AVISO - PODE CONTER GATILHOS E CENA DE VIOLÊNCIA.
Estávamos em pânico, Damon ainda tentava reanimar o paciente mas sem sucesso, sabia que nada que fizéssemos iria adiantar, ele havia levado vários tiros o corpo quase todo estava perfurado de bala. Julia estava aos soluços, lágrimas brotaram no meu rosto e escorriam por minhas bochechas.
- O que faremos Damon ? - Um dos cirurgiões perguntou.
- Não temos mais nada a fazer. - Damon jogou as luvas no chão e saiu da sala, nós o seguimos.
- Nathan, fizemos o que podíamos mas ele estava muito ferido. - Ele se dirigiu ao homem de terno preto caro, sem tatuagem, o homem parou por alguns segundos e sem olhar para os lados ordenou.
- Mate todos. - Julia me agarrou com força, os outros cirurgiões começaram a berrar.
- Foi ela, ela rompeu a aorta, mate ela! - E apontavam para Julia, ela estava em pânico, eu a abracei protetoramente.
- Nathan, pare com isso. - Damon não parecia estar preocupado, falava com o homem como se tivessem i********e.
- Eles viram de mais, e sabem de mais. - Ele ergueu a sobrancelha e disse friamente para Damon. - Fora que, eu disse aquela garota que se ele morresse, vocês morreriam junto, e eu cumpro o que prometo.
- Poupe Laura, ela não deveria estar aqui desde o começo e nem estava lá na hora do óbito. - Damon disse respirando fundo e parecendo impotente.
Ele disse e andou em direção a mim.
- Vamos. - Eu estava petrificada, ele deixaria Julia e os outros morrerem? Julia se agarrou a mim com toda força que tinha e gritou para Damon.
- Não me deixe, você me prometeu que se eu ajudasse em seus negócios você cuidaria do meu futuro. - Ela sabia o que acontecia aqui? Ela sabia o que aconteceria quando me pediu ajuda? Olhei para ela e para Damon.
- As pessoas não são tão inocentes quanto parecem ser. - Ele disse pegando a arma do homem ao seu lado e atirando na cabeça de Julia que caiu ao meu lado. Os outros homens também foram atingidos, fechei os olhos e minha cabeça zumbia, então apaguei.
Acordei estava em um lugar escuro e fechado, parecia que estava me movimentando, tentei erguer as mãos e não consegui. Espere! Não é que estava escuro, eu estava vendada.
- Acordada Laura ? - Era a voz de Damon.
- Acalme-se, já chegaremos ao nosso destino, - Ele disse calmamente, eu queria me mexer mas não conseguia, queria gritar mas não podia, só podia chorar, mas não iria fazer isso! Se ele fosse me m***r, eu morreria com dignidade.
Senti a velocidade do veículo diminuir até parar completamente, fui colocada de pé, do lado de fora, me conduziram até um pouco distante, andei alguns metros e então me sentei, era um sofá ou cadeira, era macio, tiraram as cordas de meus braços e pernas, meu pulso doía, tiraram minha venda, abri o olho lentamente até me acostumar com a claridade, estava em um escritório, era grande e elegante, ouvi vozes se aproximando, olhei para baixo pensando em correr havia sangue em meus sapatos, desisti da ideia após me lembrar o que aconteceu a Julia e os outros.
A porta se abriu atrás de mim, não tive coragem de olhar quem entrava, ouvi passos, fechei os olhos com força, eram 2 pares de sapatos batendo no chão até que pararam. Abri os olhos, Nathan e Damon me encaravam, Nathan com um olhar frio e assassino, Damon com um sorriso caloroso.
- Laura, eu e seu pai éramos grandes amigos, ele salvou minha vida aquela tarde, e hoje eu retribui a meu amigo salvando a sua. - Ele disse olhando seriamente para mim, abaixei a cabeça.
- Então eu posso voltar para casa? - Perguntei em uma voz quase embargada.
- Não. - Nathan respondeu antes que Damon pudesse falar.
- Laura, infelizmente não será possível, sabemos da condição de seu irmão, seria perigoso de mais. - Olhei para ele, enxugando as lágrimas no canto de meus olhos.
- Então, o que vai acontecer ? - Perguntei apreensiva.
— Ponto de vista de Nathan —
Meu tio nos impediu de m***r aquela garota no hospital, por algum motivo ele tinha apresso por ela, ela desmaiou quando os homens atiraram nos médicos incompetentes. Aquele homem na mesa de cirurgia era o único que sabia onde estava o computador contendo as informações que eram tão importantes para meu tio.
- O que faremos com ela? - Perguntei tragando um cigarro e soltando a fumaça pela janela do carro.
- O pai dela salvou minha vida a 20 anos atrás, salvei a dela hoje quitando minha dívida. - Ele respondeu olhando para a garota desacordada.
- Amanhã é outro dia. - Disse a ele, os outros morreram não só por deixarem a testemunha morrer, mas por erros anteriores também, já estavam avisados. Essa garota não fazia parte dos nossos homens, estava fora de controle e sabia de mais.
- Não iremos matá-la Nathan. - Ele respondeu me olhando sério. - O irmão dela é Derick Russell.
- O investigador que está em nossa cola? Mais um motivo para matarmos ela. - Respondi jogando o cigarro pela janela.
- Use o cérebro Nathan, não a ponta de sua arma, se ele achar que sua irmã está envolvida conosco, irá parar de nos importunar! Ele terá medo que ela esteja envolvida em toda essa sujeira. - Olhei para ele pensativo, ele queria envolver a garota para que seu irmão não procurasse mais problemas para nós, teríamos que garantir que se fôssemos presos, ela iria junto, só assim para que ele não nos importunasse mais.
- E como faremos isso? Ofereceremos dinheiro em troca de seus serviços médicos ? Poder ? - Perguntei
- Ela não aceitaria, mas tenho uma ideia. - Ergui uma sobrancelha sinalizando para que ele prosseguisse.
- Case-se com ela. - Olhei para ele incrédulo.
- Qual maneira melhor que essa Nathan? Você teria uma esposa digna e bonita, além de nos livrar de um problema. - Fiquei em silêncio por um tempo, meu tio era o único que eu respeitava e que não me temia, ponderei os ônus e os bônus. A garota era bonita pelo menos. Ela então começou a se mexer enquanto estava deitada no banco da van, parecia estar acordada, demos ordem aos homens para que a levassem para dentro da mansão e a deixassem no escritório.
- Tudo bem tio, como o senhor preferir. - Eu disse ascendendo outro cigarro, assim que terminei fomos ao encontro da garota.