~¤Capítulo 2 - Concerto.¤~

1743 Words
— Morto você diz? — Pergunto enquanto segurava a espada lutando contra meu irmão. — Foi oque ouvi, um acidente durante uma caçada Miguel, alguns dizem que foi planejado — Ele desvia de meu ataque cruzando nossas espadas. — Não duvido que fosse, esse miserável fazia inimigos só piscando, não me admiraria se alguém planejasse o m***r — Falo suspirando irritado parando de lutar — Queria eu mesmo ter feito isso Edward... — Você e ele tinham desavenças, estou certo? — Ele guardava a espada enquanto se aproximava. — Ele roubou de mim, acha que perdoo facilmente algo assim? Invadir uma de minhas terras é algo que não perdoo nem na presença do rei — Cuspo no chão virando para ele irritado. — Interessante, você o odeia, mas tem amizade com seu cunhado — Fala me fazendo o encarar.     Meu irmão era mais alto que eu e usava uma camisa na cor cinza e calças pretas assim como suas botas e tinha uma das mãos encaixadas devido a uma queimadura com óleo quente de um lampião devido a suas caminhadas noturnas, ele tinha pele morena como a minha e olhos em um intenso cinza como de nossa mãe e seus cabelos eram escuros e tinha uma barba rala:   — Não me recordo de quem fala — Aponto a espada para ele fazendo ele recuar. — Vai me atacar? — Eu não disse que tínhamos acabado a luta disse? — Falo rindo de canto vendo ele suspirar e abaixo a espada — Responda minha pergunta.. — Por Deus, você é o único que não sabia....O grande barão William, estava casado com a filha mais nova do Marquês de Solanor, Christopher, se não me engano é.... — Já entendi — Interrompo ele. — Conheço esse olhar, o que está pensando Miguel? — Ele pergunta. — A viúva por enquanto tem direito as terras, não? Sem dúvida a família vai casar ela novamente — Murmuro com a mão em meu rosto. — Sim, isso é verdade, mas sugiro não fazer isso, a moça, pelo que ouvi ela já tem pretendentes na fila...Além das histórias que já ouvi também — Ele fala. — Do que está falando? — Acho que até você ouviu as histórias, quando estava na corte ouvi falar sobre a "Sereia", dizem que muitos brigavam por sua atenção antes de seu casamento.. — Qual o sentido em tantos brigarem pela atenção de uma única mulher? — Reviro meus olhos.    Achava boatos e fofocas uma total e completa perda de tempo, lógico que já ouvi falar dessa mulher, mas nunca achei que seria a mulher que William desposou...Estava curioso para a conhecer: — Sei que oque vou dizer não vai adiantar, mas por mim você não deve fazer isso...Pode prejudicar não só a amizade com Christopher, mas a vida dessa moça estaria nas suas mãos irmão... — Porque me casar com ela seria um problema com Christopher, ele me conhece e sem dúvida apoiaria... — Porque alguns dizem que ela encantou até mesmo seu próprio irmão... — Como é? — Viro para Edward surpreso. — É oque ouvi, não tenho direito de afirmar nada — Ele passa as espadas para um de meus homens. — Okay, Edward entendi...Mesmo assim ainda penso em minha idéia — Abria a porta passando o deixando para trás.    Se casar com essa mulher e obter as terras de meu grande inimigo seria uma vantagem e vingança contra a invasão dele, William e eu sempre disputamos e agora tinha chance de o ultrapassar.    Mesmo que para isso eu tenha que casar com sua viúva e me pergunto que tipo de mulher se casaria com esse homem, William era do tipo muito controlador se o conhecia bem, quando algo passa por minha mente. >○○○○○○< "Será que era ela?"    Me dirijo aos estábulos pensativo e sorri levemente enquanto pensava na surra que dei nele, se pudesse o mataria naquele mesmo dia: — Gulliver! — Sim senhor! — Ele se aproxima levantando depressa do chão. — Prepare meu cavalo, irei sair hoje e volto daqui a alguns dias — Falo enquanto andava até meu cavalo.    Era um corcel de cor cinza bem escuro e logo Gulliver preparava minha cela com uma bolsa com roupas e mantimentos e vejo Edward entrando: — Você não vai mudar de idéia mesmo? — Ele pergunta. — Não vou — Falo sério estranhando a insistência dele em me fazer mudar de ideia subindo em meu cavalo. — Então se prepare para lidar com uma Sereia.. — O que é uma sereia? (......)     Desci do meu cavalo depois de uma viagem de quase um dia inteiro sem pausa vendo os pingos de chuva começarem a cair enquanto estava em frente a casa do Marquês e ouço o som de cavalos e vejo Christopher longe e ele parece falar com alguém e vir até onde estava.    Alguns servos vão até ele e logo o avisam sobre mim e ele sorri quando me aproximo: — Miguel, o que o trás aqui? — Ele aperta a minha mão. — Negócios, sabe como é, quero falar com seu pai — Falo segurando a mão dele dando tapas leves em suas costas. — Que sorte que veio hoje amigo, eu iria embora de manhã cedo — Ele fala. — Sorte a minha — Falo enquanto parava o aperto de mão. — Helena, desculpe demorar...Eu quero que conheça Lorde Miguel Fliorin, ele é um amigo meu — Christopher fala virando para ela. — Senhorita — Sorri enquanto a analisava com o olhar.   Vejo a mulher sobre o cavalo com o capuz sobre a cabeça vendo poucas mechas vermelhas caírem sobre seus ombros e suas mãos segurarem as rédeas, sem dúvida eram bem delicadas, mesmo com capuz notei seus lábios rosados e seu nariz pequeno: — É um prazer.. — Ela segura o capuz sobre a cabeça se inclinando um pouco em cumprimento com sua voz suave soando — Acho que já cheguei a ouvir falar de você... "Eu sabia, sem dúvida seu marido falava de mim..." — Poderia dizer o mesmo de você — Sorria de canto. — Bom para você, se me der licença vou levar Selene ao estábulo sozinha...Ela se incomoda com a presença de feras — Falou a última parte baixo virando com seu cavalo se afastando. "Mulher de língua afiada"    Ri baixo lembrando novamente da cena na janela e viro para seu irmão: — Desculpe por isso, Helena passou por algo difícil, acho que sabe....Apesar de duvidar se ela está sofrendo mesmo, eu mesmo queria me livrar dele... — Entendo seus sentimentos — Subo as escadas até a porta — Se preocupa muito com sua irmã... — Óbvio, ela é muito importante para mim? Porque a pergunta? — Ele me encara. — Você logo vai saber, Senhor — Aceno com a cabeça vendo o pai de Christopher se aproximar. — Lorde Fliorin, estou um pouco surpreso por sua visita — Ele aperta a minha mão. — Eu imagino, mas soube do que aconteceu e preciso ter uma conversa com o senhor....Sobre sua filha — Falo baixo. — Me acompanhe, Margaret chame minha filha — Ele fala com uma garota enquanto o seguia para uma sala.    Christopher estava logo atrás e olhei de canto vendo ele cerrar os punhos levemente com ombros um pouco tenso, estava nervoso, entramos na sala e ele se sentou à minha frente: — Bem, diga-me, o que deseja falar sobre minha filha? — Vou direto ao ponto...Quero me casar com sua filha... — Casar comigo?     Ouço a porta ser aberta e viro o olhar no mesmo segundo quando vejo aqueles olhos verdes e cabelos vermelhos como a mais escura rosa, sem dúvida, era uma mulher muito atraente, sua pele não havia marca e sem o capuz seus lábios estavam mais rosados:   — Sim...É algo que desejo — Falo e ela semicerrou seus olhos com desconfiança. — Isso é uma grande idéia — O Marquês sorria. — Realmente irmã, isso pode resolver muita coisa — Christopher fala sorrindo com a mão no queixo. — Pois eu digo com muito prazer um não — Ela cruzava os braços virando o rosto — Desculpe minha falta de respeito para com o senhor lorde Miguel, mas não tenho interesse em um casamento agora e porque o senhor teria tanto interesse nesse casamento? — Você tem a língua bem afiada — Encarava ela chegando perto olhando em seus olhos — E bem curiosa. — Sou curiosa pelo que desconfio e suas intenções comigo já são um bom motivo para eu manter um pé atrás — Ela fala. — Helena.. — Eu não vou ser um objeto que muitos competem como se fosse Helena de Tróia! — Ela se vira de costas para mim. — Helena! — O Marquês se levanta vendo ela sair a seguindo. — Desculpe por minha irmã, ela é um pouco....Indomável por assim dizer — Christopher toca meu ombro. — Tudo bem, já conhecia esse tipo...Não me surpreendo — Eu ri um pouco virando para ele.    Estava curioso, realmente já conheci mulheres desse jeito, mas nenhuma tão intensa...Me deixou um pouco curioso até onde essa rebeldia iria, mataria alguém só por falar comigo dessa forma sem dúvida, mas com certeza para ela reagir dessa forma tinha dedo de outra pessoa: "Será que nem morto você para de me atrapalhar desgraçado"    Eu me sento aceitando uma bebida de uma empregada e olhava a bebida em meu copo aguardando o marquês voltar e me pegava imaginando aqueles olhos verdes e decidi puxar assunto vendo que talvez o marquês fosse demorar: — Só quero saber agora, que história é essa de "Helena de Tróia"? — Olha...Isso é complicado...
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