento, nossos risos ecoando pelas paredes.

— Será que temos o dedo p0dre para relacionamentos? — Perguntei, olhando para o teto também.

Laura virou o rosto e encarou meus olhos, seus lábios curvados em um sorriso cúmplice.

— Com certeza. — Concordamos, rindo.

— Car@mba! — Afirmei, voltando a olhar para o teto.

Ficamos em silêncio por alguns instantes até que, de repente, decidi falar novamente.

— Sabe de uma coisa? — Levantei-me, e Laura me encarou, rindo. — Que se d@nem aqueles dois idiot@s! Não vamos ficar choramingando por eles. Quem perdeu foi o Andrew, uma mulher inteligente, doce e incrivelmente linda. E aquela mulher perdeu um cara super atraente, muito legal e que f0de super bem, então eles que vão para o infern0. Que eles vão se f0der, eu não quero mais ficar aqui me lamentando, você veio para se distrair e não para ficar chorando pelo seu ex. — Estendi a mão para ela.

Laura olhou para minha mão e sorriu, seus olhos brilhando com diversão.

— O que vamos fazer? — Ela perguntou, segurando minha mão.

— Vamos continuar aproveitando nossa noite. — Puxei-a para levantar e a coloquei em meus ombros.

Ajustei seu vestido, que subira um pouco, e ela sorriu, jogando os cabelos para trás.

— Não! — Laura exclamou, se divertindo. — Juliano, me coloca no chão. — Ela continuava rindo, e eu a carreguei até o jardim privativo.

— Laurinha, você é magra, mas é pesada pra caralh0. — Brinquei, enquanto ela gargalhava.

— Agora, me coloca no chão, Juliano. — Ela pediu, sorrindo quando chegamos onde eu queria estar.

Me aproximei da borda da piscina, e Laura ergueu um pouco a cabeça, seus olhos curiosos sobre o que eu estava prestes a fazer.

— Que tal um mergulho na piscina, Laurinha? — Propus.

— Está frio, Juliano, não faça isso. — Ela tentou parecer séria, mas não conseguiu e começou a rir.

Peguei impulso e caí com ela na piscina. Subimos à superfície, e ela tentou ajeitar os cabelos molhados e limpar o rosto. Laura estava ainda mais linda, sorridente, e o vestido grudado em seu corpo devido à água destacava suas curvas para lá de sensu@is. Aquela visão mexia com meus pensamentos de uma maneira perigos@. Rapidamente, retomei a brincadeira para afastar pensamentos in@propriados com minha melhor amiga.