2ª part

1496 Words
47... "– A missão será algo simples, mas não podemos garantir que não haverá interferências de alguma outra parte. Se aceitar, terá de alcançar o êxito por conta própria, não poderemos nos envolver em momento algum. – Estou sempre ciente de cada ponto, e ainda sim, nunca me neguei a missão alguma. Então por favor, prossiga com os detalhes e me diga quem será o alvo." Com tudo o que seria importante já em mente, o que me restava era a preparação das armas e toda uma concentração para estar preparada para qualquer imprevisto que se oponha a minha frente. Pois fazer planejamentos nunca foi algo que estivesse em minha lista de afazeres. Após tanto treinamento, e ter atingido o posto de melhor dos melhores até o momento, escolho agir com naturalidade, alcançar o ponto positivo da missão apenas por ações que se matem dentro da minha normalidade. Parecendo uma pessoa de negócios devido ao trage formal, possuía a certeza de que estaria me integrando a todos naquela parte de Berlim, onde a primeira tarefa a ser cumprida, era a missão de reconhecimento. Primeiro, teria de estudar cada ponto estratégico daquele lugar, para depois poder identificar a chave para todo aquele problema. Me manter em completo silêncio, era o que me deixava completamente ligada a tudo o que se passava ao meu redor, assim não perderia a concentração por tão pouca coisa. Assuntos triviais eram desnecessários para o trabalho, e o desnecessário não preenche espaço no meu livro de registros. – Obrigada Mayla — ouvindo tal agradecimento, não pude deixar de me virar para observar cada passo daquele curto, porém significativo diálogo. O sorriso no rosto daquela jovem era intenso, realmente se encontrava agradecida. Apesar de raramente emitir sinais faciais que demonstrassem algum sentimento, sabia como analisar e descrever cada um deles. Desde a mais completa felicidade, até a pior das tristezas. Não possuía conhecimento sobre nenhum deles, ao menos não superficialmente. Afinal, não me lembrava de alguma vez tê-los sentido em minha própria pele. Não me lembrava nem mesmo dos meus pais, o que dirá me lembrar de sentimentos tão frágeis e de difícil compreensão como estes. Fazendo toda uma análise ao redor, saí caminhando a passos lentos sem perder a visão daquilo que me trouxe até aqui. Poderia ter pensado em me apoderar de algum tipo de veículo, mas não era esse o meu estilo, não era assim que minha locomoção em um trabalho tão importante como esse funcionava. Para conseguir me manter a uma distância que não levantasse suspeita alguma, e ainda sim me deixasse em situação para agir a qualquer momento, optava sempre por continuar todo um trajeto a pé. Essa se classificava como a maneira mais eficaz de chegar ao ponto esperado. Então permaneci ali, observando cada passo executado e tentando entender onde aquela situação poderia me levar. Quando recebi o alerta de que poderia ter problemas com o interesse de outra parte, em nenhum momento pensei que esse outro lado pudesse ser tão importante assim. Há muito tempo não batia de frente com rivais que pudessem realmente ter a mínima possibilidade de me vencer. Enfim um desafio de verdade se mostrava crescer em minha frente. Porém, ainda se encontravam muito longe de me fazer fracassar na missão recebida. Até o momento, em nenhuma das vezes já ocorrentes, o primeiro passo partiu de mim. Não tinha essa oportunidade, toda vez que era avistada próxima ao desfecho final, a p******o do outro lado não pensava duas vezes antes de agir, simplesmente paravam em minha frente para um combate corpo a corpo, dando assim, uma oportunidade para que os demais integrantes do grupo em ação pudessem seguir com a tentativa de manter a segurança do alvo. Nunca conseguiam, fosse eu, algum dos agentes anteriores a mim, ou até mesmo os posteriores. Não importava a diferença de eficiência, éramos todos muito bons. Independente de quem fosse o escolhido para a missão, o sucesso era garantido. Justamente por terem essa certeza, é que os alvos em questão estavam sempre buscando formas para se manter o mais intocável possível. Avistando a aproximação de alguém conhecido por mim, percebi que deveria agir o quanto antes, ou sofreria um atraso indesejado nos acontecimentos já programados até aqui. Não possuía nenhum interesse sobre o que poderia estar sendo comentado entre quem deveria alcançar, e a pessoa por trás de roupas nada haver com as que estão acostumados a vestir para o trabalho. Mas conhecia as consequências que estavam a nossa espera se por algum motivo, chegasse a falhar. Então apenas respirei fundo, e agi da forma que fui treinada para agir desde que era apenas uma criança. Sabia como antecipar cada ataque e devolvê-lo de forma igual e com uma força proporcional um pouco maior a recebida, efetuando disparos fatais no fim de cada desarme. A dissipação das pessoas ao nosso redor era muito irritante, embaçando de modo crítico a minha visão. Mas não foi o suficiente para me deixar perdida naquilo que estava fazendo, consegui ver para onde ambas estavam caminhando, onde acharam estar escondidas. No entanto, não era essa a realidade que as cercavam. Portando uma 9mm adaptada com silenciador, efetuei precisos disparos contra os pneus de um carro aleatório, o que resultou na perda de controle por parte do motorista o fazendo colidir com grande força contra o veículo que lhes servia de p******o. Neste trabalho, paciência seria sempre uma virtude, e confiança em si próprio não poderia ser visto de uma forma muito diferente. Vê-las correndo na direção do beco mais próximo não me afetou, apenas observei cada uma de suas ações enquanto caminhava pela mesma direção, negando com um leve aceno ao ter o carro onde adentraram tomando distância rapidamente. Para alguns, essa desvantagem teria sido vista como a perda de uma chance em potencial, mas não era exatamente assim. Sabendo o que buscar, elevei o braço no ângulo correto e puxei o gatilho uma única vez, para enfim apressar os meus passos pela primeira vez no dia. A trajetória do projétil era certeira, havia executado com excelência o motorista da falha tentativa de fuga. m*l tive a oportunidade de alcançar o veículo danificado pela leve batida, e mais uma vez tive de fazer uso do que foi aprendido nas aulas de artes marciais. Não possuindo vontade ou tempo para aproveitar aquela disputa, fui rápida ao desarmar seus joelhos na oportunidade que surgiu, quebrando seu pescoço logo em seguida. E para o bem ou para o m*l, sob o assutado olhar de quem deveria estar sob meus cuidados agora mesmo. O modo como se distanciaram rapidamente, deixou claro que me temiam mais do que o esperado, e não estavam com pensamentos errados quanto a isto. Eu era mesmo alguém que devessem temer. A reputação por trás dos meus feitos provavam isso. Sem exceder aquilo que me definia, os segui a passos calmos mantendo um contato visual a distância, buscando uma nova jogada para o que queriam fazer. Ao alcançar os portões da embaixada, pararam de se mover para um breve estudo sobre a decisão a ser tomada, e assim como as mesmas, eu também tomei a parada como uma opção viável, me mantendo firme do outro lado rua sustentando o olhar recebido sem esboçar qualquer expressão, mas sabendo que enfim teria que criar alguma estratégia de ação ao vê-las sendo detidas por disparos aleatórios frente a uma dezena de militares do exército nacional. Dando as costas para tudo o que ainda acontecia, e tendo a certeza de que o alívio se fazia presente entre ambas, voltei para o ponto de partida já tendo em mente o que deveria ser feito para remediar tal situação. Dessa forma, me coloquei dentro do carro que me trouxe até aqui traçando novamente o caminho até a embaixada, onde executei uma arriscada manobra para chamar a atenção dos militares que se encontravam de prontidão. Havia conseguido o que pretendia, então desci do veículo com um fuzil semi automático de longo alcance em mãos, recebendo no mesmo instante como uma calorosa recepção, mais de uma dezena de 380 apontadas em minha direção. Ter sofrido uma perda repentina de juízo, poderia sim ser algo relacionado ao que havia terminado de fazer, mas não era essa a realidade do momento. Podiam contar nos dedos de uma única mão as vezes em que decidi traçar algum plano para chegar ao objetivo final de alguma tarefa passada a mim, mas também era possível totalizar a mesma quantidade de sucesso para cada um deles. Então a resposta era não, a minha mente s mantinha sã, eu estava bem, meu juízo continuava perfeito como sempre, e o resultado positivo se encontrava cada vez mais perto. Independentemente de qual fosse a ideia por trás da forçada prisão dentro deste prédio, não serviria de grande ajuda. E se realmente conhecessem a minha fama, teriam que buscar uma nova estratégia o quanto antes. – Solta a arma e coloque as mãos atrás da cabeça se virando de costas!
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