Rick
Mandei providenciarem a coisas que a Doutora pediu e resolvi comprar alguma coisa pra dar pra ela comer. Mulher é um bicho que quando está de barriga cheia fica feliz. A minha namorada é assim e espero que a loira também seja.
Falando na minha namorada, eu comprei um lanche pra ela também e levei pra sua casa.
Só que ela não tava interessada em comer.
Sandrielly caprichou na voz de dengo pra me convencer a ficar lá. — Mozão!!! Fica!!! Não vá embora, por favor. Eu posso fazer uma dancinha sensual pra você... — me deu um selinho e encostou a boca no meu ouvido. — Posso dar uma mamada...
Eita garota que gosta de provocar. Eu tive que me segurar pro meu p*u não acordar.
— Tentadora a sua proposta, Sandrinha, mas tenho que levar esse lanche. — levantei a sacola com os lanches pra ela ver.
— Pra quem? Você tem outra?! — me encarou enciumada.
— Sandrinha... Você sabe que eu posso ficar com várias, mas você vai ser sempre a minha fiel. — segurei seu rosto e a beijei.
— Gringo! — Pistola me gritou na frente da casa. Eu tinha deixado ele de guarda na porta do meu barraco pra doutora não fugir.
Mas que p***a, ninguém faz nada direito nesse morro!
Parei de beijar a Sandrielly pra saber o que ele queria. — Qual foi, Pistola? Eu te falei pra ficar de vigia, p***a!
— Foi a doutora. Ela mandou falar pro rei do morro que se não chegar logo ela vai morrer de fome. — contou atrapalhado. Filha da mãe. Essa doutora fala assim porque ela adorou me fazer raiva. — Tu que é o rei do morro? Porque ela te chama assim?
— Quem é essa doutora? — Sandrielly perguntou antes que eu desse uma gargalhada.
— É a médica da minha mãe. — soltei ela do meu abraço. — Tô indo, Pistola. Um minuto. — o liberei. Nesse minuto vou acalmar a fera que me olha com os olhos fervendo.
— Como é essa médica, Gringo? É nova? É bonita?! — cruzou os braços com um olhar estreito. — Espero que seja uma senhora de 65 anos.
Sempre ciumenta...
— Ela é... Uma médica. Uma médica normal. — dei de ombros, tentando ignorar o fato da chata da médica ser bonita e gostosa pra caramba.
— Isso não responde p***a de nada, Gringo! — ela continua brava.
— Só fica de boa, Sandrielly. Isso é coisa minha. — me afastei.
— Coisa sua, o c*****o! Eu quero saber quem é a vagabunda! Resolveu chamar uma das suas de doutora?! — veio atrás de mim e eu não pensei duas vezes quando a raiva me subiu e puxei meu revolver pra apontar na sua direção.
— Cala a boca, p***a!
Ela arregalou os olhos e ficou parada onde estava.
Eu sei que às vezes sou compulsivo, mas eu não sou uma pessoa r**m. Só que tem gente que realmente consegue me tirar do sério. Só queria dar um susto nela.
— Vai, atira caramba! — ela me desafiou.
Preferi não dar ouvidos, porquê eu sei o medo que ela tá sentindo nesse momento. Ela só quer pousar de ousada.
Abaixei a arma e dei as costas pra ela.
— Tá...
— Cala a boca, Sandrielly. Não me faça me arrepender. — segui meu caminho.
[...]
Chegando em casa, encontrei a doutora usando um vestido que deve ser da minha irmã, porque a roupa não é das mais curtas, nem apertadas, só mostra mais as pernas dela. E que pernas...
— Aqui seu lanche. — entreguei a sacola a ela.
Ela tá com uma cara de brava, mas pegou a sacola e sentou na cadeira da mesa.
Fechei a porta e sentei na outra cadeira.
— Hambúrguer? — ela abriu a sacola faminta.
— Sim. Por quê? Você só como comida chique? Shushi?
— Sushi. É assim que se fala. — ela me corrigiu. — Eu não como isso. Na verdade eu amo hambúrguer.
Isso é novo.
— Não dá câncer não? — brinquei.
— Tudo dá câncer hoje em dia. — ela deu de ombros e quase vi um sorriso no rosto dela.
Puxei a sacola e peguei um dos hambúrgueres. Dei uma mordidona enquanto a dona doutora come como se fosse num restaurante chique.
— Para de me encarar.
— Você come como gente chique. — comentei.
— Que bom, né? Pelo menos se um dia eu for rica, já sei como me comportar. — deu de ombros.
— Você é médica. Não é rica? — estranhei.
— Não. Não mesmo. Meu pai é rico. Eu não. — contou aborrecida.
— E não é a mesma coisa? — fiquei confuso.
— Não. Eu sou filha bastarda. — abocanhou o hambúrguer sem chiqueza alguma.
Então é filha de outra. Que interessante.
Quem olha assim pensa que é uma princesinha de condomínio.
— Que merda. — comentei.
— Sim, é uma p***a de uma merda. Ele não gosta tanto de mim, porque a mulher dele não gosta de mim, nem os filhos deles.
— Você não pensa em fazer nada?
Normalmente as pessoas se vingam aqui no morro.
— Mandar eles se foderem? Eu já fiz. Me tornei médica. Tem tapa que doa mais do que esse? A filha da empregada se tornar médica?
É. Ela é espertar.
— Você não é tão boba. — admiti.
— Cada um usa a arma que tem.
[•••]
Depois do nosso "jantar", ajeitei a cama e deixei uns cobertores no sofá. Eu não costumo dormir aqui e só tem uma cama. Mas enquanto ela estiver, vou ficar. Ela é responsabilidade minha, eu cuido.
— Você vai me deixar dormir no sofá? — reclamou enquanto tapavam o nariz. Eu tomei banho e passei perfume pra sair. Mas acho que passei demais.
— Claro que não. Você dorme na cama. Eu durmo no sofá, chata. — me olhei no espelho antes de sair. p***a, tô bonitão.
— Ainda bem. Senão eu teria que te derrubar da cama.
— Vai ter que malhar muito pra isso. — ajeitei meu cabelo rindo. — Vou dar uma saída, mas nada de tentar fugir. Tem amigos meus por todo o morro. — falei sério.
— Até que eu tava gostando de você. Mas aí você me lembrou que eu estou sequestrada, e você é o mandante. Então no lugar de te desejar uma boa noite eu desejo que você tome no cu e se arrombe na sua saída.
— Que bonitinha com raiva. — pisquei o olho e guardei meu revolver no cós da bermuda antes de sair de casa.
Essa menina ficou contando aquelas histórias e esqueci que tenho que encontrar a Vivi hoje de noite.