capitulo 8

4657 Words
Paixão Sem Limites S A K U R A Observei alguns caras correrem com suas motos para um ponto no meio da pista, onde havia uma linha branca pichada no asfalto. Olhei para Sasuke e ele colocava seu capacete escuro se preparando para acompanha-los. — Se você ganhar a corrida, o prêmio é todo seu é isso? — perguntei tentando entender os motivos que aquelas pessoas tinham para arriscarem suas vidas assim. Qualquer acidente poderia levar a uma morte. Mesmo com Sasuke comentando que as corridas não aconteciam nas ruas movimentadas, eu não tirava da cabeça o quão perigoso isso era. — Exato. — E porque essas pessoas parecem mais eufóricas que os corredores? — apontei para a multidão barulhenta a nossa volta. Parecia que ninguém tinha juízo nesse lugar, seus conceitos de diversão eram bem diferentes dos meus. Apesar de que a minha diversão era fazer compras no Shopping então eu não tinha o direito de julgar. As pessoas liberaram as ruas e agora faziam uma torcida em volta dos corredores, fazendo suas apostas. Algumas garotas mais ousadas tiravam os sutiãs e jogavam para eles. Quis rir imaginando algo assim acontecer em uma festa da alta sociedade. Os velhinhos adorariam e suas esposas chamariam essas garotas de meretrizes. Se minha mãe soubesse que eu estava em um lugar assim ela com certeza teria um infarto, preocupada com a nossa reputação é claro. — Elas gostam de diversão e nós damos isso a elas. — Sasuke deu de ombros ligando aquela coisa barulhenta que ele chamava de moto. — E isso é seguro? — o olhei receosa mordendo a ponta do dedão, querendo ouvir um ao menos que eu estava paranoica demais. — Preocupada comigo rosada? — Sasuke não perdeu a chance de me provocar. — Estão arriscando a vida de vocês por loucura. — O que é a vida sem um pouco de adrenalina? — retrucou rindo da minha expressão receosa. — Não é nada demais, só ultrapassamos um pouco os limites. — Você parece não ter medo da morte. — Todos vamos morrer um dia rosada, ninguém escapa dessa merda então eu irei viver cada dia como se fosse o último. Sasuke falava aquilo de uma forma tão tranquila que fazia qualquer pessoa acreditar que ele estava bem. Mas na verdade não estava, esse cara estava fugindo de alguma coisa, algum sentimento r**m que precisava ser preenchido por algo mais forte. — Se você está feliz, então acho que isso não é da minha conta. — respondi o observando fingir desinteresse. — Realmente não é. Não saia de perto de Suigetsu e não aceite bebida de ninguém. — Não sou uma criança — revirou os olhos sobre suas ordens bobas. Nem minha própria mãe falava daquela forma comigo. — As pessoas aqui não são boazinhas Sakura. — Sasuke disse com seriedade me deixando curiosa agora. — Você não está acostumado com lugares assim. — Sei me cuidar. — retruquei cruzando os braços. Eu sabia que não estava em meu círculo social, mas também sabia me cuidar. — Suigetsu não deixe ninguém se aproximar dela com más intenções. — Sasuke avisou para o amigo que se aproximava. — Relaxa cara ninguém vai chegar perto da princesinha aqui. — Suigetsu passou um braço em volta da minha cintura e o Uchiha acompanhou seus movimentos com os olhos. — Não precisa ficar tão perto dela também, tire a mão daí. Observei Suigetsu se afastar segurando o riso, erguendo as mãos para longe de mim. Ele estava se divertindo. — Já falei que vou ficar bem. Não acho que alguém irá me atacar do nada. — resmunguei dando uma olhada em volta, ninguém nem me olhava apesar deu estar brilhante com aquele vestido. — Esse lugar está cheio de bêbados e drogados, você é diferente das garotas daqui e pode acabar chamando atenção, não confie em ninguém. — Sasuke avisou me olhando com expectativas esperando que eu confirmasse para que ele pudesse correr em paz. Não entendi o porque de toda aquela preocupação de repente, mas se ele estava martelando tanto naquela tecla era porque estava falando a verdade. Eu não conhecia essas pessoas então poderia esperar qualquer coisa vindo delas. — Tudo bem seu abusado. Eu te desejaria boa sorte, mas você é exibido demais para isso. — provoquei vendo um sorriso curto surgi no canto de seus lábios. — A minha sorte está aqui patricinha. Sasuke ergueu um colar, o enrolando entre os dedos cobertos por uma luva de couro preta. O pingente em forma de coração era um medalhão de ouro que me trouxe várias lembranças. Franzi o cenho tentando ver melhor, mas o Uchiha foi mais rápido em acelerar a moto para longe de mim. Eu já havia visto um colar daqueles antes. Era idêntico ao que eu tinha quando era criança, minha vó havia me dado de presente no meu aniversário de cinco anos, eu gostava dela, ainda se importava comigo mesmo morando em Paris, mas infelizmente ela se foi me deixando apenas o colar como sua última lembrança. Me lembro que o entreguei a um garoto no cemitério, pareceu o certo a se fazer porque ele havia perdido sua mãe e não tinha mais esperanças para viver. Eu só queria que ele ficasse bem e tivesse algo importante para se lembrar dela, assim como minha avó me deixou seu colar, para nunca esquece-la. É surpreendente Sasuke ter um colar idêntico, apesar de que é normal vender vários colares desses por aí. Depois de quatro anos eu não me lembrava do rosto do garoto do cemitério, vinham apenas imagens borradas na minha mente e me pergunto quais as possibilidades do Uchiha ser ele. Mas isso não seria possível, seria muita coincidência. — Vamos princesa, você não vai querer perder isso. — Suigetsu segurou minha mão guiando-me em direção a multidão em volta dos corredores. O acompanhei ainda confusa tentando entender as coincidências da vida. Por que Sasuke tinha um colar igual o meu e por que o usava como amuleto da sorte? Suigetsu empurrou algumas pessoas e conseguiu um lugar para nós na primeira fila. Um cara ruivo apareceu ditando regras, e eu estava mais interessada em observar o colar em volta da mão de Sasuke. — Pronta para perder sua aposta? — o grisalho atraiu minha atenção com seu comentário irônico. — Por que eu perderia? — Porque Sasuke é simplesmente o melhor. — Esqueceu de dizer incrível. — Karin apareceu ao nosso lado encarando Sasuke com um sorrisinho orgulhoso. A forma que ela o olhava parecia que ele era o centro do universo, ou melhor, do seu universo. Voltei a encarar a corrida vendo o momento certo em que o homem jogou uma bandeira preta dando a largada. As pessoas gritaram e as motos se foram em uma velocidade absurda. — Por que está aqui? — a garota ruiva perguntou e eu não estava interessada em conversar com ela. — Como? — Sasuke não promete nada a ninguém. Por que está com ele? Você não faz o tipo diversão de uma noite. — arqueou uma sobrancelha me olhando com seriedade. Sério que ela vai fazer isso? Eu não costumava brigar por causa de garotos por aí, achava isso ridículo na verdade. Apenas pessoas inseguras fazem isso. — Eu vim porque eu quis, não tenho nada com ele. — Conta outra Dondoca. Não perca seu tempo entendeu? Você não vai conseguir amarra-lo, eu estou com ele a muito tempo o conheço mais que você. E não será por uma patricinha que Sasuke irá me trocar. — Você é apaixonada por ele e não é correspondida. — afirmei entendendo toda aquela situação ridícula e o porque dela parecer me odiar sem nenhum motivo aparente. A garota entreabriu os lábios vermelhos fazendo uma leve careta antes de erguer o queixo e me olhar orgulhosa. — Sasuke é meu e eu não vou dividi-lo com você, nunca precisei disso e não será agora que isso irá acontecer. — avisou apontando o dedo em meu rosto como se eu fosse alguma ameaça. — Ele não é um objeto pra ser tratado dessa forma. E pouco me importa o que ele é seu, eu não ligo. — Karin para de importunar a garota. — Suigetsu revirou os olhos balançando a cabeça. — Você não é dona do Sasuke, deixa ele ouvir o que anda dizendo por aí. — Cala a boca seu peixe i****a. — a garota revirou os olhos se afastando da gente. A observei sumir na multidão com um olhar triste agora. Ela realmente estava apaixonada e não era correspondida, ou talvez estivesse confundindo isso com outra coisa. Mas se ela estava daquela forma era porque Sasuke não dava esperanças a ninguém, talvez ele fosse aquele tipo de garoto mais provável de partir seu coração. — Não liga pra ela, e se quer saber, eles nem tem algo importante. — Suigetsu disse tentando quebrar aquele clima estranho. — Eu não me importo, não é como se eu estivesse afim daquele cara só porque estou aqui com ele. — suspirei levando para longe os pensamentos naquele i****a. Eu não gostava de Sasuke de forma alguma e ponto final. — Gostei de você garota. — Você é divertido. — Se Sasuke não estivesse afim de você eu investiria. O olhei pensativa vendo o cara voltar a ficar animado com o barulho dos motores das motos se aproximando. Algumas garotas gritaram o nome de Sasuke eufóricas quando ele ultrapassou a linha de chegada. Por algum motivo eu não me surpreendi com sua vitória e sorri quando algumas pessoas correram para cumprimenta-lo como se ele fosse uma celebridade. Mas ele ignorou todas elas e seus olhos miraram em mim. Eu tinha uma aposta para pagar agora. (...) — Onde conseguiu aquele colar? — perguntei ao Uchiha quando diminuiu a velocidade da moto ao entrar no meu condomínio. Ele não me respondeu por longos minutos e eu pensei que não havia me escutado, ou talvez simplesmente estava me ignorando. Eu não tirava aquele colar da minha cabeça e talvez estivesse ficando paranoica com algo tão bobo. — É meu. — respondeu simplesmente. — Você o comprou? — A patricinha está entregue e inteira. — mudou de assunto parando a moto em frente a minha casa. — Sakura, me chame pelo meu nome. — resmunguei revirando os olhos. — Eu ganhei a aposta rosada. — provocou deixando claro que me chamava por outros nomes para me irritar. Sasuke gostava disso e nossos joguinhos me divertiam. — E eu serei obrigada a sair com você de novo, que lástima. — Não foi tão r**m assim, sei que adorou ficar agarrada em mim. Revirei os olhos outra vez descendo da moto. O ego enorme desse cara me irritava. — Aposto que foi você que gostou de ter meus s***s se esfregando nas suas costas. — Estava fazendo aquilo de propósito? Que audácia a sua e seu batesse a moto em um poste? — retrucou zombando da minha cara como sempre. — Não faria isso, o amor por essa coisa é grande demais. — bufei empurrando o capacete em seu peito e antes que eu pudesse me afastar Sasuke segurou minha mão. Observei seus dedos deslizarem pelos meus, tocando minha pulseira sem motivo nenhum. Engoli em seco me perguntando o porque de estar gostando do seu toque em minha pele. Não posso me atrair por ele, eu me apego rápido as pessoas e Sasuke não é o tipo de cara que devo me apegar, ou vou terminar com o resto do que sobrou do meu coração despedaçado. Sasori, Sasuke, não consigo definir qual seria o pior. Então por que parecia que algo me puxava para ele como um ímã? Inclinei o corpo observando seus olhos agora me avaliarem intensos. Fechei os olhos tomando coragem para encostar nossos lábios em um breve selinho, e tão rápido como senti o calor do corpo de Sasuke me afastei assustada. — O que foi isso? — ele franziu o cenho me olhando confuso. — Foi um beijo de agradecimento. — respondi petrificada demais para conseguir pensar em alguma coisa. Não sei o que havia dado em mim, eu simplesmente senti uma vontade absurda de beija-lo e o fiz me acovardado no meio do caminho. Eu nunca havia beijado outro garoto na vida além de Sasori, e acabei me sentindo envergonhada por isso, mas Sasuke fez questão de fazer a vergonha virar raiva logo em seguida. — Agradecimento? — me olhou incrédulo demais. — Nossa meu nível caiu bastante. — O que há de errado? — Isso não foi um beijo rosada, até uma criança faz melhor que isso. — O Uchiha balançou a cabeça me olhando com repreensão. Entortei os lábios incrédula, me perguntando como ele conseguia me fazer sentir tantas emoções em questões de segundos. — Como ousa falar m*l do meu beijo? Você é especialista em beijar agora? — retruquei entre dentes zangada. — Eu não sou especialista, mas com certeza esse foi o beijo mais triste que já recebi. — Ora seu babaca, faz melhor então. — Por que não assume que está louca por isso? — um brilho surgiu em seus olhos escuros. Esse cara estava testando os limites da minha raiva. — Vá se ferrar. — cuspi irritada lhe dando as costas ouvindo o risinho daquele i****a atrás de mim. Sasuke era um babaca, engano meu pensar diferente em outro momento. — Espero que não esteja com essa marra toda amanhã quando eu vim buscar minha recompensa. — gritou e eu ouvi o motor barulhento da moto sendo ligada. — Vai esperar sentado porque não vou sair com você nunca mais. — gritei de volta não me importando em acordar toda vizinhança — Sabe que vai rosada. — Cretino abusado, exibido, babaca. Como ele ousa zombar do meu beijo? Vou faze-lo engolir todas aquelas palavras junto com aquele sorrisinho arrogante irritante. Atravessei os portões soltando grunhidos de raiva e levei um susto encontrando um Kakashi parado feito estátua, me olhando com seriedade e preocupação. — Espero que saiba as ações dos seus atos Senhorita. — anunciou seriamente. — É errado sair para se divertir agora? — retruquei emburrada. — Você nunca agiu dessa forma tão rebelde. — me olhou curioso, desviando o olhar para o portão onde ainda podia ouvir o barulho da moto daquele cretino se afastando. — Eu não suporto esse lugar Kakashi, iria enlouquecer se ficasse aqui. — Ela está esperando por você e não está feliz. Eu não me importava mais com o que Mebuki pensava, havia cansado de tentar ser a filha perfeita e não receber nada em troca no final. — Eu disse a ela que você foi para a casa de uma de suas amigas. — Por que mentiu? — o olhei surpresa agora, não era o trabalho dele mentir e se Mebuki soubesse Kakashi estava ferrado. — Conhece a sua mãe, a Senhora Haruno não iria gostar de saber que a filha fugiu em cima de uma moto com um garoto inconsequente. Ela iria pirar com a ideia mas eu não me importava nenhum pouco. — Não ligo mais para o que ela pensa. — Estarei aqui se precisar de algo. — Obrigada por sempre cuidar de mim. — lhe dei um sorriso grata vendo o homem assentir com a cabeça. Eu não estava preocupada com Mebuki, minha noite havia sido divertida demais para aquela mulher conseguir estraga-la. Na verdade não acho que ela esteja me esperando acordada a quase uma e meia da manhã e tenho certeza que não a verei no dia seguinte. Mas descobri que minhas conclusões estavam erradas no momento que entrei na sala de estar e as luzes se acenderam. Mebuki se encontrava sentada em um dos sofás, vestindo um roupão de banho e segurando uma taça de vinho. Seus olhos verdes miraram em mim, sérios demais como nunca havia visto antes. A encarei de cabeça erguida sustentando seu olhar rígido, não me intimidando. — Quem você pensa que é Sakura Haruno? — perguntou lentamente bebericando um gole do seu vinho. — Eu sou uma pessoa que merece respeito. — Respeito? Você não passa de uma moleca insolente, m*l criada que teve tudo do bom e do melhor a vida inteira e hoje quer cuspir no prato que comeu. — me olhou irritada. Respirei fundo não deixando que suas p************s me afetasse. — Se eu sou m*l criada mamãe, culpe a si mesmo. — retruquei sem remorso algum. — Realmente a culpa é minha, não lhe dei limites e agora quer passar por cima de mim. Mas está enganada se acha que irá conseguir alguma coisa agindo dessa maneira. — Eu só quero que você pare de me tratar como um objeto. É tão difícil assim me dar um pouco de amor? — retruquei a olhando desesperada para encontrar algo bom dentro daquela casca vazia. Mebuki riu alto fazendo-me sentir uma i****a. Seu olhar irônico e debochado me decepcionavam. — Amor? Pare de ler contos de fadas está ficando burra. Está na hora de começar a agir como uma mulher de verdade Sakura, ninguém se interessa por uma menina imatura. — Eu estou cansada, não preciso ouvir mais nada de você, não me importa o que pensa.— decretei lhe dando as costas, subindo as escadas feliz por ter vencido mais uma batalha Mebuki não me humilharia nunca mais. (...) S A S U K E Encarei o teto do meu quarto passeando o polegar pelo medalhão em minhas mãos. Ele me trazia sorte e me acalmava, assim como a dona irritante dele. Sakura estava linda e quebrada essa noite, seus olhos não eram os mesmos de antes, só haviam tristeza e decepção. Eu queria vê-la sorrindo de novo até mesmo irritada comigo e desejava profundamente que todos que fizeram m*l a ela pagassem caro por isso. A rosada me ajudou quando precisei e eu não sou nenhum babaca para não reconhecer isso, mesmo sendo uma patricinha irritante essa garota merece o mundo, ela era boa demais para essas pessoas que a cercava, boa demais para alguém como eu. Então por que eu não parava de pensar no toquei de sua boca na minha? Foi tão rápido que eu não consegui entender, mas senti frustração logo em seguida por Sakura ter acovardado e não ter me deixado explorar cada canto canto da sua boca. No fundo ela sabia que eu não era suficiente e isso era frustrante e ridículo. Suspirei ouvindo Itachi bater na minha porta e guardei o colar murmurando para ele entrar, nem um pouco interessado em olhar para sua cara. — Está acordado? — ele abriu a porta fazendo um fleche da luz do corredor entrar no quarto escuro. — O que quer? — São quase duas horas da manhã e eu ouvi você chegando agora. Se eu souber que estava em alguma corrida clandestina, vai ficar sem a moto no próximo fim de semana. — avisou duro com a voz sonolenta. — Você não é meu pai Itachi, vá f***r sua namorada e me deixe em paz. — retruquei sem interesse cobrindo o rosto com o braço. Itachi ficou calado por alguns minutos apenas me encarando. — Você está bem? — sua pergunta aleatória me fez rir. — Estou ótimo. — Me parece meio aéreo. Sério que ele queria ter aquela conversa a quase duas horas da madrugada? — Eu quero dormir, pode sair ou tá difícil? — Tudo bem, boa noite. — Itachi saiu do quarto fechando a porta. Voltei a encarar o colar pensando seriamente em contar a verdade para a patricinha. Sakura já estava desconfiada mas não tinha certeza. Não era nada demais para ela, mas eu não queria ter que devolver meu amuleto da sorte, porque não saberia qual seria sua reação. Mas era idiotice minha pensar isso, essa garota era rica e deveria ter um quarto específico só para suas joias, ela não sentiria falta de um mísero colar. Me levantei da cama desistindo de dormir com toda aquela bagunça enchendo minha mente. Abri as janelas do quarto observando a noite escura, procurando uma carteira de cigarros nas gavetas da cabeceira da cama. Itachi odiava cigarros e tinha se livrado da maioria que estava escondido no meu quarto, eu mentia para a psicóloga dizendo que havia parado de fumar, mas sempre escondia alguns por aí para usa-los em noite de ansiedades. Não era um vício, era uma distração. Eu precisava tirar aquela garota da minha cabeça. (...) No domingo a noite recebi uma ligação de Naruto me chamando para uma boate. Estava com os planos de negar pois não curtia festas barulhentas, mas então ouvi a voz de Sakura do outro lado da linha e quando eu percebi estava indo até a tal boate no centro da cidade. Dizia a mim mesmo que estava indo atrás da recompensa da minha aposta, querendo acreditar que não estava ansioso querendo encontrar aquela patricinha irritante. Sakura deveria estar fugindo de casa mais uma vez, para longe da sua mãe estranhamente cretina. Eu não a julgo por querer ser livre, viver uma vida preso a regras não era a minha idealização de futuro, e até mesmo uma garota certinha pode se cansar disso um dia. A boate estava cheia, e eu me cansei apenas em tentar passar no meio da multidão a procura de Naruto. — Sasuke você veio. — Tenten me encontrou quando eu estava prestes a desistir daquele lugar. A garota sorriu para mim segurando uma taça com uma bebida rosa brilhante. Ela era diferente das garotas da alta sociedade, por isso me chamou atenção, não era uma patricinha mimada e não julgava as pessoas pela sua aparência. Eu não estava interessado nela, apenas era uma garota legal para se ter por perto. — Naruto está ansioso te esperando, vem vou leva-lo até os outros. — ela segurou minha mão guiando-me eufórica no meio da multidão. A acompanhei vendo os cabelos loiros do i****a do Naruto ao longe, junto com seus amiguinhos. — Pode fazer um favor para mim? — Tenten parou de repente quando estávamos perto do grupo. — Hum? — Apenas sorri e finja que está comigo. — a garota jogou o corpo contra o meu, abraçando meu pescoço e eu vi os olhares irritados de Neji Hyuuga em nossa direção. Segurei seus braços quando ela se impulsionou para me beijar a parando no meio do caminho. A garota me olhou surpresa e confusa pelo ato impulsivo. — Não faça isso. Não é dessa forma que irá conseguir chamar a atenção de um cara. — me afastei dela nem um pouco feliz por fazer parte de um joguinho barato. — Eu não quero sua atenção em mim, só quero provar a ele que posso encontrar alguém melhor. — ela resmungou olhando de relance para o cara que ainda nos observava desconfiado. — E esse alguém não sou eu, não precisa provar nada a ninguém. Se ele gosta de você vai voltar atrás em seja lá o que for que tenha feito. — passei por ela ignorando sua expressão chateada. — Sasuke pensei que não viria. Naruto me deu tapinhas no ombro quando me aproximei dele. Seu grupo de amigos me olhou de relance e eu ignorei todos eles quando notei um ponto rosa no meio da multidão. A rosada estava dançando com uma de suas amigas. Conseguia ver seu sorriso daqui e ela parecia realmente estar se divertindo. Não pude evitar descer o olhar para seu corpo, ela estava enfeitada com uma saia curta e uma blusa transparente, mostrando sinuosamente suas curvas. Todos os caras que estavam em volta olhavam para Sakura, porque ela era a atração mais bela daquele lugar. Eu não deveria estar olhando para ela mas não conseguia parar, ainda mais quando um babaca ousou se aproximar. — Sasuke você está ouvindo o que eu estou falando? — Naruto tagarelou, mas quando percebi estava caminhando em direção a pista de dança. Sakura negava alguma coisa para o cara e ele insistia em querer toca-la. — Ela já disse que não quer dançar com você. — ouvi a amiga loira gritar com o babaca. — É só uma dança. — o cara segurou o braço de Sakura que fez uma careta irritada. — Dá o fora daqui. — o empurrei para longe dela, vendo o o****o tropeçar para trás se esbarrando em algumas pessoas. — Sasuke? — senti os olhos surpresos de Sakura em mim, mas estava ocupado detonando aquele babaca com os olhos. — Qual o seu problema i****a? — o cara gritou atraindo a atenção das pessoas a nossa volta. — Tente se aproximar dela outra vez e vai ver o problema. — Está me ameaçando seu o****o? — o filho da p**a teve a ousadia de ficar bravo, como se achasse certo atacar garotas por aí. — Estou afirmando que se você ousar respirar o mesmo ar que ela, eu vou quebrar a p***a da sua cara. — Sasuke deixar isso quieto, não vale a pena. — Naruto apareceu com suas frases de alto ajuda mas eu estava irritado demais para ouvir. — Você não quer se prejudicar por causa disso. Sakura esse cara machucou você? — Está tudo bem, ele não chegou a fazer nada comigo. — Sakura olhou de relance para o cara que ria falando alguma merda. — Ele estava a importunando. — a amiga dela retrucou raivosa. — Tá se achando demais só porque é gostosinha garota. Eu não tinha paciência para idiotas e dar lição de moral com palavras mágicas era especialidade de Naruto, não minha. Então não me importei em puxar aquele filho da p**a pela camisa e socar sua cara. Ouvi os gritos das pessoas a nossa volta e o cara caiu no chão com o nariz torto sangrando. — p***a Sasuke. — Naruto resmungou olhando o estrago que eu tinha feito, assim como as pessoas ao nosso redor. — Sem bagunça aqui rapaz. — dois seguranças se aproximaram quando as pessoas abriram espaço. Alguém já tinha ido dedurar e eu nem havia começado a dar uma lição de moral no filho da p**a. — Ei a culpa não foi dele. — Sakura entrou na minha frente impedindo que o caras chegasse até mim. Arqueei uma sobrancelha abaixando o olhar para ver uma nanica tentando me defender, chegava a ser engraçado. — Então a Senhorita também estava envolvida, será retirada junto com ele. Os dois pra fora agora. Se esses babacas fossem inteligentes perceberiam quem realmente precisava ser expulso daqui. — Tire as mãos de mim, eu sei o caminho. Não volto mais nessa boate. — Sakura bufou caminhando em direção as portas dos fundos e eu a acompanhei, com um dos homens atrás de nós. Ouvi a amiga dela berrar com o outro segurança falando que o verdadeiro culpado era o babaca que estava sangrando no chão, mas ninguém pareceu se importar. Eu não queria ficar naquele lugar mesmo e agradeceria por sair dali. — Não voltem mais. — o homem bateu a porta na nossa cara nos deixando em uma rua estreita e escura. O mandaria ir se f***r, mas não estava afim de começar outra briga na frente da garota aqui. — Nunca fui tão humilhada na minha vida. — Sakura balançou a cabeça me olhando revoltada. — Por que você bateu naquele cara? — Ele ofendeu você, além de estar quase te assediando. Quer mais motivos que isso? — Isso eu sei, quero saber porque me defendeu daquela forma. — seus olhos verdes curiosos brilhavam procurando ver algo em mim. — Você nem gosta de mim. — Faria isso com qualquer uma. — dei de ombros não querendo prolongar aquele assunto. Sakura me analisou por alguns segundos antes de abrir um sorriso provocador. Porque era isso que ela era, uma pequena provocadora irritante e linda, que me tirava do meu normal. — Bom você estragou minha noite, então vai ter que fazer algo para recompensar.
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