Explodindo tudo

1008 Words
Truck O sinal que o Nicolas prometeu estava ali, tremendo por todos os lados. Uma bomba. O Nicolas explodiu uma bomba ali perto, e começou um verdadeiro caos! Saltamos muito rápido do furgão, derrubando flores e folhas para todos os lados e corremos para dentro da garagem, que segundo as informações dele dava para o corredor central da mansão. Gritos e muito desespero nos cercavam, com centenas de pessoas correndo dos estrondos que seguiam. - Gosto mais dele agora! - Falei para ninguém em particular, enquanto corríamos, com as armas na mão. - Ele é filho do Russo mesmo! - O Dego respondeu antes de parar no cruzamento de um corredor. Ele fez sinal de silêncio para nós e eu parei. Ele olhou e assentiu antes de continuar correndo, comigo e o Piranh4 no encalso. - O ponto de encontro? - O Dego pertguntou. - Embaixo da escada. - Eu respondi e me joguei exatamente onde o Nicolas falou para esperarmos. Segundo as orientações a Clara apareceria com a Anna a qualquer momento, ele esperaria elas entrarem no banheiro para começar a distração. Mas, eu não via nada com a correria e a fumaça lá de fora. - Ela já deveria estar aqui? - O Dego perguntou. - Vamos esperar dois minutos, se ela não aparecer, invadimos. - Ele assentiu e ficamos em posição. Os segundos pareciam horas durante aquele espaço de tempo, que tudo acontecia ao nosso redor e ao mesmo tempo nada que importava acontecia. Senti o Piranh4 me puxar para trás, quando ele viu, primeiro que eu, o Dom ser escoltado por vários homens para dentro. Ele gritava em Italiano com uma violência avassaladora na voz. - Scopri cosa è successo e uccidi tutte le persone coinvolte. Voglio che la mia famiglia sia al sicuro e che i colpevoli sanguinino ai miei piedi! (Descubra o que aconteceu e mate todos os envolvidos. Quero a minha família em segurança e os culpados sangrando aos meus pés!) Eu prendi a respiração quando ele parou na ponta da escada e o filho mais velho correu ao encontro dele, com a Perlla e a filha, que não era a Anna, ao seu lado. - Padre, sei ferito! (Pai, você está ferido!) - Ele afirmou e amparou o pai. - Dove sono gli altri? (Onde estão os outros?). - Ele perguntou para um homem ao lado do pai. Eu não consegui ouvir o que o rapaz respondeu, mas em seguida ele correu. - Signore, saliamo... Non sappiamo se è un attacco! (Senhor, vamos subir... Não sabemos se é um atentado!) - A Perlla falou baixinho. - Stai zitta, stronza! (Cala a boca, sua c****a!) - Eu senti os meus dentes trincando de raiva pela agressividade do velho. - Ha ragione papà, il bersaglio potresti essere tu! (Ela tem razão pai, o alvo pode ser você!) - O filho interveio, mas o velho ignorou ele. - È stata un'esplosione di gas. (Foi uma explosão de gás.) - A voz do Nicolas nos atingiu, surgindo do outro lado do corredor, avaliando com olhos espertos toda a situação. Nós, escondidos embaixo da escada, em um ponto que qualquer um que viesse do outro lado poderia ver, parte da família estacionada ali, discutindo o que fazer e nenhum sinal das meninas que viemos buscar. - Penso che questo sia nelle mani dei Bambinos! (Acho que isso tem mão dos Bambinos!) - O velho respondeu para ele. - Chiudi tutto, voglio che interroghi ogni dannato ospite! (Feche tudo, quero que interroguem cada maldito convidado!) - Giusto! (Certo!) - O Nicolas respondeu, mas em seguida o plano pareceu fracassar, porque entrando no salão, magra demais, com um aspecto de assustada e extremamente linda, estava a minha rainha. - Onde está o Davi? - O filho mais velho perguntou para ela. - Eu não sei, eu estava no banheiro. - Ela falou e puxou a Anna para junto de si. - Corremos para cá, depois do barulho. Eu tentei pensar uma forma de tirar ela dali, e pelo olhar do Nicolas ele pensava a mesma coisa. Com a família reunida ali, coisa que ele não previu antes, seria impossível sair sem alertá-los da fuga. O Piranh4 respirou fundo e eu olhei para ele, quando ele apontou para o lustre. Um lustre imenso, cheio de cristais, e que ficava exatamente em cima de onde o Dom estava. E como mágica o plano que ele tinha, se desenrolou na minha mente. Precisávamos esperar o momento certo, mas poderíamos causar distração suficiente para tirá-las dali. - Pai, eu vou movimentar os homens para achar os meus irmãos. - O filho falou e saiu enquanto o velho continuava resmungando. - Tu, accompagna le donne nelle loro stanze! (Você, acompanhe as mulheres para os quartos!) - Ele falou para o Nicolas, que olhou para as mulheres confusas. A Perlla abriu a boca para discutir, mas o Nicolas falou primeiro. - Signore, penso che farei meglio ad andare in ufficio finché non avremo spazzato l'intera proprietà. Se si trattava di un attacco, il bersaglio sei tu! (Senhor, acho melhor ir para o escritório até varremos toda a propriedade. Se foi um ataque, você é o alvo!) Eu não entendi muito bem o que ele falou, mas o velho pareceu refletir, e a Perlla subiu dois degraus de escadas, com a filha mais nova presa a ela. - Eu vou esperar o Davi! - A Clara falou, com desespero na voz. - Não saio daqui até ele aparecer. - E eu vou esperar o meu pai. - A Anna completou. O velho bufou e quando começou a falar, elas se moveram, vindo na nossa direção. Como se o destino estivesse ajudando, ou elas sabiam exatamente onde estávamos… - Ragazzi, andate in camera da letto adesso! (Vocês vão para o quarto, agora!). - A ordem do velho foi interrompida pelo estrondo da arma do Piranh4, que acertou exatamente no ferro do lustre, e tudo o que eu vi foi aquele amontoado de cristais desabar, exatamente na cabeça do velho desgraçado.

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