Era o meu primeiro dia de aula, assim que levanto, percebi que Enzo estava no banheiro. Aproveito para separar as minhas roupas.
Mesmo distraída, consigo ver de r**o de olho Enzo passar com a toalha enrolada na cintura. Foi automático, meu olho mirou no volume que tinha no meio de suas pernas. Quando vi que ele percebeu, voltei os olhos pra o seu rosto, o qual ria e balançava a cabeça .
— Pode olhar amiguinha, aproveita que olhar não arranca pedaço — debocha.
— Você passa aqui com essa toalha branca em volta da cintura e espera o que ? Fiquei surpresa ué. — tento fingir naturalidade. Seu pênis é enorme e grosso, talvez seja por isso que ele é um sucesso entre as garotas.
Ele se aproxima e chego para trás.
— Sabe o que vai ser bom aqui ? — pergunta, falando no meu ouvido.
Me arrepiei.
— O que ?
— Quando tivermos com abstinência de s**o, podemos aliviar um ao outro. Na amizade e se você quiser, claro.
Enzo me olha de uma forma diferente, como se realmente estivesse falando sério. É como se ele me quisesse.
Não n**o, ele é um gato, lindo e irresistível para qualquer uma, mas, não estava a fim de ser mais uma na sua lista.
— Não quero ser mais troféu seu.
— Desse jeito você me deixa chateado Olívia. Sabe que eu adoro você, jamais seria um troféu pra mim.
— Fala isso até conseguir o que quer. Sempre é assim — pego a minha toalha e sigo em direção ao banheiro.
Enzo continua com seus pensamentos impróprios. Começo a achar que ele já queria ter algo há um tempo, e só agora teve a oportunidade de falar.
Sim, é um s****o, isso é bom, mulheres não gostam e homens lerdos, porém, a safadeza dele, envolve se relacionar com várias.
Diferente de mim, ele nunca teria abstinência de s**o.
(...)
Durante a aula, a imagem do meu melhor amigo de toalha não saía da minha mente, apesar de eu me esforçar para isso. A sua proposta também, convenhamos que parece que estamos caminhando para Melanie e Gustavo, versão 2.0.
Não, Olívia você deve estar surtando. Jamais pode se apaixonar por alguém que não ama, apenas ilude.
Sim, já aconteceu com meus pais. Deu certo no final? Deu. Mas, eu sempre sou a azarada do rolê, com certeza, o final disso, seria eu apaixonada e sofrendo por um garoto que não quer nada. Ou, comigo grávida e ele solto por aí.
Okay, devo estar fantasiando demais.
— Você é a colega de quarto do Enzo? — uma garota de cabelos escuros pergunta.
— Sou, por que?
Ela sorri fraco.
— É porque ele combinou comigo de esperar ele no quarto, do lado de fora. Pediu que eu fosse com você, pois você sabe o caminho.
Isso é sério? Ele só pode estar de brincadeira.
— Sinto muito, mas esquece. Meu quarto não vai ser motel.
— Ele é meu primo — ela diz e eu quero me enfiar em um buraco.
Fui grossa a toa.
— Me desculpa, achei que você... — tento terminar a fala, mas ela me interrompe:
— Fosse mais uma — conclui — não, apesar dele já ter tentado algo, quando o cortei, parou no mesmo instante. Sim ele é galinha, o famoso badboy que faz as garotas se apaixonarem.
— Enfim, alguém que pensa como eu.
— Sou Natália. — ela ajeita os óculos e dá um sorriso amigável.
O sinal toca e a aula termina. Todos saem,aos poucos.
— Olívia Carter, prazer.
— Nossa você é filha de Melanie e Gustavo? — pergunta, enquanto saímos da sala, seguindo pelo corredor.
— Sim, como sabe ?
— Enzo meu contou. A história deles é bem quente né.
— E ele foi detalhista, como sempre — sorrio, enquanto coloco os livros dentro da bolsa.
— Um pouco. Você vai hoje a noite na festa de recepção dos calouros?
Quando passamos por um corredor de garotos, me sinto como se estivesse nua. É constrangedor, eles não só olham, como também assoviam e falam gracinhas.
— Vão se f***r — falo e nada adianta, fizeram outra piada.
" Vamos f***r juntos. Adoramos uma suruba "
— Odeio isso. Parece que nunca viram mulher antes — Natália diz.
— Infelizmente isso é muito comum.
Coloco minha digital na porta.
Ao abrir, Enzo está sem camisa, com o corpo molhado. Provavelmente acabou de tomar banho, o cheiro do seu perfume se espalha pelo quarto.
Respiro fundo e deixo minha bolsa na parede.
— Oi primo — Natália diz e Enzo a responde. Ele entrega algo para ela, e se despede — bom, só queria fazer amizade com Olívia, detesto ficar sozinha. No meu quarto tem um mala.
— Fique a vontade para vir quando quiser — respondo — aqui também tem outro mala. Uma outra companhia seria bom. — falo.
— Um mala que você adora né gatinha.
— Eita, vou nessa — Natália diz — te espero na festa hoje Olívia.
— Eu vou sim. Passe aqui antes, tudo bem ?
Ela concorda e sai.
— Pensou na minha proposta? — Enzo pergunta e se senta ao meu lado na cama. De repente, ficou quente aqui.
— Que proposta? — finjo naturalidade.
— Acho que precisa de uma amostra — diz, e logo me deita na cama, deixando seu rosto bem próximo do meu. Seus olhos azuis, me olham com desejo, molho a minha boca e tento disfarçar que não estou mexida, com o seu corpo por cima do meu.
Sinto minha i********e pulsar.
Enzo contorna a minha boca e a alisa com seu polegar.
Seu rosto chega bem próximo ao meu. Por um momento, quase me deixo levar.
— Enzo... Sai. — resmungo. — não tem dois dias que chegamos aqui e você já está mudando comigo.
— Está certa, mas não pode negar, que gostou do que aconteceu agora.
— Sim, gostei. Não sou de ferro, mas somos amigos, apenas amigos.
— Amigos de muito tempo, e há muito tempo você me atrai.
Sua fala me atinge em cheio. Ele estava falando sério ? Eu?
— Você é linda Olívia. Qualquer cara iria querer ficar com você, sabe quantas piadas já ouvi dos meus amigos?
— Não e nem quero saber.
— Pois é. Mas fique tranquila, não vou te forçar a nada.
— Eu sei que não. — respondo.
O problema é resistir. Talvez eu não precisasse, sim, sou de maior, posso ficar com que eu quiser, mas Enzo é o famoso garoto problema. E por eu me machucar no passado, sei que se me envolver com ele, não será bom.