Fede a Leite

1381 Words
Mel Albuquerque.... Meu sonho sempre foi ser fotógrafa, eu desde pequena sempre quis tirar fotos de todos e o mundo, minha mãe sempre me incentivou a seguir por esse caminho, já que a minha família também tem vários fotógrafos, e claro sendo indicados por eles, vai ser bom para mim. Nasci no Rio de Janeiro, morei no morro do dendê até os meus treze anos de idade, mas a minha mãe quis se mudar para São Paulo para ficar perto da nossa família. Eu tive que criar outras amizades na escola, demorei muito para me adaptar neste lugar e hoje eu com 17 anos minha mãe quer voltar para o Rio novamente por causa de um cara que ela conheceu a dois anos atrás. Ele é italiano, é um ótimo marido para a minha mãe, e bom padrasto, a melhor coisa que existe nele é a comida, ele é um chef e tanto. Bom meu pai sumiu no mundo, tenho lembranças dele vagamente, hoje em dia eu não me importo mais, não sinto mas falta, aprendi que minha mãe faz os dois papéis, de pai e mãe, e sou honrada por isso. Eu só tive apenas um namorado, foi o Vitor, tivemos uma boa relação, ele sempre respeito o meu princípio, eu falava que não estávamos na hora de ter relação s****l e ele sempre respeitou, tínhamos planos para noivar, pensávamos em ter dois filhos e a nossa própria casa, mas tudo foi de água abaixo quando eu vi ele na cama com uma garota que se rotula como a minha prima, e depois disso eu nunca mais pensei em ninguém, meu foco é só estudo. Já estamos com o voo marcado para daqui a duas horas, estamos com tudo pronto, e eu não vejo a hora de chegar no Rio, quero procurar logo um curso de fotografia, já que eu terminei o meu ensino médio, minha mãe vem até a mim e pede para eu me sentar. --- Filha, você sabe que vamos morar no morro do alemão, eu te peço para você não se misturar com ninguém de lá, procure outras amizades, não quero você envolvida com aqueles bandidos, você está me ouvindo Mel?--- minha mãe fala parecendo que eu sou uma criança. --- então porque a senhora escolheu esse lugar para morar? Não vou ter amigos? Mãe não é porque eles se afundam que eu vou pelo mesmo caminho também! Eles são eles, eu sou eu, não se esquece que eu fui criada no dendê até os treze ano.--- minha mãe às vezes parece cuspir no prato que comeu, não dá para entendê-la. -- eu só quero o seu bem minha filha, só isso, você faz isso pela sua mãe?-- ela agarra minha mão e não tem como dizer não, mas até lá, ela vai mudar esse pensamento. --- Sim mãe, pode deixar, agora vamos, porque senão vamos chegar atrasada no voo. ↪↪↪↪ Chegamos no Rio, e Pietro não para de falar nesse restaurante que ele quer abrir no morro, minha mãe não fica para trás. O caminhão com os nossos móveis deve chegar amanhã cedo, hoje vamos ter que improvisar tudo. Entramos no táxi e a minha mãe deu a localização do morro, o motorista disse que não poderia subir, xingo mentalmente porque vamos ter que carregar tudo na mão. Vejo alguns caras armados na entrada e o Pietro vai lá e conversa não sei o'que com ele e um pega o radinho e o mesmo manda nos subir. --- obrigado ai, pela ajuda, bom eu já paguei tudo certo? Posso abrir o meu restaurante aqui?-- Pietro diz com um tal de Mucosa. - Sim chefe, fica a vontade, eu só não quero bagunça, e lembrando que isso aqui é um morro, se liga nos preços, fé ai pra vocês. O cara armado sai do nosso campo de visão, e olho a casa, até que é bonita, por fora, não é de dois andares como a minha antiga de São Paulo, mas é bonita, tem também uma loja na frente que acredito que vai ser aqui o restaurante ou a pensão deles. Entramos na nossa casa e vejo que já tem alguns móveis, não sabia que aqui as casas vem com móveis não. Entro no meu quarto, e dei alguns pulinhos quando vejo que ele é grande, tem duas janelas, e as duas são de frente a rua, abro a janela e dou de cara com alguns homens armados e fecho logo. Abro a minha mala e pego um cropped e um shortinho de dormir, já que não tem nada para fazer eu vou descansar. Saio do banheiro de banho tomado, passo o meu hidratante e deito no lençol que eu forrei no chão para eu dormir. Escuto uma gritaria lá fora, e me levanto correndo, para ir ver, saio do meu quarto e vou até a rua e prendo o meu cabelo, e vejo minha mãe e o Pietro discutindo com alguém, e quando ouço o Senhor nervoso falar que vamos ter que sair daqui eu entro na conversa. --- eu não sei quem é você, mas se você quer que nós saímos daqui, devolve o nosso dinheiro, e para de gritar porque aqui ninguém é surdo. Seus olhos estão vermelhos, e agora que eu vi a arma atravessada na suas costas, mas não é por isso que eu vou deixar ele falar nesse tom com meus pais não. --- acho que é melhor você trocar essa fralda primeiro, antes de vim falar comigo, meu papo não é contigo, é com seus pais, sou o dono dessa p***a toda aqui, se eu não quiser pagar eu não pago.--- diz ele rude. -- nossa grande coisa, diga mas?-- ele sai de cima da moto e vem até a mim, escuto os gritos da minha mãe e o Pietro dar passos largos em minha direção e acaba levando um soco na cara. Olho para o Pietro no chão, e vejo minha mãe pedindo ajuda, levanto o meu nariz e fico ali firme, quem pensa que ele é? Só porque é o dono disso tudo? --- você ainda fede a leite é quer ser marrenta comigo? Tá pensando que você é quem?--- diz ele quase em cima de mim. --- Sou a Mel para a sua informação, sou a filha que sempre vou defender os meus pais, se nós não somos bem vindos aqui, nos devolve o dinheiro que vamos embora. Ele segura em meu pescoço e mantenho firme o meu olhar no dele, mas sinto ele sendo puxado pelo o mesmo carinha que falou conosco mas cedo, e uma menina vem até a mim. --- ei você está bem? Tu é doida de enfrentar meu irmão?-- uma menina diz --- é meus pais, eu faço de tudo por eles. --- está certa, mas o meu irmão tem motivos para não aceitar morqdores novos aqui, e gostei de você, meu nome é Lara e o seu? --- Mel, eu também gostei de você, pena que você tem um irmão que não vale nada. Vejo que o tal do Mucosa ainda conversam é vou até a minha mãe e o Pietro, ele está com o canto da sua boca roxa, peço desculpas por isso é minha mãe me repreendeu por eu ter me intrometido, dou um abraço neles dois e ouço a voz atrás de mim. --- vocês podem ficar aqui, mas sabendo que eu quero cinco por cento do lucro da pensão.-- Pietro concorda mas agora é a vez da irmã dele falar. --- ta maluco Felipe? Tu não cobra de ninguém e quer vim cobrar deles?--- Lara diz enfrentado seu irmão. --- Lara eu cobro quem eu quiser, e não se mete aonde você não foi chamada p***a, vai pra casa. Ele monta na sua moto e sai voado, Mucosa e a Lara vem em nossa direção e começa a conversa com a minha mãe e o Pietro, pelo menos esse é educado. --- fiquem tranquilos, o erro foi meu, não estamos aceitando moradores novos aqui por enquanto, e acabei esquecendo e deixei vocês morar aqui, enfim o Coringa é cabeça dura mas é uma boa pessoa, ele vai voltar atrás e não vai cobrar nada não, é só vocês ficarem quietos.--- ele diz olhando diretamente pra mim.
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