capitulo 13

4964 Words
Paixão Sem Limites S A S U K E No domingo nos encontrávamos na quadra de esportes, esperando pelo professor de educação física para continuar o castigo em plenas sete horas da manhã. E eu só me encontrava em pé porque a noite não tinha sido agradável. Estava sentado em um dos degraus da arquibancada juntando as mãos em frente ao corpo, ignorando o ruivo que lia um livro de auto ajuda ao meu lado. Ele havia parado de me provocar e por incrível que pareça e para o bem dos seus dentes, não ousou falar comigo desde a aula de ontem. — Quando não são os alunos que atrasam são os professores. Observei Sakura em pé mais a frente de braços cruzados entediada e reclamando sozinha dos dez minutos de atraso do professor. Ela estava fazendo questão de me ignorar e depois do que aconteceu ontem na piscina eu não parava de pensar na ideia de vê-la se afastar de mim. Não me sentia bom o suficiente para ela, mas não suportava a ideia de imagina-la com outro cara, ainda mais agora sabendo que ela tem a merda de uma lista de pretendentes. Eu não tenho nada haver com a sua vida e já deixei claro que era melhor me manter afastado, mas as provocações de Sakura passam dos limites. Eu não havia dormido direito a noite tendo pesadelos com aquela maldita lista, e meu humor hoje não estava dos melhores. — Lee o que faz aqui? — ouvi a voz surpresa de Sakura quando o garoto de cabeça de tigela apareceu junto com o professor. — Quando o professor Gai disse que iria dar aula e que você estava aqui, resolvi dar meu apoio a ele e ver você linda. — os olhos dele brilhavam enquanto olhava para ela e não disfarçando o quanto era apaixonado. Sakura sorriu sem graça, parecendo querer fugir do garoto. Ele não era igual os outros que a olhavam com falta de respeito, aquele garoto era sincero e não ousava olhar nada além dos olhos de Sakura e parecia bem empolgado sempre que a via. Ele parecia digno de ficar com ela. Seria um da sua lista? O cara tinha umas sobrancelhas esquisitas e se vestia mais esquisitamente ainda, mas acho que Sakura não liga para as aparências. Eu deveria me preocupar com ele. Era o tipo de cara certinho que atraia a atenção das garotas e poderia a roubar de mim. A rosada percebeu que eu estava os encarando e sorriu mais alegre para o garoto, provavelmente tentando me provocar. Balancei a cabeça me sentindo um babaca, porque ela só estava agindo daquela forma por minha causa. Por incrível que pareça a garota por quem eu era fissurado a muito tempo estava afim de mim. Porém eu ainda conseguia estragar tudo como sempre faço, e isso não era uma surpresa. Garotas nunca foram de fato importantes na minha vida. Eu estava focado em outras coisas e sempre soube que mulheres só trazem dores de cabeça, e se você se apaixonar vira um escravo delas. Sigo o exemplo de Itachi, que virou um cachorrinho manso de Konan e ela faz o que quer com ele. Sempre achei um absurdo alguém se apaixonar ao ponto de ficar cego por alguém e fazer loucuras. Nunca tive problemas com isso porque não me apego as pessoas, e acho bem improvável de acontecer um dia. Mas agora com essa patricinha no meu caminho estou perdendo um pouco a razão e começando a me preocupar. — Bom dia alunos. Estão prontos para liberarem o fogo da juventude? — Gai perguntou animado fazendo algumas flexões. — Professor pode me liberar dessa? Eu não tenho esse fogo. — Sakura soltou um resmungo desanimada. — Senhorita Haruno todos devem participar da aula, e é claro que você tem esse fogo, ele está aí guardado em algum lugar. Claro que ela tinha um fogo guardado, e estava louca para coloca-lo para fora. Mas preferi ficar calado e não comentar sobre o assunto ou levaria uma sapatada na cara e pioraria minha situação. Descobri que Sakura poderia ser bem violenta quando estava irritada, não que eu tenha medo dela, uma nanica daquelas não me assustava. — Quero todos se alongando e dando voltas ao redor da quadra.Tsunade disse que eu posso pegar pesado com vocês hoje. — comentou animado demais pro meu gosto. — Vamos correr. — Correr? Sério mesmo? — Agora Senhorita Haruno. Me levantei começando a correr pela quadra deixando os barulhentos para trás. O babaca ruivo fez o mesmo sem deixar de ler seu livro e o professor veio conosco para nos encorajar. — Pode ler quantos livros de auto ajuda quiser, mas sempre continuará sendo um babaca. — cuspi quando ele se aproximou de mim. — Eu tenho classe você é a ralé, quem acha que vai vencer na vida? — retrucou correndo para longe. — Cinquenta voltas para aquecer e depois começamos com as flexões. — Gai gritou assoprando um apito barulhento. — Você quer nos matar? — Sakura grunhiu irritada correndo devagar com o cabeça de tigela ao seu lado a encorajando. — Vai Sakura eu sei que você consegue. — Obrigada Lee você é um amor. Revirei os olhos para aquela cena boba os ignorando, mas os dois eram lerdos e eu precisava passar por eles em todas as voltas, tendo o desprazer de ouvir ele flertar com ela na cara dura. — Sakura você é a cor mais bela que eu já vi. — suspirou apaixonado. — Mas eu sou tão pálida. — ela levantou um braço fazendo uma careta. — Você é um anjo que caiu do céu. — Mas quem caiu do céu foi Lúcifer. — Ele era o anjo mais belo que tinha lá. — Você está me comparando com Satanás? — Sakura retrucou irritada e nem ela estava aturando mais aquilo. — Não no sentido r**m da palavra, não precisa ficar irritada. — ele sorriu sem graça tentando limpar sua imagem. Sakura abriu a boca para retrucar mas acabou tropeçando no cadarço do tênis desamarrado, caindo no chão igual uma jaca podre. Aquele babaca não serviu nem para segura-la. — Sakura. — Lee gritou se descabelando. Me abaixei perto dela ouvindo seus grunhidos de raiva e ela se sentou reclamando que seu pé estava doendo. — Ei tá tudo bem? — toquei em suas costas ouvindo seus grunhidos de dor. — Não estou nada bem, estou toda suada e acabei de quebrar o pé. — Sakura gritou emburrada. — Seu pé não quebrou exagerada. — revirei os olhos para todo aquele escândalo. — Como pode saber? Você não é médico. — Muito menos você. — Sakura eu vou leva-la a enfermaria nos meus braços, como um príncipe em um cavalo branco. — Lee abriu a boca pra falar merda e a rosada olhou tristonha para os braços magrelos dele. — Eu me sinto mais segura aqui no chão. — O que aconteceu aqui? — o professor se aproximou com o babaca ruivo. — Ela caiu. — Vou leva-la a enfermaria. — o saco de lixo se abaixou para toca-la. Como ele tem a audácia de sequer respirar o mesmo ar que ela depois de tudo que a fez passar? — Não vai levar merda nenhuma. — o empurrei para longe sentindo seus olhos irritados em mim. — Ninguém vai fugir da aula. Eu vou levar a Senhorita Haruno. — o professor ajudou Sakura a se levantar e pediu para ela apoiar uma mão em seu ombro. — Vocês continuem correndo. Os observei se afastar vendo Sakura mancar todo caminho, reclamando no ouvido de Gai, que tentava acalma-la. — Vocês dois também estão afim da Sakura? — Lee perguntou inocentemente olhando confuso de mim para o saco de lixo ruivo. — Sakura não é pro teu bico. Já se olhou no espelho? — o ruivo resmungou rindo da cara dele, que ficou constrangido. Deixei os dois falando sozinhos e caminhei para fora dali, limpando o rosto suado com a camisa. Eu não precisava ouvir lorotas. (...) Sakura não apareceu no refeitório para almoçar, e eu estava curioso para saber como ela estava. Tsunade tinha deixado o recado de que ela estava bem, que aconteceu apenas uma torção no pé pela queda de m*l jeito. E a mulher fez questão de almoçar comigo e o ruivo babaca, para evitar brigas. Depois do almoço observei a diretora pedir a uma das cozinheiras que levasse comida a Sakura no quarto, porque no momento a Haruno sentia desconforto ao andar. A ansiedade me corroía e eu não iria conseguir ficar parado. Meu domingo já estava entediante o bastante. Chegava a ser irônico eu desejar as irritações daquela patricinha. Fingi está mexendo no celular esperando todos saírem do refeitório para me aproximar da cozinheira, que se atrapalhava para organizar a cozinha. — Que bagunça. — reclamou soltando um suspiro cansado. Me escorei no balcão a observando mexer em algumas panelas, antes de me encarar curiosa. — Gostaria de alguma coisa garoto? — Pode deixar que eu levo o almoço de Sakura. — apontei para a bandeja vermelha com algumas porções de comida em cima. A mulher me olhou confusa e hesitante, parecendo estressada. — Desculpa garoto a diretora pediu para mim levar, eu não posso ir contra uma ordem dela. — Eu sou amigo da Sakura, não tem problemas, acho que você tem muito trabalho aí né? — Acha mesmo que não tem problemas? — ela pareceu bem interessada agora. — Claro que não. — Tudo bem. — a mulher me entregou a bandeja pedindo para eu tomar cuidado para Tsunade não me ver. Ela não sabia como quem estava falando. Para estragar meus planos acabei me perdendo nos corredores da ala feminina procurando o nome de Sakura em cada porta, e já estava começando a me estressar, até que finalmente encontrei seu quarto no fim de um corredor. " Sakura Haruno e Hinata Hyuuga" Apoiei a bandeja em uma mão pensando em bater na porta, mas desisti invadindo o quarto, porque ela havia feito a mesma coisa comigo então temos direitos iguais. Encontrei o quarto organizado vazio. Era bem diferente do meu, e tinha um cheiro afeminado. Com certeza a colega de quarto de Sakura não era uma porca igual o Naruto. Caminhei pelo local deixando a bandeja em cima de uma mesa de estudos e alguns cadernos coloridos me chamaram atenção, me fazendo lembrar do diário que Sakura mencionou. Olhei a porta fechada do banheiro torcendo para ela não aparecer agora e me pegar procurando o motivo da minha insônia. Isso era invasão de privacidade e eu não tinha nenhum direito de mexer nas suas coisas. Mas a curiosidade estava me remoendo e eu não resistir a abrir os cadernos procurando a porcaria da lista que Sakura dizia ter. Encontrei anotações das aulas, anotações de viagens, números telefônicos, lista de séries e filmes e até mesmo uma lista de compras. Descobri que Sakura tinha problema de organização e era neurótica com listas, mas não encontrei nenhuma lista de garotos. Sakura gostava de ver filmes de garotos coreanos e desejava ter um gato. — O que está fazendo aqui Sasuke? — Sakura saiu do banheiro e eu me afastei da mesa rapidamente. — Sabe o que vai acontecer se Tsunade pegar você aqui? Ela parou no centro do quarto me olhando confusa, e para a decepção da minha mente poluída ela não estava de toalha. — Eu trouxe seu almoço. — apontei para a bandeja em cima da mesa ignorando seu olhar desconfiado. Não dava para inventar nenhuma desculpa agora, Sakura me viu mexendo na porcaria da agenda e já deve estar imaginando várias coisas na sua cabecinha rosa. — Tsunade pediu para você fazer isso? — Não, eu subornei a cozinheira. — respondi a vendo me olhar curiosa. — Por que fez isso? Balancei a cabeça olhando para o seu pé. Não teria o porque mentir, eu vim aqui para vê-la e ela sabia disso. — Estava inventando uma desculpa para ver como você estava. — Estou bem foi só uma torção. — ela olhou para o pé enfaixado enquanto se aproximava de mim. — Por que estava mexendo nas minhas coisas? Olhei para a mesa onde antes as agendas coloridas organizadas agora estavam bagunçadas. — Não estava mexendo. — respondi tranquilamente vendo seus olhos se estreitaram. — Eu vi você mexendo. — Não viu não. — O que estava procurando nas minhas coisas Sasuke? Não vou perguntar outra vez. — me olhou seriamente agora. — Seu diário e a porcaria da lista. — bufei virando o rosto ainda conseguindo ver seu olhar chocado em mim. Sakura ficou em silêncio por alguns segundos processando meu ato i****a. — Sabia que isso é invasão de privacidade? — repreendeu, mas sua voz estava suave. — Sei, mas não consegui me conter. — E o que iria fazer quando a encontrasse? — Eu só queria saber quem eram os idiotas. — Pra que? — Pra ver seu mau gosto e talvez rasga-la. — dei de ombros a vendo balançar a cabeça enquanto ria de mim. — Qual o seu problema Sasuke? — Você não precisa de lista nenhuma Sakura. — E por que eu não preciso? — perguntou divertida. Desviei o olhar para sua cama não conseguindo pensar em uma resposta para aquilo. Foi então que eu vi minha camisa sobre o seu travesseiro. Sakura acompanhou meu olhar e correu para pega-la me olhando constrangida. — Eu ia devolver, só que a gente vive brigando e você sabe. — comentou me entregando a camisa preta. A peguei sobre seu olhar envergonhado, sentindo vários pensamentos impuros rondando minha cabeça. — Você dorme com a minha camisa? — abri um sorriso com aquela ideia, porque não era o único neurótico aqui. — Claro que não i****a. — Sakura me olhou horrorizada com aquela ideia. Ela negaria até a morte, porque era uma pequena orgulhosa igual a mim. — E o que ela fazia na sua cama? — Eu coloquei aí para te entregar. E tira esse sorrisinho da cara que você dormia com o meu colar também. — resmungou apontando para o colar em seu pescoço e isso me fez lembrar que o queria de volta. — Devolve o colar. Eu sentia falta de encarar sua foto e da minha mãe. — Não devolvo, você não tá merecendo. — cruzou os braços emburrada. — Tá rindo do que? Vai procurar sua lista. — Já procurei e não achei, você só quer me provocar. — suspirei tranquilo tentando acreditar nas minhas próprias palavras. — Abusado. — Irritante. — Por que a gente briga tanto? — Sakura perguntou entediada. Apesar das divergências nós nos encaixávamos. — Nós somos diferentes, mas ao mesmo tempo muito parecidos. — Você acha? Eu não pareço nada com você Sasuke, talvez a teimosia isso eu preciso admitir. — ela soltou uma pequena risada passando a mão pelos cabelos curtos. — Você sempre tem uma resposta na ponta da língua e não deixa ninguém te diminuir. É audaciosa, corajosa. — É mas se tratando de sentimentos você é um covarde. — retrucou irônica me fazendo revirar os olhos. — Amar pode machucar as vezes Sakura. Eu não precisava amar mais alguém e depois perde-la, estou acostumado a viver com pessoas distantes de mim. A única pessoa que amei nessa vida foi minha mãe e ela se foi e de forma alguma quero passar por isso outra vez. — Eu sei mais que tudo sobre isso. — Sakura suspirou olhando para os pés. — O cara por quem eu era apaixonada me traiu da pior forma possível, minha mãe não consegue me dar amor, o meu pai finge que eu não existo. Eu tenho que receber carinho da emprega e do segurança. Isso soa tão patético. Falar de sua família a deixava deprimida. Sakura era do tipo de pessoa que precisava sentir amor pelas pessoas, ela precisava ser amada para ser feliz. — A sua mãe, você sente muita falta dela? — ela ergueu os olhos para mim e eu vi tristeza neles. Desviei o olhar para um painel vermelho de fotos que havia em umas das paredes. A maioria das fotos Sakura estava com seus amigos e parecia feliz. Em uma delas Sakura estava em um parque cheio de árvores de cerejeiras, eu já havia ido lá com Mikoto em algum lapso da minha memória. Saudades, essa palavra era um eufemismo perto do que eu sentia. — Eu lembro dela me colocando pra dormir todas as noites porque eu tinha medo de alguma coisa debaixo da cama. — comecei a falar sentindo os olhos de Sakura fixos em mim. — Ela não zombava ou brigava como meu pai. Minha mãe simplesmente se deitava ao meu lado na cama pequena e contava história até eu esquecer que estava com medo e conseguir dormir. Mikoto era a única pessoa que se importava comigo nesse mundo, pro resto eu sou apenas um garoto problemático e quando ela se foi uma parte de mim partiu junto com ela. — Eu sinto muito mesmo Sasuke. — senti a dor na voz da Sakura, como se ela pudesse sentir o mesmo que eu. Voltei a encara-la vendo seus olhos tristes em mim. Eu não precisava da sua pena e muito menos que sofresse as minhas dores, Sakura já tinha fardos demais. — Não conto essas coisas nem para minha psicóloga. — suspirei cansado. — E por que está contando pra mim? — Sinto que posso confiar em você. — Eu estou aqui para o que você precisar. — Sakura abriu um sorriso sincero e eu me lembrei da garota que me entregou um colar a alguns anos atrás. Ela era amorosa e gentil. Conseguia fazer algo dentro de mim se sentir vivo e eu precisava tomar certo cuidado com isso. — Bom já fiz o que tinha que fazer, estou indo. — pisquei os olhos me afastando a caminho da porta. — Espera, fica comigo mais um pouco. — disse apressada segurando minha mão. — Pra uma virgem seus pensamentos são bem impuros. — provoquei tentando espantar a sensação perigosa que ela me fazia sentir. — Não é nada disso i****a, eu só quero companhia e eu gosto de conversar com você, mesmo sendo um abusado provocador. — Sakura bufou se afastando envergonhada. Eu adorava a forma que suas bochechas ficavam vermelhas quando a irritava. Sakura não parecia levar minhas provocações a sério. — Acho que os pensamentos impuros são meus então. Você deveria comer, apesar de que já deve ter esfriado a essa altura. — Não estou com fome, por que não me conta quando começou a correr com aquela moto por aí? — ela se sentou na sua cama com as pernas cruzadas me olhando curiosa. Então ela queria saber da minha vida? Não há nada que eu precise esconder. Me sentei na cama vazia do outro lado do quarto, começando a me lembrar das loucuras que eu costumava fazer para irritar meu irmão. Hoje eu simplesmente não me importo mais com ele. — Em uma certa noite quando eu tinha dezesseis anos roubei o carro do meu irmão e fui para um racha. — Você roubou o carro do seu irmão e está aqui para contar história? — Sakura me olhou chocada. — Itachi é um b***a mole, nunca faria nada comigo ao não ser dar suas lições de morais. — dei de ombros me lembrando das nossas brigas. Ele sempre foi calmo, eu era o estressado na família. — E onde entra a moto nisso? — Quando eu peguei o carro de Itachi meu objetivo era detonar com ele por isso fui para um racha. — peguei um travesseiro em formato de coração o amassando em minhas mãos. Meu passado me irritava, mas Sakura parecia bem interessada nele. — O que ele fez a você pra tentar detonar o carro dele? — Me escondeu coisas e foi um filho da p**a ingrato, mas isso não vem ao caso agora. Eu corri com a bela Mercedes do meu irmão e venci de um mauricinho e ele me deu aquela moto. Naquela noite eu havia feito coisas muito piores que correr inconsequentemente por aí. Eu estava completamente fora de mim e nada conseguia me acalmar. Traição é algo que eu abomino, e tudo fica pior quando se é enganado pelas pessoas mais próximas. — E o que aconteceu com o carro? — Sakura perguntou parecendo bem envolvida na história. — Eu posso ter detonado ele com uma chave de roda. Itachi deu uma surtada mas não fez nada comigo. Depois desse dia em diante eu comecei a correr com a moto e percebi que era bom nisso e dava uma boa grana, então nunca mais parei. — E onde entra Suigetsu e Karin? — Os conheci em uma dessas corridas. — E você se sentiu atraído pela Karin assim que a viu? — perguntou curiosa me olhando com expectativas. A analisei tentando entender o motivo daquela pergunta. Sakura parecia ter algum problema com Karin pois sempre a colocava nas nossas conversas. Algo a incomodava e eu não gostava disso. — E isso importa? — Provavelmente você não a evitou e ficou com ela sem pensar duas vezes não é? — forçou um sorriso que não chegou aos olhos. Sakura estava me atacando e eu não entendia onde ela queria chegar com isso. — Por que está falando isso? — Eu só quero entender se o problema aqui sou eu. — respondeu um pouco frustrada. Eu conseguia ver seu cérebro trabalhando em pensar bobagens e precisava para-la antes que pifasse. — Esqueça a Karin, você não tem nada haver com ela, já disse isso. — Vocês combinam, se você a correspondesse fariam um belo casal. — continuou a falar coisas sem sentindo. — Não faríamos nada porque eu não me relaciono dessa maneira. — respondi impaciente tentando faze-la entender que Karin não significava nada para mim. — O que quer dizer com isso? — Namoro, relacionamento, coleira, prisão, eu não me meto nessa enrascada. — Então você é daqueles que fica com uma garota uma única vez, ou então fica com alguém sem compromisso e depois que cansa procura outra pessoa? — Não me olhe dessa forma. — suspirei passando a mão pelos cabelos, não querendo entrar naquele assunto. Sakura estava bem tagarela hoje. E eu simplesmente não queria entrar no assunto relacionamento com ela. — Que forma? — Está me julgando. — Não estou. — retrucou com um sorriso forçado. Eu conseguia ver a incerteza em seus olhos. — Sim está, por que você é do tipo de garota que namorada, quer casa e ter filhos com um príncipe encantado. — Tem algum problema nisso? — retrucou incerta. — Nenhum Sakura. Mas acho que agora você entende porque eu não sou bom pra você. — Mas você me quer, quando se trata de sentimentos não existe razões ou motivos, você só sente e arrisca sem se importar com as consequências. — Sakura mordeu os lábios desviando o olhar para suas unhas. Respirei fundo sentindo algo dentro de mim acordar em euforia. — Está insinuando que sente alguma coisa por mim? Ela deu de ombros me olhando de maneira afrontosa. Me levantei me aproximando da patricinha que gostava de enlouquecer minha mente boa parte do tempo. Eu estava pronto para deixa-la em paz e tentar acreditar que conseguiria ficar longe, mas depois do que ouvir da sua boca eu poderia mandar tudo ir a merda porque a ideia dela realmente sentir algo por mim era incrível. Inclinei o corpo apoiando as mãos no colchão ao lado dela, a encurralando e deixando o rosto próximo ao seu. Seus olhos eram incrível e eu nunca me casaria de admira-los. — Responda Sakura, você sente algo por mim? Seus olhar percorreu todo meu rosto até minha boca. Estávamos em uma batalha para decidir quem cairia primeiro. Eu perdi, porque me sentia um molenga perto dela. Afundei uma mão em sua nuca beijando sua boca deliciosa, sentindo choques por todo meu corpo, nossas línguas se enroscavam necessitadas em uma batalha sem fim chegando a ser um vício sem cura. Sakura me puxou pela camisa deitando-se no colchão largando minha boca apenas para respirar e me beijar de novo. Acomodei o corpo sobre o seu afastando suas pernas com o joelho, Sakura suspirou abaixo de mim guando segurei uma de suas coxas a trazendo para perto. — Por que não tenta descobrir? — sussurrou próximo a minha boca. — Lembre-se que eu tenho uma lista de caras para escolher. Era ousada o suficiente para me provocar e rir ao mesmo tempo. Se divertindo as minhas custas. Aperte as mão em volta da carne macia da sua b***a generosa e Sakura gemeu deliciosamente em minha boca. — Não me provoque — suspirei beijando seu pescoço a sentindo se mexer embaixo de mim, controlando o riso. — Quem esta provocando aqui? — retrucou em um gemido manhoso. Não tive tempo para descobrir porque o barulho da porta se abrindo nos atrapalhou. — Mas o que é isso? — Tsunade gritou entrando no quarto e Sakura me empurrou para o lado com uma força que me fez cair da cama. Apoiei as mãos no chão tentando evitar quebrar a cabeça, mas aquela patricinha conseguiu ferrar com minhas costelas. — Sasuke me desculpa. — Sakura colocou a cabeça para fora da cama me dando um sorrisinho nervoso. — Machucou? Audaciosa. — Tô de boa, só dói quando eu respiro. — Sinto muito. — Sente mesmo? — perguntei duvidoso. — Vocês estão mesmo testando minha paciência. — ouvi os passos raivosos da diretora pelo quarto. — Tsunade ele só veio deixar meu almoço, porque a cozinheira teve um imprevisto. — a patricinha de levantou da cama apressada se enrolando toda para se explicar. — E acabou ficando para a sobremesa? — Não é isso que a Senhora está pensando, Sasuke escorregou e caiu em cima de mim. Onde Sakura estava aprendendo a mentir daquele jeito? — E já caiu enfiando a língua na sua boca? Me poupe vocês não me enganam, sei muito bem como é esse fogo que vocês tem. — Se sabe por que tá perguntando? Dá logo o castigo. — bufei olhando para o teto entediado. Não estava afim de ouvir lição de moral agora. Eu estava irritado porque ela estragou meu momento. — Sasuke não piora as coisas. Tsunade por favor não expulsa a gente, você sabe que esse colégio é tudo que eu tenho. — havia desespero na voz de Sakura. Tsunade ficou em silêncio por alguns minutos soltando um longo suspiro em seguida. — Por você Sakura vou lhes dar mais uma chance, e Sasuke você m*l chegou e já está me estressado não me faça chuta-lo daqui. — disse irritada, me fazendo apoiar uma mão abaixo da cabeça para encara-la. — Vou me comportar. — respondi calmamente sentindo seus olhos desconfiados por mim todo. Odiava ser controlado por alguém, ainda mais por uma diretora irritante e é claro que eu faria o que me desse vontade. Não estava nem aí para ela. — Claro que vai. Os dois depois das aulas vão ajudar nos serviços do colégio. — avisou com seu ar de superioridade. — Que tipo de serviço Tsunade? — Sakura perguntou temerosa. O pior que pudermos imaginar. Eu via nos olhos daquela mulher que ela iria ferrar com a gente e não se importava nenhum pouco com isso. Ela queria dar ordens porque era uma maldita controladora. — Limpar banheiros, vestiários, refeitório, as piscinas, ajudar a organizar os livros da biblioteca. — Vamos ajudar amanhã? — Sakura continuou com suas perguntas inocentes. Tsunade abriu um sorriso cínico balançando a cabeça e mostrou que não estava para brincadeiras. — Vão ajudar por um mês inteiro e se aprontaram até lá, aumento mais um mês. Tá legal por essa eu não esperava. Controlei um xingamento odiando Itachi por ter me colocado nesse lugar. — Eu não sei lavar um prato. — retruquei irritado. — Eu sinto muito Senhor Uchiha, acho melhor você aprender como se limpa um banheiro. — ela ousou debochar de mim. — Você não pode fazer isso. — Prefere isso ou ser expulso? Vou mostrar que sou legar e os deixarei escolher. — retrucou me fazendo calar a boca. — Minhas lindas unhas. — Sakura choramingou horrorizada caindo deitada na cama. Iríamos nos tornar escravos e ela estava preocupada com as unhas? Depois reclama quando a chamou de patricinha. — Pense nas suas unhas antes de pensar com outras coisas. — a diretora retrucou irritada e olhou para mim em seguida. — Uchiha levante-se e dê o fora daqui, vou colocar um cadeado nessa porta. — Não dá. — resmunguei. — Não dá o que? — Sakura quebrou meus ossos. Tudo doía e eu não estava brincando. — Você vai levantar desse chão agora ou eu te coloco pra fora desse quarto a base de chutes. — Só tem mulher violenta nesse lugar? — revirei os olhos me levantando ouvindo Sakura me chamar de i****a. Tsunade me escoltou para fora do quarto, batendo a porta quando saímos no corredor e eu ainda conseguia ouvir os gritinhos chorosos de Sakura. — Seu irmão explicou que você poderia me dar trabalho. Mas aqui o senhor será disciplinado, então não invente de fazer gracinhas comigo. Fui clara? — a diretora me lançou um olhar de aviso. — Clara como água general. — Vamos nos dar bem Sasuke. — ela sorriu dura me empurrando pelo ombro para longe do quarto de Sakura, com certa violência. Me perguntava se Sakura e ela não eram parentes. Aquela nanica tinham uma força monstruosa e eu não deveria subestima-la. — Tenho certas dúvidas sobre isso.
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