Nós tínhamos alugado alguns apartamentos no mesmo prédio para termos privacidade e ainda estarmos perto, para as reuniões de planejamento da nossa missão.
A nossa moradia temporária ficava bem perto da Basílica de Santa Clara, o prédio se chamava St. Anthony's Guest, e conseguimos alugar os 7 apartamentos que tinham ali.
Paramos os carros na garagem e o Tom já nos esperava com o Jon na van, que nos escoltou durante todo o evento.
- Recebemos uma mensagem. - Olhei para o Ricardo e quase pude ver as engrenagens do cérebro dele se moverem.
- A Julie nos delatou e eles já nos acharam? - Perguntei.
- A mensagem está codificada, então vou levar um tempo. - O Jon avisou.
- Quanto tempo? - Ele olhou na tela do computador.
- Algumas horas. - Não poderíamos fazer nada até sabermos o que continha a mensagem. - Nossa localização não foi descoberta, mas é uma questão de alguns dias, vou ativar todas as barreiras de segurança.
- Avisem o Cobra, quero o dobro de homens em todas as entradas. - O Ricardo falou, no tom do Chefe.
Subimos e fomos direto ao apartamento que usamos para planejar tudo. Os nossos companheiros nos esperavam ansiosos.
- Vocês gravaram tudo? - Perguntei antes de passar pela porta.
- Sim, áudio e vídeo. - O Piranh4 falou. Enquanto o Tom nos monitorava ao vivo nós estávamos equipados com câmeras e microfones, para podermos analisar os possíveis pontos fracos deles.
Aquele evento foi importante, para conhecermos o terreno e identificarmos onde a Julie estava. Agora que sabíamos, a nossa missão poderia ser muito mais curta do que eu imaginava, e em breve poderíamos voltar para casa.
- Eu vou organizar tudo e nos reunimos aqui pela manhã, é o tempo do Tom conseguir traduzir a porr4 da mensagem. - O Cobra falou. A Rita ao seu lado assentiu.
Eu fiquei grata por isso. Eu acho que bebi vinho demais e precisava urgente de um banho e uma boa noite de sono.
Subimos no elevador antigo em silêncio, o Dego estava com uma expressão diferente. A Malu matinha a mão no seu ombro cuidadosamente.
- Você ficou abalado! - O Ricardo afirmou, enquanto o elevador passava do segundo para o terceiro andar.
- Cara, eu quero muito acabar com ela… - Ele respondeu nitidamente em conflito.
- Mas ela é sua irmã. Eu sei, eu sabia que você ia se sentir assim. - O Dego interrompeu.
- Se você falar que me avisou, vou te dar um soco. - O Ricardo fechou a boca, demonstrando que era exatamente isso que ele ia falar.
- Sabe que se quiser ir embora… - O Dego negou com a cabeça.
- Aquela mulher não é a Julie que eu conheço. Que trai os seus, que mente e mata… Ela deixou de ser a minha irmã faz tempo, eu que preciso aceitar isso.
Descemos do elevador em silêncio. Nós já tínhamos discutido sobre a participação do Dego um milhão de vezes, com receio que ele não pudesse lidar com aquilo, e surpreendentemente ele nos prometeu que caso não conseguisse, ele iria embora.
Um Truck dificilmente admite as suas fraquezas, e ele ter feito isso foi o que nos deu confiança para aceitar a presença dele naquela missão, ao invés de ficar sob os cuidados da Jay em Nova York.
Entrei no quarto e joguei os sapatos em um canto.
Senti o calor do corpo do Ricardo no meu, enquanto ele me abraçava.
- Você está exuberante essa noite, minha rainha! - Ele falou no meu ouvido, afastando o cabelo do meu pescoço.
- Muitas mulheres correram riscos sérios de vida essa noite, inclusive a minha tia. - Ele deu uma risada poderosa contra a minha pele.
- Você sempre me intriga… Meu amor, eu só tenho olhos para você. - Olhei para ele, virando o corpo, para poder sentir o calor dele em mim.
- Eu não sei explicar o motivo do meu ciúme repentino. Talvez seja o sangue quente das pessoas daqui. Mulheres Calientes e fogosas para todos os lados. - Respondi sorrindo.
- Você misturou um monte de línguas rainha. - Ele me deu um beijo leve nos lábios.
- A única língua que realmente me interessa é a sua. - Apoiei a perna em cima da cama, puxei a adaga e depois imitei o movimento, tirando a arma da outra perna.
- Tão violenta…
- Tem alguma coisa muito errada com você. - Ele me empurrou na cama e deitou em cima de mim.
- Tem mesmo. Só de imaginar você agredindo alguém eu fico de p4u duro. Quando usa lâminas… Eu fico enlouquecido… É quase uma necessidade física entrar em você. - Eu quase não conseguia respirar. Eu senti o volume dele duro contra o meu baixo ventre e ele forçou o quadril contra mim me tirando um gemid0.
- Essa noite, durante toda a missão, eu quis pular em cima de você. - Provoquei. - Armada! - Ele passou os dentes levemente no meu pescoço e eu estremeci.
- Coloque as armas de volta. - Ele levantou, para me dar espaço, fiquei observando e percebi que ele falava sério. Levantei, conferi e a pistola estava travada, prendi no coldre da perna e depois peguei a adaga, prendendo na outra perna.
- Agora sim Rainha, tire todo o resto, que vou te f0der vestindo apenas isso.