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Doce Vingança

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A cidade de Joanópolis interior de São Paulo será o cenário para essa história de Amor e Vingança.

Priscila é uma jovem de vinte e seis anos, que nasceu e cresceu nos arredores da cidade, uma jovem cheia de sonhos, mas que os vê sendo destruídos em sua noite de núpcias, quando a cabana em que está com o seu marido é invadida no meio da noite por dois homens aramados e encapuzados, que matam o seu marido e um deles a violenta. Após atirarem nela e verem o seu corpo cair na cachoeira, eles julgam que ela esteja morta, no entanto Priscila continua viva e é resgatada por Dayane que é dona de um rancho afastado da cidade, com esse resgate Dayane e Priscila se tornam melhores amigas.

Priscila Jura vingança contra os assassinos de seu marido e o homem que a violentou, apesar de esconderem o rosto na noite do crime ela se recorda de uma cicatriz que o abusador tem próximo aos olhos e isso é o suficiente para ela identificá-lo na pequena cidade.

Agora três anos depois do que aconteceu, ela está de volta a cidade em busca de vingança, e o que ela encontrará será o mais puro amor nos braços de João Miguel.

Mas o passado e o presente se fundem, deixando Priscila dividida entre o Amor e a Vingança.

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⚜PRÓLOGO⚜
✨ ATENÇÃO, ESSE CAPÍTULO CONTÉM CENAS DE VIOLÊNCIA E ABUSO, SE DE ALGUMA FORMA ISSO LHE CAUSAR UMA ESPÉCIE DE GATILHO, SUGIRO QUE PULE PARA O PRÓXIMO CAPÍTULO ✨ PRÓLOGO TRÊS ANOS ANTES JOANÓPOLIS PRISCILA FERNANDES —Nós seremos muito felizes, meu amor—Eduardo diz me olhando com carinho. Estávamos diante da cabana em que passamos a nossa noite de núpcias, Eduardo estava empenhado nas suas investigações, ele era perito ambiental, mas mesmo assim conseguiu uns dias para curtirmos a nossa lua de mel, eu conheci Eduardo quando tinha vinte anos, sorriso largo, olhar gentil, eu me apaixonei, logo estávamos noivos e hoje casados. Uma forte chuva caia na cidade, os trovões deixavam a tempestade ainda mais assustadora, eu amava esse lugar, amava essa cidade, apesar de ser conhecida como a terra do lobisomem, eu mesma nunca vi nada do tipo, mas os mais velhos afirmam que o ser existe mesmo aqui.As histórias são tão famosas pela cidade que existe até uma associação para proteger e divulgar o lobisomem. O comércio da cidade tem muitos objetos e referências sobre ele e não é difícil encontrar pela cidade alguns lobisomens espalhados por lojas e praças. Joanópolis está localizada a aproximadamente 130 quilômetros de São Paulo, já na divisa com Minas Gerais, perto de Extrema e Monte Verde, e nem só de lobisomem sobrevive a cidade ela está cercada de belezas naturais, cachoeiras, trilhas e outros pontos turísticos, eu cresci nos arredores de Joanópolis, o meu pedacinho de céu como costumo chamar. —Edu, eu acho tão perigoso esse seu trabalho—digo deitada no seu peito. —Pri, eu preciso cuidar do meio ambiente, as pessoas estão acabando com as matas, para aumentar as suas fazendas—ele diz passando a mão pelo o meu cabelo—Mas eu prometo que essa é a última investigação, depois disso vamos morar no rancho e viver felizes para sempre. Eu olho nos seus olhos e sorrio, nesse momento ouvimos um forte estrondo na porta da cabana, e dois homens encapuzados invadem o lugar, um deles me segura e o outro começa a bater em Eduardo, eles nos puxam para fora da cabana, e o homem que segura Eduardo, começa a chutar ele, vejo meu marido ser espancado bem diante dos meus olhos, enquanto aquele homem segura os meus braços. —Nãooooo!—eu grito em meio às lágrimas. Então o tiro ecoa, eu vejo Eduardo ser morto bem diante dos meus olhos, ali em meio a lama e a chuva. —Vamos, acabe com ela e vamos sair daqui—o homem que acabou de matar o meu marido diz ao que me segura, então ele me joga no chão, eu vi a morte ali a minha frente, e quando eu achei que ele apertaria aquele gatilho, ele fez algo pior, ele se ajoelhou entre as minhas pernas e ergueu o meu vestido, então ele me violentou, como um animal selvagem, eu gritava por socorro, eu implorava para ele parar, mas aquele homem continuava ali como um porco em cima do meu corpo, olho o seu rosto e vejo uma pequena cicatriz próximo ao seu olho direito, desisto de lutar, apenas fico ali imóvel, sentindo a dor se disseminar pelo o meu corpo e pela a minha alma. Quando aquele homem se levanta eu reúno as minhas últimas forças e corro em direção a mata, posso ouvir os passos do homem atrás de mim, corro o mais rápido que posso entre as árvores, a chuva caia sem parar, até que chego na beira da cachoeira, eu sabia o quão perigoso seria pular na cachoeira da altura em que eu estava, mas se eu ficasse ali aquele monstro me mataria com certeza, fecho os meus olhos e pulo, a minha vida toda passando como um filme diante dos meus olhos. DIAS ATUAIS —Pri, está na hora de esquecer isso e seguir a sua vida, deixar essa vingança para trás—Day diz me olhando. Day quem me salvou naquela noite, o rancho dela faz divisa com as águas da cachoeira, e a correnteza acabou me trazendo até a margem, ela me resgatou e cuidou de mim, desde então estou com ela aqui no rancho, ela herdou o lugar do seu pai, e desde então vem trabalhando duro para se livrar das dívidas com o banco, ela se tornou a minha melhor amiga, sempre disposta a ajudar, sempre tendo as palavras certas nos momentos certos. — Essa vingança é o que me move Day, eu não posso esquecer o que aqueles homens fizeram, eu não posso deixar a morte de Eduardo impune—digo olhando para a mulher à minha frente. —Pri, eu tenho muito medo, quem fez isso tem dinheiro, são pessoas poderosas, você sabe disso—ela diz. Caminho até a varanda do rancho e olho o sol se pondo, o nosso gigante está adormecendo, fazia exatamente três anos que eu não ia ao centro da cidade, que eu não saia desse rancho, mas agora era a hora de voltar, a cidade promoveria uma corrida no próximo fim de semana, e o prêmio seria o suficiente para salvar o rancho, eu era uma ótima amazona, eu poderia ganhar e essa seria uma volta excelente a sociedade de Joanópolis. JOÃO MIGUEL SANTAROSA Respiro o ar puro de Joanópolis, depois de alguns anos fora para estudar me formei em Engenharia Agrônoma e estou de volta a minha cidade. —É calor aqui—Laís diz me olhando. Conheci Laís, na capital, ela era amiga de um amigo da faculdade, e logo começamos a sair juntos, engatamos um namoro, e agora eu me perguntava como nos tornamos noivos. —Sim, aqui é quente, mas na fazenda há uma piscina, há também o lago, tem as cachoeiras, você vai gostar daqui meu amor—digo dirigindo pelo centro da cidade passando pela praça da matriz, onde a igreja de São João Batista ficava, me lembro de quando eu era pequeno e ficava correndo pela praça enquanto a minha mãe participava das celebrações, mas o que eu gostava mesmo era das festas de São João, arrisco a dizer que seja a melhor de todo o estado, e foi daí que a cidade nasceu, de uma festa de São João. —As pessoas não para de nos olhar—Laís diz arrumando os óculos no rosto, e se abanando. —É uma cidade do interior Lais, as pessoas olham mesmo, e além disso, faz muito tempo que não venho a cidade—digo cumprimentando algumas pessoas quando passamos por elas. —Me fala sobre a sua família—Laís diz, já que era a primeira vez em que os veria. —Bom, vamos lá, minha mãe era professora, aliás ela deu aula pra mim, o meu pai sempre trabalhou na fazenda, que herdou do meu avô, e o meu irmão mais velho Henrique, é a sombra do meu pai, o seu discípulo, o meu pai sempre achou um desperdício que eu fosse estudar, ele me achava mais útil aqui como Henrique, conhecendo o gado, a terra, os animais, Henrique estudou administração—digo e ela me olha. —E o seu irmão não é casado?—ela inquire. —Não, Henrique vive para aquela fazenda e para dar orgulho ao nosso pai—digo. Sigo pela estrada de terra até a entrada da fazenda onde uma linda placa mostrava o nome do lugar “Fazenda Santarosa, Sejam Bem Vindos”, enfim eu estava em casa.

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