cap.1.atitudes de um pai sem coração

1424 Words
Dalila ainda chora no quarto após voltar do enterro da sua mãe, m*l consegue ter forças para se levantar de cama, enquanto seu pai está no escritório trancado com alguém misterioso A garota de 15 anos não sabe qual vai ser seu futuro já que percebeu a mudança e a distância repentina do pai que outrora era tão carinhoso e dedicado. — O que você vai fazer com a garota? — perguntou uma mulher aparentemente grávida de sete meses — Não sei ainda — Respondeu enquanto se mantém pensativo debruçado sobre a mesa apoiando o rosto com uma das mãos. — A jogue na rua, é uma garota jovem logo encontrará algum benfeitor — continuou a sugerir ansiosa como se a presença da criança fosse um incômodo. — Apesar das circunstâncias, eu a criei desde que nasceu, tem uma excelente educação — Então existe algo que você pode fazer — O que você sugere? — A mande para um colégio de Freiras — a mulher continuava incansavelmente com sugestões, ansiosa para se livrar da jovem garota. — Ela não vai nos atrapalhar, quando ela fizer 18 anos será bem mais fácil, podemos vendê-la para Deméter a um preço alto — Eu vou ter que esperar tanto tempo para morar com você? — Bradou aborrecida, a mulher morena de pele clara que aparenta está nos seus 30 anos, usa batom vermelho extravagante em seu rosto magro e fino, vestido longo, mantinha a cara de poucos amigos enquanto Aurélio tenta a acalmar. — Não fique nervosa, ok? Nossos bebês podem vir antes do tempo — A alertou com a voz terna lhe fazendo carinho em sua bochecha — Quero essa menina longe daqui, amor — fez birra batendo os pés no chão. — fique calma, não vai ser tanto tempo, eu vou entregá-la — Mas quero que ela sofra — fez igual uma menina mimada. — Sim, sim, agora vamos, eu vou te levar para casa, preciso ir até à casa do comprador. Auro seguiu até o quarto de Dalila e observou furtivamente, a garota de pele pálida e delicada, corpo comprido e magro estava anilhado na cama abraçada ao urso de pelúcia de infância que sua mãe lhe dera, havia adormecido profundamente, era evidente que havia chorado bastante até cair no sono, seu nariz estava vermelho e seu rosto úmido. — Está dormindo? — perguntou a mulher lhe dando um susto. — Sim! — Confirmou fechando a porta lentamente em seguida segurando na mão da mulher seguindo para a escada. — Não vejo a hora de termos nossos primeiros filhos, já está tão perto — Sim, eu também estou muito ansioso para conhecer meus pequenos gêmeos — Confessou deslizando a mão ternamente por sua barriga. E assim desceram a escada passando pela sala seguiram para a frente da casa onde um carro já os esperava, após deixar a mulher em casa Finalmente partiu para mansão de Deméter, um homem bastante conhecido na cidade famoso pelo seu poder econômico na cidade, além de negócios bilionários e suspeitos, também mantém muitas instituições de caridades se tornando uma imagem influente m*l sabem quem é realmente esse homem por debaixo da capa. — Senhor Aurélio, o senhor Deméter lhe espera no escritório — Um dos empregados o atendeu no portão em seguida o conduzindo para dentro da grande mansão, seguiram pelo mesmo andar seguindo por um corredor iluminado por candelabros, a largura do corredor é extensa, poderia passar um carro ali, m*l sabia que por esse mesmo corredor havia uma entrada secreta que leva até uma prisão subterrânea que o c***l Deméter tortura criminosos. — Pode entrar! — avisou, então o empregado estremeceu ao ouvir a voz do seu senhor dando passagem a Aurélio que mantinha uma postura imponente. — Boa tarde, Deméter — cumprimentou o homem sério sentado sobre a poltrona atrás da mesa o observando em uma linha dura demonstrando mau humor, Demeter foi o homem que comprou a menina, um homem envolvido com a máfia sendo mais exato o capo envolvido também no meio político. — Então Aurélio, sente-se, vamos falar de negócios hoje — Começou a articular levantando uma caneta usando para massagear o queixo enquanto observa Aurélio com desconfiança. — Sim, — concordou Aurélio quase estremecendo com o olhar intimidador de Deméter. — Soube que hoje foi o enterro de Dália, como está a criança? — Como esperado, sofrendo a perda da mãe, a deixei dormindo em casa a coitada está desolada, não foi fácil a sua perda — Comentou Aurélio com falsa preocupação. — Nunca é, posso imaginar como se sente, Estou feliz que você concordou em me vender a criança, mas não estou feliz por saber que você quer a manter com você até seus 18 anos — Senhor... Entenda bem, é minha filha, eu sou o responsável, se eu simplesmente entregar uma criança a você, não julga que vão desconfiar de mim? Podem até pensar que posso ter arquitetado a morte da minha amada esposa só para vender a criança — Não me interessa o que pensariam de você, mas se quer esperar, eu aceito o trato, portanto que cuide dela e mantenha íntegra. — O que pensa em fazer quando pegar a garota para você — perguntou Aurélio curioso. — Cuidar dela, não tenho interesses de homem naquela coisinha pálida, eu só quero cuidar dela e dar uma vida digna, queria cuidar ate a idade de se casar e uni-la ao meu único filho, ela é bonita e inteligente. — Quando ouviu isso Aurélio engoliu em seco perdendo a completa vontade de entregar-lhe a garota já que desejava apenas seu m*l. — Bom... Você parece ser bastante generoso. — Sim, — concordou Deméter apertando um botão de uma espécie de controle, em sua mesa e no mesmo instante entrou um mordomo trazendo uma bandeja em mãos com algumas folhas de papéis. — Aqui está os documentos de transferência, eu serei o seu tutor responsável, como você exigiu somente quando ela tiver 18 anos — Isso — Confirmou animado lendo cada linha do contrato. — Mas... — fez como se tivesse encontrado algo errado. — o senhor não poderia aumentar esse valor? — perguntou inseguro — Aumentar? — fez Demeter incrédulo, ao mesmo tempo que sorriu já esperando essa reação. — Sim, o senhor quando me pediu a guarda disse que pagaria qualquer valor que fosse, mas aqui só tem 3 milhões — naquele momento uma risada grave ecoou pela sala até o mordomo deixou transparecer um discreto sorriso que logo desapareceu. — E quanto você quer? — perguntou despreocupado. — Escuta bem, aquela garota é bonita e bem cuidada, julguei que seria mais generoso, afinal mostrou tanto interesse por ela — Sim! Eu quero negociar aquela pequena a qualquer custo então me diga, quanto? — Perguntou o intimidando com seu olhar penetrante ao se inclinar sobre seus cotovelos na mesa. — Dez milhões... Senhor — Balbuciou Aurélio as palavras desviando o olhar — oh!... Que modesto, pensei que pediria uns 100 milhões, Manuel, redija o contrato, altere o valor para 10 milhões e entregue a esse homem — Disse Deméter sem delongas, naquele momento Aurélio se sentiu com vontade de voltar atrás e aumentar o valor, sabia que para Demeter dinheiro não era problema. mas aceitou mesmo que de ma vontade afinal foi ele quem deu o valor. — Obrigado, senhor! — fez animado com o coração saltitando ao mesmo tempo com uma leve frustração — Agora me diga, porque decidiu tão facilmente me entregar a garota? — Eu não tenho condições de cuidar dela, é uma menina mimada, mas é bem preservada, estudiosa — Não duvido, conheci sua mãe. — conheceu? — perguntou surpreso — Sim! Algumas vezes em reuniões importantes, Dália era de uma família bem importante é incrível como você conseguiu levar os negócios da família a falência e logo em seguida Dália adoeceu — comentou fazendo Aurélio pigarrear demonstrando incômodo ao falar desse assunto. — Eu estou sofrendo a sua perda, ela era a minha amada esposa — uhm! Que seja! Ainda hoje após a morte da sua mulher você está negociando sua filha, isso torna as coisas contraditórias — comentou indiferente. — Eu tenho meus motivos — sua expressão escureceu como se pensasse em algo sombrio. — Mas não quer me entregar agora? — Não! Preciso de um tempo com ela, sua mãe morreu recentemente, pode ser um golpe tão grande saber que teria que ir embora de casa, entregue a outra pessoa — tentou Aurélio convencer falsamente Deméter, já que suas intenções eram outras
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