Clara
Não conseguimos entrar em um acordo sobre o que esperávamos da reunião com o Dom. Seguiremos o mesmo plano. Oferecemos a droga, sendo uma oferta de uma das Herdeiras, e faríamos negócio.
Eu me aproximava o suficiente para entender o tanto de proteção que a Julie tinha, e com base nisso planejamos como acabar com ela. Não era nada complicado, em teoria.
Se ele fosse um pai super protetor, aí sim, teríamos um problema.
E tinha também o Nicolas e a Anna. Eu precisava tirar a menina de lá, e assegurar que eles pudessem ir para Nova York conosco. É o que o Russo faria.
- Quase consigo ouvir os seus pensamentos. - O Ricardo falou, com uma toalha enrolada na cintura, saindo do banheiro.
- Estou repassando o plano. - Admiti e ele sentou ao meu lado.
- Você está confiante que as coisas vão sair como o planejado?
- Sim. - Eu sabia que ele estava com medo, mesmo que tivesse dificuldade de assumir.
- Eu gostaria de ter essa certeza. Eles me parecem muito imprevisíveis. - Ele admitiu.
- Eu sei. Mas deixou de ser apenas por vingança. - Falei, pensando no Nicolas.
- Aquele menino mexeu com você. - Ele não parecia bravo quando falava isso. Eu assenti.
- Ele é uma parte do Russo… - Respirei fundo e o Ricardo não esboçou reações.
- Você não o conhece. A similaridade deles é impressionante, mas o Nicolas é outra pessoa, ele foi criado em outro regime mafioso… - Ele suspirou. - Mas eu entendo. Acredite, eu entendo.
- Obrigada. - Deitei no ombro dele e me deixei abraçar. A trégua era bem vinda. Eu sabia que logo ele voltaria com a preocupação exacerbada, mas senti falta dessa calma dele, agindo como se soubesse que as coisas poderiam dar certo no final.
- Rainha… - Ele chamou com a voz calma e respirou fundo. - Eu amo você. - Olhei para ele e sorri.
- Eu amo você, demais! - Ele tocou os lábios nos meus com carinho. Eu abri a boca para recebê-lo e foi mágico. Ele me puxou para o colo dele e eu montei nas suas pernas, me entregando mais ao beijo apaixonado, um beijo cheio de promessas e pedidos, um beijo que significava que ficaremos juntos, para sempre.
Ele me virou e me deitou na cama, sem soltar os meus lábios, respirando fundo contra mim.
Eu envolvi o quadril dele com as pernas quando ele deitou em cima de mim, sentindo o toque doce dele na minha pele.
Não foram toques urgentes e firmes, como tivemos nos últimos dias. Ele me tocou com carinho e amor, percorrendo o meu corpo com a ponta dos dedos, explorando e estimulando os pontos sensíveis com carinho. Ele desceu as mãos pela minha clavícula, entre os meus sei0s e apertou a minha cintura, um toque possessivo que eu reconhecia. Eu explorei as costas dele, enquanto nos beijamos, aproveitando cada músculo na minha palma, e sentindo o corpo dele reagir ao meu toque também.
Com calma ele alcançou o cós da minha calça e começou a descê-la. Eu o ajudei, sentindo a necessidade por ele aumentar cada vez mais. Em poucos segundos eu estava nua da cintura para baixo e a toalha que o cobria sumiu também, não sei quem a tirou, ele ou eu, ou os dois.
Eu sentia a necessidade por ele profunda no meu coração, como se eu precisasse disso para continuar.
Ele passeou com a mão pela minha bund4, com carinho, sem toques fortes, e a urgencia foi aumentando cada vez mais. Ele se colocou no meio das minhas pernas, o p4u dele roçou na minha intimid4de e eu estremeci. Ele interrompeu o beijo e eu olhei para ele.
Os olhos dele queimavam de desejo, e eu mordi o lábio involuntariamente fazendo ele gem3r.
A mão dele circulou na minha coxa, e subiu pela minha pele até a minha virilh4 e a ansiedade aumentou. Ele não tirou os olhos dos meus quando tocou o meu clit0ris. Com carinho, circulando os dedos calejados ali. Quase fechei os olhos, mas eu queria observar as reações que ele teria com o meu praz3r. Apertei os ombros dele quando ele colocou um dedo dentro de mim, me fazendo gem3r. Ele circulou o dedo na minha pele sensível e choques percorreram o meu corpo, construindo uma avalanche de praz3r que logo me atingiria, me tomando quase que completamente a consciência.
- Eu amo você. - Falei enquanto lutava com a minha respiração, o orgasmo começando a me dominar.
Ele tirou o dedo com cuidado, e segurou a cabeça do próprio p4u, guiando e direcionando ele para dentro de mim. O caminho era conhecido por ele, mas toda vez que ele entrava em mim eu voltava a me surpreender. Ele deslizou profundamente em mim e respirou fundo, lutando com o próprio desejo.
- Eu amo você. - Ele falou enquanto se movia calmamente dentro de mim. Mantive os olhos nele, observando as expressões de praz3r e me perdendo em mim mesma. Eu precisava desesperadamente dele ali, para sempre. Era uma necessidade vital, te-lo.
Ele se moveu com carinho, atingindo todos os pontos que conhecia, enquanto eu estremecia.
Senti o meu corpo ferver e a tensão intensificou antes de me tomar por completo.
Chegamos ao êxtase juntos, detidos no olhar do outro, com uma promessa silenciosa, que estaríamos unidos assim, não importa o que aconteça.