Para o tribunal

929 Words
— Ponto de vista de Laura — Acordei e estava claro, luzes entravam pela janela, eu estava em um quarto mas não era o de Nathan, me levantei assustada. - Que bom que você acordou. - Disse uma senhora vindo em minha direção com um copo d’água. - Desculpe por isso querida, mas se formos pegas tenho que ter certeza que achem que você é inocente. - Ela me disse entregando o copo. - Beba, depois disso vai se sentir melhor. - Peguei o copo mas não bebi, estava confusa, ela então começou a falar. - A alguns anos atrás aqueles homens mataram meu marido, então há alguns meses me juntei a polícia para desmascarar eles, o senhor Derick e eu mantemos contato, mas por meios seguros. - Arregalei os olhos quando ouvi ela falar sobre meu irmão, será que era uma armadilha ? - Calma, não é nada disso que você está pensando. Meu nome é Joana Jones, mas naquela casa me conhecem por Maria Avelar, peguei a identidade de uma mulher esposa de um dos homens da família Campbell que faleceu junto com o marido a algum tempo, seu irmão ajudou para que ela fosse enterrada em meu lugar e eu peguei sua identidade para entrar naquela casa. - Continuei olhando para ela com curiosidade. - Eu e seu irmão não nos falamos por telefone nem nada disso, mas nos encontramos aqui uma vez por mês na mesma data, será daqui 2 dias, não te levei diretamente pois essa hora eles já devem estar vigiando sua casa e atrás de seu irmão. Só precisamos esperar aqui, ele sempre vem, entregarei as provas que finalmente consegui e você a salvo para ele. Não podia te deixar lá pra morrer, eu ouvi a conversa de vocês no gabinete, acredite, Derick dará um jeito. Aparentemente essa senhora tinha muita fé no meu irmão, senti sinceridade em suas palavras então acreditei nela, conversamos mais durante um tempo, ela disse que se tudo desse errado iria parecer que ela havia me drogado e me levado, o que não era mentira, e minha vida seria poupada. Ela me trouxe um pouco de comida, ainda estava sonolenta por conta do remédio então acabei adormecendo. — Ponto de vista de Nathan — Não acredito que coloquei alguém dentro de casa sem checar quem realmente era antes, sou um i****a mesmo. Em busca minuciosa descobriu-se que Maria não era Maria Avelar então começamos uma busca frenética, até que no banco de dados da máfia localizei o rosto de Maria em uma foto, ao lado de um comerciante morto por um de meus homens, sem dúvida era ela. Então será que ela levou Laura para matá-la? Pensando que Laura era minha noiva ela cobraria olho por olho ? Estaria me fazendo um grande favor! Mas se fosse isso, porque não a matou aqui? E a levou embora? Algo não se encaixava! Definitivamente tinha algo que eu não estava vendo, mandei que investigassem e seguissem todos os passos dela nos últimos tempos, entramos no sistema de segurança de tráfego e o rastro nos levou até fora da cidade, era uma área rural com casas pequenas e antigas. - Chefe, o senhor irá nos acompanhar? - Simon perguntou após dar ordem que vasculhassem casa por casa da redondeza. - Sim. - Respondi e então partimos para lá. — Ponto de vista de Laura — Acordei com Joana me chacoalhando sem parar. - Vamos, temos que ir agora, eles nos acharam. - Levantei da cama de pressa e alcancei meu sapato, saímos pela porta da cozinha quando avistamos alguns homens, meu coração errou a batida. - Laura, corra para o estábulo, lá tem uma baía, tranque com o cadeado, se eles te acharem lá vão achar que te sequestrei, se não te acharem você precisa ser forte para aguentar esses dias, seu irmão te achará. - Ela disse me empurrando em direção a um estábulo antigo. - Eles vão m***r você. - Respondi com a voz embargada. - Confie me mim querida, vá e tome isso. - Engoli o comprimido que ela me deu e corri para o estábulo, fiz o que ela mandou, tranquei com o cadeado e fiquei encolhida. Quando uma onde de sono intenso me atingiu, fui drogada novamente? Joana queria mesmo que parecesse um sequestro real. — Ponto de vista de Nathan — Acharam a empregada mas nem sinal da garota. - Vasculharam tudo? - Questionei Simon erguendo a sobrancelha enquanto descia do carro. - Sim senhor, nem sinal da garota. - O homem disse olhando para mim. Rodeei a casa e avistei um estábulo velho caindo aos pedaços. - Olharam lá? - Perguntei apontado para o estábulo. - Sim. - Ele respondeu meio hesitante, então fui em direção ao local, estava caindo aos pedaços, m*l iluminado, as baias estavam todas com a porta aberta, menos uma. Andei em direção a ela olhei através das grades e não vi nada, mas então uma figura pequena e encolhida apareceu diante dos meus olhos, quase passou despercebida, havia um cadeado na porta, estava trancado. - Olharam mesmo? - Olhei para o homem erguendo a sobrancelha e então fiz sinal para levarem ele, trouxeram um Machado, arrebentamos a porta mas a garota nem se mexeu, será que estava morta? Simon foi até lá e a pegou. - Está viva senhor, mas está respirando fraco. - Ele disse saindo da baia com a garota nos braços, a peguei e levei em direção ao carro. - E a mulher? - Simon perguntou. - Para o tribunal. - Respondi e então parti.
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