Capitulo 3

2401 Words
Paixão Sem Limites S A S U K E Olhava para a janela em silêncio com os braços cruzados, o céu escuro parecia mais interessante do que ficar escutando lorotas. Não era a primeira vez que eu vinha parar na delegacia, meu tio já havia se acostumado comigo ali, mas dessa vez eu estava encrencado e irritado. — Sasuke você pode ser meu sobrinho e eu gosto muito de você, mas essa é a última chance que eu te dou. Se não parar de aprontar não vou poder te ajudar e ao invés de ser apenas a moto terei que lhe prender também. Espero que repense suas atitudes a partir de agora. — Madara terminou seu discurso de bom delegado fumando um maldito cigarro. — Você dá muito trabalho garoto, com certeza não puxou a sua mãe. Continuei calado apenas o encarando, segurando a vontade de manda-lo a merda. Madara gostava de dar lição de moral, mas não era melhor que ninguém nessa sala. — Ele vai parar tio, obrigado mais uma vez. — Itachi se levantou e me lançou um olhar sério antes de seguir para a porta. Me levantei e o segui não suportando ficar mais um segundo naquele lugar. — Estou de olho. — ainda ouvi a voz de Madara antes de sair da sala. — Garoto problema. Coloquei as mãos no bolso da minha jaqueta caminhando pra fora daquela delegacia, ao chegarmos no estacionamento Itachi destravou seu carro entrando no mesmo sem falar nada. Abri a porta do carona e entrei respirando fundo esperando o sermão que estava por vir. — Não vai falar nada? — quebrei o silêncio olhando para o para brisa. — Tem noção do que fez? — Itachi dirigiu para fora do estacionamento com uma calma intrigante. — Não fiz nada, a garota que se jogou na frente da moto. — Sabe quem é essa garota? Era a garota do cemitério, os cabelos estavam mais curtos, mas sem dúvida os olhos eram os mesmo. Ela estava diferente, mas afiada talvez, era uma completa patricinha estranha e com certeza não me reconheceu. — Uma dondoca. — Essa dondoca é a filha do Governador, tem sorte do pai dela não ter prendido você, sua situação já não está boa. — Itachi bufou impaciente. Filha do Governador. Claro que ela seria alguém que tinha poder, ou não teria feito toda aquela ceninha irritante. Aquela garota me colocou em maus lençóis e eu nem mesmo a machuquei. A dondoca me ferrou por puro capricho. — Não preciso de lição de moral Itachi, isso não muda nada. — retruquei irritado. — Realmente não muda nada, você é um cabeça de vento. Mas você e essa moto só causam problemas, por isso Madara irá confisca-la. — Faça o que quiser Itachi, apenas não toque na p***a da moto. — Eu sei que ela é importante pra você, mas temos que pensar no seu bem estar e o da sociedade. Se quiser a moto de volta vai ter que provar que a merece, não participar de corridas clandestinas e dirigir com cuidado é um bom começo. — A moto é minha, eu faço o que quiser com ela. — Agora é da polícia, tem sorte do Delegado ser nosso tio. Madara é muito bonzinho com você, se dormisse uma noite na cadeia pararia com essas merdas. Respirei fundo olhando para a janela do carro, me controlando para não socar meu próprio irmão. Como Itachi pode ser tão babaca? Ele nunca me apoia ou fica do meu lado em nada que eu faço. Eu simplesmente sou incômodo para ele. — E outra, amanhã você irá para um internato, já fiz a sua transferência, ele é o melhor de Konoha e vai ser bom pra você. — aviso me fazendo rir em incredulidade. Itachi sabia que eu não suportava ficar preso, além de tirar minha moto ainda vai me trancafiar em uma escola? Esse cara só pode ter merda na cabeça, os chifres que anda levando está o deixando doido. — Por que não me mata logo? — devolvi com raiva o vendo revirar os olhos. — Você pode aprender a gostar da escola, não será tão r**m. — disse convicto demais pro meu gosto. — Sabe que não suporto a ideia de ficar preso, quer me ver enlouquecido? — Pensasse isso antes de sair fazendo besteira. — Eu sou maior de idade você não manda em mim. — Realmente você já tem dezoito anos, mas se quiser sua moto de volta esse é um dos requisitos. Se comporte bem na escola e aos finais de semana pode usa-la. Eu parecia a p***a de uma criança levando castigo por ter feito uma coisa errada, sendo que eu não fiz nada demais. Isso chegava a ser ridiculo. — O que você fazia naquele condômino? — Naruto precisava de ajuda com um carro. — esfreguei as mãos no rosto só agora me lembrando que tinha deixado o loiro na mão. — Pensei que vocês não se falassem mais. — Itachi me olhou confuso. — Ele ainda é um i****a, nada mudou, mas parece que ele me perdôo. — Fico feliz que sejam amigos de novo, Naruto é um bom garoto, diferente do bando que você anda. — E a psicóloga? — mudei de assunto não querendo falar sobre aquilo. — Você pode sair uma vez na semana para sua consulta, não tem problema. — Eu não preciso mais dela. — Não vamos falar sobre isso agora Sasuke. Quando chegamos no apartamento Konan que estava sentava no sofá folgadamente, se levantou e correu pulando no colo do meu irmão o beijando falsamente. — Senti saudades amor. — disse melosa me fazendo revirar os olhos. — Desculpa a demora, eu estava resolvendo mais um problema de Sasuke. — Itachi disse carinhoso beijando a namorada falsa. — O que aconteceu dessa vez? — O que sempre acontece quando ele está com aquela moto, só que agora ele irá parar. Sasuke vai para um internato. — Não acho que precise de tanto amor. — Eu sei o que é melhor para o meu irmão Konan. Deixei os dois falando da minha vida feito duas velhinhas fofoqueiras, e bati a porta do quarto indo tomar um banho. Chegava a ser engraçado o quanto todo mundo gostava de cuidar da minha vida, e me tratar como de eu fosse um delinquente que só faz merda. Todos me odiavam e queriam se ver livres de mim essa era a verdade. Meu irmão já estava farto e eu sabia que a ideia do internado era apenas uma forma de se livrar de mim. Quando sai do banheiro Konan estava deitada na minha cama tranquilamente, como se fosse bem vinda. Meu dia já tinha sido uma merda e eu não precisava me estressar ainda mais, e muito menos criar outro problema. — Dá o fora, agora. — mandei com calma. — Não seja tão duro Sasuke. — ela se levantou vindo em minha direção, olhando descaradamente para o meu corpo. Como uma garota conseguia ser tão cínica? — Da o fora Konan, não me faça te tirar daqui eu mesmo. — avisei outra vez apontando para a porta fechada. — Eu quero você não percebeu isso ainda? — Vá procurar outro o****o pra apagar esse fogo que tem entre as pernas. — O único o****o que eu quero está parado a minha frente. — ela tentou tocar em mim e eu segurei seu braço. — Já chega. — a arrastei para fora do quarto ouvindo seus protestos. — Me solta Sasuke. — grunhiu irritada. — Eu vou soltar pra bem longe de mim, e não será eu que irá f***r você. A soltei no corredor e Itachi abriu a porta do quarto da frente com o barulho. Olhou confuso para sua namorada safada desviando o olhar para mim. — O que ta acontecendo aqui? — Tá acontecendo que você não tá dando conta de apagar o fogo da sua namorada. — Itachi Sasuke me atacou. — Konan fez cara de choro indo abraçar meu irmão. Itachi me olhou sério e eu nem me dei o trabalho de responder aquilo, meu irmão não era i****a e conhecia a namorada que tinha. Se ele queria ser corno o problema era dele. — Vá se f***r. — bati a porta passando a chave dessa vez. Estava cansado daquela merda. (...) No dia seguinte Itachi me deixou na porta do internado e foi embora como se estivesse deixando o filho em um acampamento de verão, feliz por estar se livrando de mim. Pensei nas opções de fugir dali principalmente quando vi todos aqueles mauricinhos e patricinhas, mas sem minha moto eu não iria a lugar nenhum. A medida que eu caminhava pelos corredores sentia os olhares de todas aquelas pessoas nas minhas costas. Eu definitivamente estava desqualificando todo sistema, posso imaginar o que se passava em cada cabecinha artificial nesse exato momento, mas eles não pareciam preocupados em serem discretos. — Quem é esse cara? — Ele é diferente. — Parece que saiu de um reformatório. — Gostei do visual. — Quem deixou esse cara entrar aqui? — Parece um bandido. Comecei a ficar perdido no meio daqueles corredores até que uma garota tomou coragem de se aproximar enquanto os outros continuavam a me julgar. Eu não tava nem aí pra eles, contanto que não se aproximassem de mim estava tudo certo. — Olá, você está procurando alguma coisa? — ela me olhou cautelosa, analisando-me com os olhos acinzentados. Como todos os outros estava empacotada com o uniforme bem alinhado, os cabelos longos preto azulados penteados corretamente, como se qualquer erro fosse estragar sua imagem. — Diretoria. — respondi olhando para os lados só encontrando armários vermelhos e amarelos. — Está indo pro lado errado. — ela sorriu da minha confusão. — A sala da Diretora fica dois corredores para trás, precisa subir as escadas. Se quiser posso acompanha-lo. — Valeu eu me viro. — voltei a caminhar já ficando cansado de dar voltas em circulos. Peguei meu celular para olhar as horas e pela falta de atenção esbarrei em alguém, ouvindo o baque do corpo caindo no chão, eu deveria estar andando muito rápido para derrubar alguém assim, ou a pessoa era muito leve para se esborrachar desse jeito. Ouvi um resmungo e bufei olhando para o chão pra ver se o estrago foi grande, e o que encontrei me fez arquear uma sobrancelha. Claro que ela estaria aqui. — Só pode estar brincando. — a patricinha me olhou horrorizada sentada no meio de alguns livros. Virei o rosto para analisa-la melhor. Suas bochechas estavam coradas e pela forma que seus olhos me olhavam diria que era raiva. Por que ela estava com raiva se foi a dondoca que me ferrou? Eu estou com raiva aqui. — Isso é alguma piada? O que você faz aqui? — seus olhos eram pura confusão. — Aparentemente irei estudar aqui agora, e advinha de quem foi a culpa? — me abaixei ficando na altura da garota estirada no chão. — Exatamente, toda sua e dessa boquinha fodida e ardilosa. — Eu achei... — ela gaguejou franzindo a testa emburrada. — Que iria me ferrar, lhe dou os parabéns a princesinha conseguiu. — lhe dei um sorriso irônico. — Não era nada disso. Será que pode me ajudar a levantar? Minha b***a está dolorida. — resmungou parecendo constrangida com a situação. Eu teria dó se ela não fosse uma maldita filha da p**a linda e linguaruda. — Oh eu sinto muito, não era minha intensão machucar sua linda b***a. — Isso soou irônico. Não acho que você esteja sendo sincero. — Quer sinceridade? Feche as pernas quando for cair em algum lugar. — olhei em seus olhos chocados e me levantei. — Você é um ogro indecente. — ela fechou as pernas me olhando esbabacada. Revirei os olhos com aquilo, a garota não perdia a classe nem para me xingar direito. — E você é uma patricinha insolente. — Escuta aqui, o que aconteceu ontem foi um m*l entendido. Peço desculpas pelo transtorno que lhe causei, e já que irá estudar aqui podemos esquecer isso e conviver em paz. O que acha? — estendeu a mão piscando os grandes olhos verdes abrindo um sorriso inocente e esperançoso. A dondoca deveria está acostumada a sorrir assim para todos e ganhava o mundo aos seus pés sendo colocada em um pedestal de vidro, seu único erro foi achar que isso funcionaria comigo. — Perdi minha moto por sua causa. — deixei claro o motivo da minha raiva e ela pareceu não se importar. A porcaria da moto era a única coisa que me restava e agora eu não tinha merda nenhuma, por culpa de uma patricinha mimada e seu r**o egoísta. — Eu sinto muito, mas a culpa foi sua. — sussurrou se fazendo de santa. — Não, você não sente. E não espere paz vindo de mim. — retruquei a colocando em pé com um puxão de mão. A garota tropeçou batendo o corpo em meu peito se apoiando em meus braços. Seus olhos encontraram os meus com curiosidade, ela tinha um aroma doce de cerejas me fazendo recordar da primeira vez que o senti, era delicioso. Ela entreabriu os lábios quando toquei em uma mecha de seu cabelo rosado, ele já havia aparecido em meus sonhos diversas vezes, assim como seus olhos verdes brilhantes cheios de vida. Era uma pena ela ser apenas uma riquinha mimada agora. — Eu conheço você? — sussurrou sem deixar de me encarar, franzindo o cenho tentando buscar em sua memória alguma recordação minha. Suspiro a afastando de mim notando que ela estava desorientada agora, por que ela se lembraria de algo assim? Já faziam quatro anos. O melhor a se fazer é manter essa garota longe de mim, mas isso não era um problema para alguém como eu. — O que é? Não me diga que já está apaixonada? — a olhei de cima abrindo um sorriso torto. Ela me olhou desconcertada com o rosto vermelho me deixando curioso. — Você é ridículo. — a garota bufou se abaixando para pegar seus livros esparramados pelo chão. — Fica longe do meu caminho. — avisei saindo dali a ouvindo resmungar xingamentos baixos. — Como se eu quizesse entrar no caminho de um ogro arrogante. — retrucou zangada me fazendo rir. Talvez esse lugar seja interessante.
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