capitulo 14

4307 Words
Paixão Sem Limites S A S U K E — Você está brincando com a minha cara Sasuke? Essa frase havia se tornando contínua na boca de Itachi sempre que eu me envolvia em algum problema. Seus discursos tinham se tornando novelas chatas, decoradas e entediantes, meu irmão não tinha muita originalidade quando se tratava de brigar com alguém. Itachi sempre foi calmo e do bem, era o tipo de cara que apenas filosofava abobrinhas. Kurenai a psicológica me aconselhava a me espelhar no meu irmão. Mas eu era um caso perdido. Passei a camisa pela cabeça afastando o telefone do ouvido, entediado com as reclamações que já ouvia a cinco minutos. Meu irmão não conseguia entender que eu não precisava de broncas, mas apenas que ele tentasse me apoiar alguma vez na vida, sem julgamentos, apenas ser a merda de um irmão melhor. Quando Itachi era criança, já foi um cara mais divertido. Nós gostávamos de procurar gatos perdidos pelas ruas e cuidar deles, até que um dia um gatinho branco minúsculo atacou meu rosto, deixando-me com traumas de gatos. Itachi era incrível, eu o adorava. Então meu irmão cresceu e desejava orgulhar Fugaku a qualquer custo, me deixando de lado da sua vida, estudou nas melhores escolas e fez a melhor faculdade de administração do País. Hoje trabalha na empresa da família, sempre buscando impressionar Fugaku e nada mais importava. — Você não aprende nunca? Sério que eu preciso sair de uma reunião importante, para atender a ligação da diretora reclamando que meu querido irmãozinho está causando confusões? — E atendeu por que? Eu me viro com os meus problemas. — Beijando garotas Sasuke? Será que você não consegue se controlar até chegar aqui fora? Deveria arrumar logo uma namorada, talvez ela consiga te dar limites. Quis rir daquele absurdo. — Adoraria ficar ouvindo os conselhos de alguém que divide a namorada com a cidade inteira, mas tenho castigo agora. — retruquei sem interesse ouvindo Itachi soltar um suspiro cansado, batendo alguma porta atrás de si. — Não fale assim de Konan, ela é uma boa mulher. Quando se tratava da namoradinha falsa Itachi a defendia com unhas e dentes. Ele prefere ela do que a mim. — O oral dela deve ser ótimo pra conseguir deixar você de quatro desse jeito. Mas como dizem por aí, o amor é cego. — provoquei o ouvindo respirar fundo do outro lado da linha, provavelmente buscando por paciência. — Vai ficar sem a moto no fim se semana, eu não aceito que fale assim da minha namorada. — Veremos. – respondi sem me preocupar. Fico decepcionado pelo fato do meu irmão não conhecer meus talentos de "delinquente" como as pessoas falam por aí. — Soube que papai está noivo? — mudou de assunto provavelmente tentando me irritar. — Como eu saberia? Não leio revistas de fofocas. — Ele ligou para mim ontem, pensei que tivesse feito o mesmo com você. Itachi sempre soube que Fugaku não ligava para mim, ele não se importava com a minha existência, e eu muito menos com a dele. — Não me importo, mesmo se ele ligasse eu não atenderia. — Em breve ele virá apresentar sua noiva para nós, disse que Mei é uma mulher adorável. Eu propus um jantar em família. — Não faço questão de conhece-la, se divirtam sem mim. — Não seja tão duro com ele, nosso pai está solitário desde que a mamãe se foi. — Se ele estivesse solitário não teria mandando mata-la. — apertei o celular com força sentindo a maldita raiva me invadir com voracidade. A raiva que me deixava cego ao ponto de querer destruir o mundo inteiro a minha volta. — Sasuke já conversamos sobre esse assunto, não havia soluções para nossa mãe, ela não poderia ficar nos aparelhos para sempre. — Pra que serve a droga do dinheiro dessa família? — Poupamos nosso próprio sofrimento, não seria legal vê-la daquela forma para sempre. — Claro vocês a preferem debaixo da terra. — Você é imaturo demais para entender isso Sasuke, e sempre será. — Vá a merda, você e ele. — encerrei a ligação não querendo ouvir mais nada daquele babaca. Passei a mão pelo rosto tentando me acalmar. Quando se tem uma família de merda, você não se sente um babaca por odiá-los. Sai do quarto imaginando como Sakura deveria estar irritada por eu estar atrasado dez minutos, ela era a neurótica dos horários certinhos, mas eu não ligava. — E ai gatinho como vai? O garoto que publicou minha foto em um blog apareceu ao meu lado, abrindo um sorrisinho malicioso. Ainda não entendi qual era o problema dele. — Você não está com raiva de mim por causa daquela fotinha não é? Está famoso agora, as garotas estão enlouquecidas por você. — correu atrás de mim quando apressei os passos para longe. Não estava afim de conversa, ainda mais sobre aquela foto. Por onde andava nesse maldito colégio sentia olhares de meninas atrás de mim, elas soltavam risinhos tentando chamar minha atenção e em alguns momentos tinha a impressão de que estava sendo perseguido. — Eu não quero nenhuma garota enlouquecida por mim, então apague aquela porcaria de foto. — E o que eu ganho se apagar? — ousou encher minha paciência. — Não vai querer me irritar, então faça a escolha certa. — o olhei seriamente vendo um sorriso falso surgir em seu rosto. — Como você pediu com carinho irei tirar a foto. — Sai me deu uma piscadela. — Não precisa me agradecer pelo sucesso, os méritos são todos seus. E qual é o lance entre você e a Sakura? — Isso não é da sua conta. Revirei os olhos ignorando aquele cara esquisito e o deixei para trás, seguindo em direção ao refeitório, onde iriamos começar nosso serviço escravo. Tsunade não estava brincando quando disse que teríamos que trabalhar. Encontrei Sakura em um dos corredores lendo uma folha de papel, que era provavelmente a lista de tarefas que a diretora havia passado para cada um de nós. Ela estava deliciosa dentro de uma blusa folgada branca e uma calça colada preta, que marcava muito bem suas pernas e b***a. Não conseguia imagina-la fazendo algum serviço doméstico. — Está atrasado. — a patricinha reclamou quando notou minha presença. — Você também não está no horário. — revirei os olhos pra toda aquela marra. — Como está seu pé? Olhei para seu pé que ainda estava enfaixado me perguntando como ela faria alguma coisa com o pé daquela forma. Sakura só atrapalharia e tiraria minha concentração. — Meu pé está ótimo. — Que bom eu não gostaria de ouvir seus choros pelo resto do dia. — Eu estava lendo nossa lista de trabalhos, você já viu? — ela ignorou minha provocação balançando o papel em suas mãos. — Só o dia de hoje. — Nas segundas iremos limpar a cantina, nas terças feiras os banheiros de todo o colégio, quarta é dia da biblioteca, quinta os vestiários e piscinas, e sexta temos folga. — ela leu enquanto caminhávamos em direção as portas abertas do refeitório. — Ao menos temos um dia de folga, Tsunade ainda tem um coração. Eram exatamente uma hora da tarde. Todos estavam descansando nesse momento e nós iríamos ser feitos de escravos por causa da porcaria de um beijo. — Tudo isso por causa da p***a de um beijo? Inacreditável. — Tá reclamando por que? a culpa foi toda sua. Eu tentei defender a gente, mas você só piora as coisas com esse seu jeito de fodão sabe tudo. — Sakura resmungou inconformada. — Dizer a verdade as vezes é melhor do que mentir. — Engraçado você dizer algo assim. — Quer jogar algo na minha cara? — a olhei pelo canto do olho, nenhum pouco afim de começar uma discussão agora. — Não vale a pena. O que nos resta agora é aceitar esse castigo. Entramos no refeitório encontrando a bagunça pós almoço. Sakura parou a minha frente com as mãos na cintura observando o local com um olhar preocupado. Uma das cozinheiras nos avistou e se aproximou com alguns sacos de lixo, rodos e produtos de limpeza. Eu nunca havia limpado uma casa na vida, sempre tivemos empregada e me preocupar com limpeza não era um problema, mas depois que comecei a morar sozinho com Itachi ao menos o meu quarto eu conseguia organizar e me virar com a comida. Ele costumava pagar uma Senhora para limpar o apartamento duas vezes por semana, mas depois que começou a namorar, Konan se intrometia organizando tudo apenas para se exibir para Itachi. — A Senhora Tsunade avisou que vocês viriam, o trabalho de vocês hoje será limpar todas as mesas, o chão e lavar a louça. — a mulher começou a falar em uma tranquilidade irritante. — Tudo isso? — Sakura piscou os olhos olhando desanimada para o local. Ela parecia estar prestes a sair correndo daqui. Não a julgo, faria o mesmo se houvesse uma saída. — Sinto muito, a diretora avisou que tínhamos que ser duras e que vocês dariam conta. Não é tão difícil vocês são dois, dividam o serviço e boa sorte. — a mulher avisou nos dando as costas, caminhando em direção a cozinha. Sakura me olhou como se implorasse para eu fazer alguma coisa e livrar sua b***a daquele castigo. Eu assumo que a culpa de estarmos naquela situação era toda minha, mas não adiantava nada reclamar agora. Peguei um rodo e o balde com produtos de limpeza, agradecendo pelo chão não estar muito sujo. — Você limpa as mesas e eu o chão. — avisei entregando o saco de lixo para Sakura que parecia perdida. — Você sabe fazer isso? — perguntou duvidosa. — Não, mas não deve ser algo complicado ao ponto de ter um enigma. É só esfregar a porcaria do pano no chão. — respondi o óbvio a vendo revirar os olhos. — Claro que não, se você fazer errado ficará uma nojeira. — E o que a patricinha entende sobre limpeza? — Eu não sou nenhuma porca, os empregados fazem tudo lá em casa, mas eu sempre observei e sei que não se pode fazer de qualquer jeito. — Não se preocupe eu sou bom em tudo que faço, vá cuidar das suas mesas. — Exibido i****a. — Sakura bufou abrindo um saco de lixo começando a jogar as coisas dentro. — Ainda está tagarelando? — provoquei a ouvindo me xingar enquanto limpava as mesas. Sakura me divertia ao mesmo tempo que me tirava do sério. Era intrigante aquela loucura que ela me fazia sentir desde o momento que a encontrei pela primeira vez aos quatorze anos. Comecei a limpar o chão em desagrado, me atrapalhando no início mas com o tempo consegui pegar o jeito da coisa. Não era nenhum bicho de sete cabeças. Sakura limpou todas as mesas caladinha comemorando pelo seu feito. Ela estava orgulhosa de si mesma e eu quis rir daquilo. Estava tudo sobre controle até a patricinha deslizar no piso molhado e cair de b***a no chão, fazendo chilique. Ela deve sentir algum tipo de atração pelo chão, não é possível que uma pessoa seja tão desastrada assim. — Eu disse que você não sabe fazer isso direito. Vai matar alguém assim. — falou exagerada apontando para uma pequena parte do chão molhada. — O que a sua b***a ter uma tara pelo chão tem haver com meu jeito de limpeza? — retruquei entediado. — Não seja cínico você não limpou direito, deixou água e sabão aqui — A questão está aí Sakura. Eu não tenho culpa se você vive no país das maravilhas e não olha por onde anda, não enxerga um palmo na frente do seu nariz. — Não jogue a culpa do seu serviço m*l feito em mim. — Sakura entortou os lábios me olhando furiosa com seu maldito orgulho. — Eu vou te mostrar quem anda no país das maravilhas seu babaca. — Não me olhe com essa cara, se eu for contar todas as vezes que você caiu na minha frente acabam-se os dedos. Não sei como ainda está viva até hoje. Sakura me olhou com raiva desviando o olhar para o balde de água ao seu lado. Entendi o que aquela nanica vingativa estava pensando no momento que um sorrisinho surgiu em seus lábios. Se ela ousasse derramar toda aquela água no chão que acabei de limpar iriamos entrar em uma guerra perigosa, ao ponto de destruir essa escola. — Você não faria isso. — disse calmamente a olhando com repreensão. A patricinha arqueou uma sobrancelha me desafiando com o olhar. É claro que ela faria, era uma pequena megera desafiadora. — Não vamos começar com isso agora Sakura. Sakura se levantou do chão lentamente e pegou o balde de água ao seu lado, caminhando em minha direção. Esperei sua próxima artimanha e ela abriu um sorriso cínico antes de jogar toda água do balde na minha cara. A porcaria de uma água suja de sabão. Sakura não apenas me deu um banho, como também molhou a p***a do chão que eu havia acabo de limpar. — É bom você pensar melhor antes de debochar de alguém. — avisou soltando o balde vazio no chão. — O que eu faço com você garota irritante? — passei a mão pelo rosto, observando Sakura cruzar os braços e revirar os olhos. — Você não irá fazer nada. — É o que vamos ver. Puxei aquela abusada pela cintura me curvando o suficiente para joga-la sobre meu ombro a deixando de cabeça para baixo. Segurei suas pernas que balançavam tentando me chutar. — Me coloca no chão agora Sasuke. — ela gritou tentando escapar. — Eu vou te dar uma lição que você nunca vai esquecer sua patricinha mimada. — Não faça isso. Eu ajudo você a limpar o chão outra vez. — choramingou me fazendo revirar os olhos. O refeitório era dividido em duas partes. A área coberta e outra ao ar livre onde haviam várias mesas de cimento no gramado, e algumas árvores em volta. Poucas pessoas ficavam ali para conversar e já tínhamos atraído a atenção delas quando caminhei em direção a um grande chafariz que havia no centro, com Sakura gritando nas minhas costas. O chafariz era grande o suficiente para uma certa rosada tomar um belo banho. — Você parece gostar muito de água, não é? Quantos lugares eu terei que lhe jogar para você aprender a se comportar? — Não ouse fazer isso. — ela gritou horrorizada quando percebeu o que eu pretendia fazer. — Isso é ridículo foi só um balde de água. — Sinto muito eu não obedeço ordens. Soltei aquela patricinha abusada dentro do chafariz ouvindo algumas pessoas rirem a nossa volta. Sakura caiu sentada batendo as mãos na água com força, ficando embaixo de um anjinho de pedra que cuspia água pela boca. — Eu detesto você Sasuke. — Sakura fez um bico emburrada. — Detesta? Pensei que me amava. A blusa branca que ela vestia molhou ficando transparente mostrando seu sutiã cor de rosa, ela só era azarada o bastante para nunca estar com uma blusa escura nessas ocasiões. Algumas pessoas se aproximaram para ver a cena, e haviam alguns idiotas que aproveitavam para secar Sakura com os olhos descaradamente. Um cara ousou pegar o celular para filmar a cena. — Tá olhando o quê? Perdeu alguma coisa aqui? — apertei os lábios olhando feio para o cara. Ele se afastou balançando a cabeça, junto com algumas pessoas e Sakura abriu um sorrisinho irritante para mim. — Do que está rindo? Gostou do banho que levou? — a observei se levantar e vir calmamente em minha direção. A roupa molhada se encontrava agarrada em sua pele, alguns fios de cabelos se soltavam do r**o de cavalo colando em seu rosto, e nunca pensei que ela poderia ficar mais gostosa do que era depois de um banho na porcaria de um chafariz. — Você tinha razão Sasuke, nós vamos nos matar, porque eu não vou deixar isso barato. — a rosada me deu uma piscadela antes de levar as mãos a barra de sua blusa e a puxar para cima a tirando do corpo, fazendo uma comoção a nossa volta. Pisquei os olhos olhando para o seu sutiã cor de rosa, que mostrava boa parte dos seus p****s durinhos. Uma cara quase desmaiou não escondendo o olhar descarado, outros batiam palmas para ela. — Que isso em Sakura? — Como pode ser tão linda? — Eu só queria que ela fosse minha namorada cara. Olhei chocado para aquela patricinha vendo um sorrisinho vitorioso surgir em sua boca provocativa. — Agora você passou dos limites da provocação. — olhei para os garotos que babavam a olhando animados. — Existem limites pra você? — Sakura torceu a blusa molhada tirando a água, antes de coloca-la de volta no corpo em uma calmaria irritante. Seus olhos me desafiavam o tempo inteiro. Se essa garota não desejava me enlouquecer eu não sei o que ela estava tentando fazer. — O que estão fazendo? A Senhora Tsunade irá ficar furiosa com vocês. — a cozinheira se aproximou nos olhando incrédula. — Me desculpa foi um acidente. — Sakura respondeu envergonhada. Era impressionante em como ela se transformava de ousada para tímida em questão de minutos. O mais engraçado era que ela usava seu lado filho da p**a apenas comigo. — Vão trocar de roupa, eu irei limpar aquela bagunça que vocês fizeram no refeitório, antes que a diretora apareça. — a mulher soltou um suspiro nos olhando com repreensão. Sakura assentiu a agradecendo, se afastando do local sobre os olhares de algumas pessoas que ainda riam e eu a acompanhei de péssimo humor. Ouvi seus resmungos enquanto caminhávamos pelos corredores vazios. — Você me molhou inteira.— ela tirou as sandálias molhadas, não se importando em andar descalça. — Nem havia tanta água naquele balde. — Você começou, não venha chorar agora. — Abusado. — Patricinha. — Não te suporto. — Eu não te suporto mais ainda. — retruquei a vendo parar em minha frente e se virar para mim. — Mentiroso, você gosta de mim, mas não assume. — Sakura apontou o dedo na minha cara. — Como pode ter certeza disso? — bufei. — Apesar de estar na duvida, seus olhos não negam. — disse certa fazendo-me sentir um i****a. Não sabia que era tão fácil de ler assim, Sakura conseguia ver algo que nem eu mesmo entendia. Era louca a forma que conversávamos apenas pelo olhar. A empurrei contra o armário ao lado sentindo sua respiração próxima a minha boca. Ela sorriu para mim, como se zombasse da minha falta de controle perto de si. — Não consigo ficar longe de você. — Não fique. — Sakura passou uma mão pelo meu rosto, puxando minha camisa com a outra. Eu a queria tanto que algo dentro de mim me sufocava. — Uau. — ouvi uma voz surpresa e Sakura me empurrou para longe assustada. Só haviam empata f**a nesse lugar. Tenten estava parada ao lado nos observando surpresa, segurando o riso. Sakura olhou de mim para sua amiga parecendo constrangida. — Você dois estão juntos? — Tenten apontou de mim para Sakura confusa. — Não. — a patricinha respondeu rapidamente. — E estavam quase se beijando por que? — Você está vendo coisas Tenten, eu só estava dizendo a Sasuke que ele fica muito bem molhado. — Sakura retrucou me olhando emburrada indo embora apressada. Muito bem molhado? — Amiga espera. — Tenten murmurou, mas Sakura a ignorou resmungando algo sobre ter que trocar de roupa. Observei aquela abusada se afastar, querendo sair ilesa daquela história, quando na verdade ela queria tanto quanto eu. Mas éramos dois orgulhosos e isso nunca iria mudar, sempre damos um passo para frente e dois para trás. Não sei o que estávamos fazendo e eu não conseguia me afastar de forma alguma daquela garota. — Por que vocês estão molhados? O que aprontaram dessa vez? — Tenten perguntou me tirando do transe Sakura. — Por que mulheres são tão irritantes? — Olha quem fala, vocês homens que são difíceis de entender. E se você estiver querendo alguma coisa com a Sakura é melhor fazer direito, Sasori já a magoou demais. Observei a garota cruzar os braços e me lançar um olhar sugestivo. — Você acha que eu seria bom para ela? — perguntei hesitante. — Por que não seria? — Eu não namoro, nunca fiz isso, e Sakura quer algo sério com alguém. — resmunguei pensando na enrascada em que eu havia me metido. — Pra tudo na vida tem uma primeira vez garoto. A vida é cheia de perdas e ganhos, mas você precisa arriscar para ter os resultados, o receio de viver não leva a lugar nenhum. — ela comentou pensativa passando os dedos pelo queixo. — Você dois juntos é algo difícil de imaginar, vivem querendo se matar pelos cantos mas tenho que concordar que têm uma química enorme. — Nunca havia me sentindo dessa forma antes e não sei o que fazer. — Que forma? Você está apaixonado pela Sakura? — Não, eu não sinto essas coisas. — suspirei já não conseguindo acreditar nas minhas próprias palavras. — Claro que você sente, tem um coração batendo aí dentro. — Tenho certas dúvidas sobre isso. — Parece que você tá precisando de ajuda, e eu vou ajudar você. — Como vai me ajudar se nem eu consigo me entender? — sorri daquele absurdo. — Eu sou uma garota, e garotas entendem de sentimentos. Vou te dar umas aulinhas, te ajudar a conquistar a Sakura e a entender seus próprios sentimentos. — Tenten disse confiante, mas não levei muito a sério. — Nós estamos sempre brigando, e as vezes eu quero esgana-la e outras... — E outras? — me olhou ansiosa. Passei a língua nos lábios pensando em todas as coisas boas que Sakura me fazia sentir. — Não preciso explicar, você acabou de ver. — Apenas me responda uma coisa. Você sente a necessidade de estar perto de Sakura o tempo todo? — Eu gosto da companhia dela, Sakura me entende e não me julga, quando não estamos brigando é claro, mas eu gosto até mesmo das nossas brigas. Por que está rindo? — Você está apaixonado Sasuke. — Tenten riu me olhando animada. Eu não sabia como era estar apaixonado, mas tudo infelizmente se encaixava. — Eu não me apaixono. — repeti passando a mão pelos cabelos. — Sinto muito, o cupido lhe pegou de jeito. Agora só falta você sair dessa fase de negação e assumir. — cantarolou achando graça da situação. — O que está acontecendo aqui? — o ex namorado dela se aproximou nos olhando com indignação. Ele sempre a observava pelos cantos, e parecia não gostar de mim. — Não que seja da sua conta, mas estou conversando com meu amigo. — Tenten retrucou não fazendo questão de encara-lo. — Amigo? Tem certeza disso? — Não estou entendendo Neji. Não foi você que me deu um fora? — E você não perdeu tempo e já foi correndo para os braços de outro. — debochou. — Ela não correu para os braços de ninguém e se corresse o problema não é seu. — interferir vendo que Tenten não estava confortável com todos aqueles ataques. — Não estou falando com você. — ele me olhou com raiva. — Mas eu estou falando com você, deixe a garota em paz. — olhei para Tenten nenhum pouco interessado em entrar naquele joguinho de ciúmes. — Nos falamos depois. — Tudo bem. Deixei os dois sozinhos discutindo sua vida amorosa e segui em direção ao meu quarto. Meus problemas me preocupavam mais do que a vida dos outros. A ideia de estar apaixonado me assustava, mas infelizmente fazia sentido. Desde que encontrei Sakura pela primeira vez no cemitério, ela sempre esteve em meus pensamentos, a única garota que já conseguiu tirar meu sono. Como eu consegui entrar naquela enrascada? Entrei no quarto me sentindo um i****a. Naruto estava lá reclamando de alguma coisa e eu o ignorei me sentando na cama não me importando em molhar os lençóis. Eu não tenho medo de nada e não vejo problema em correr certos riscos, mas sentimentos me assustam porque as sequelas são eternas. Sakura estava certa sobre eu me tornar um covarde quando se trata de amar. Eu não quero machuca-la e muito menos a mim, mas Sakura se mostrou ser uma garota forte. — O que aconteceu com você? Está estranho. — Naruto parou a minha frente analisando-me com uma expressão esquisita. — Por que está todo molhado? — Eu tô apaixonado pela Sakura. — murmurei não ouvindo minha própria voz. Parecia mais real e assustador quando as palavras saiam pela minha boca. — Não entendi nada, pode abrir a boca pra falar? — Eu tô apaixonado pela Sakura. — O que há com você? Uma abelha mordeu sua língua? Fala direito Sasuke. — Eu tô apaixonado pela Sakura c*****o. — gritei o vendo cair para trás de b***a no chão. — Você o que? — Naruto berrou me olhando incrédulo. Suspirei me levantando e segui em direção ao banheiro ignorando seus gritos revoltados. — Sasuke volta aqui e me explica essa história direito. Como assim apaixonado pela Sakura? Você precisa passar pelo processo seletivo. — Naruto me seguiu apontando o dedo em minha direção. Bati a porta na sua cara sem cabeça para suas idiotices. Precisava ficar sozinho e tentar entender como havia chegado naquela situação. — Tudo bem, eu posso lidar com isso. Tentei convencer a mim mesmo de que poderia suportar a ideia de estar apaixonado por uma patricinha nanica que mexia com meus sentimentos como ninguém. O primeiro passo é a aceitação.
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