Samanta I

1030 Words
Samanta ~ Sai da faculdade mais cedo hoje, havia combinado com a Paula que iriamos ao shopping, mas quando cheguei em casa entrei em choque, minha mãe estava sendo levada por uma ambulância, deixei o carro no meio da rua, e corri de encontro a ela. Sam: o que aconteceu com ela? Socorrista: com licença senhorita precisamos leva-lá para o hospital. - olhei nos braços dela e pescoço, haviam marcas roxas. Sam: o que aconteceu com ela? Cida: menina, achei a sua mãe enforcada no quarto, ela ainda respirava quando consegui tira-lá de lá, mas perdeu a consciência assim que desci ela. Sam: como assim Cida? onde meu pai está? Cida: seu pai estava tomando banho na hora, ele entrou pra pegar alguns documentos pra ir com a dona Pérola. Sam: não é possível que ela tenha tentado se matar Cida, minha mãe não tinha motivos pra isso. Cida: não havia mais ninguém na casa, essa é a única coisa que podemos pensar. - meu pai saiu da casa com uma bermuda jeans, e camisa branca, de chinelo, e com alguns documentos nas mãos. Ivan: filha, você já chegou? - ele parecia meio abatido. Sam: pai, o que tá acontecendo? Ivan: eu não sei Sam, tenho que ir, precisamos chegar no hospital logo. - ele me deixou ali, parada sozinha na calçada de casa, olhando ele entrar na ambulância com a minha mãe, a sirene foi ligada, e os dois sumiram pela rua. Sam: preciso ir com eles Cida. Cida: menina, você está muito nervosa, tenha cuidado no volante. Sam: vou ter Cida, pode deixar. - corri até meu carro, e fui rápido de encontro com a ambulância, a segui até chegar no hospital. Estava tremendo, não sabia o que fazer, não sabia o que estava acontecendo, minha mãe é uma pessoa feliz, nunca deu nenhum sinal de que estava triste, estacionei o carro, e desci do mesmo indo em direção a entrada d hospital, lá meu pai conversava com a recepcionista, quando parei ao lado dele, tive a impressão de que ele estava assustado, mas deve ser por tudo que estava passando. Ivan: filha, você veio. Sam: claro pai, quero saber o que aconteceu com a mamãe. Ivan: eu fui tomar banho, e sai com a Cida gritando, pedindo socorro, na hora que eu vi ela caída no chão, entrei em desespero, eu deveria ter percebido que tinha algo errado. Sam: ninguém percebeu pai, ela nunca mostrou snais de que faria algo assim. - nos sentamos nas poltronas, e o médico nos chamou. Médico: familiares de Pérola Aragão. - nos levantamos e fomos até ele. Sam: nós, somos nós, ela está bem? Ivan: como minha mulher está doutor. Médico: Bom, as notícias não são das melhores, a dona Pérola ficou muito tempo sem oxigênio, estamos fazendo mais alguns exames para descartar morte cerebral, até o momento não temos mais o que fazer, só esperar esses exames. Sam: como assim? ela vai morrer? - meu pai me abraçou, e eu comecei a chorar. Médico: sei que não é a melhor hora, mas... a dona Pérola é doadora de órgãos? Ivan: sim ela é doadora, mas vocês não vão desistir agora não é ? vocês tem que tentar de tudo para salvar a Pérola. Médico: ninguém aqui dsse em desistir, apenas estamos pensando em todas as hipóteses, precisamos esperar os exames, e ver como ela vai reagir, como eu disse, ela ficou bastante tempo sem oxigênio, pode ter deixado sequelas no cerebro. Sam: a minha mãe não faria isso, ela nunca se demonstrou estar triste com nada doutor, ela é uma das pessoas mais felizes que eu conheço. Médico: muitas vezes a depressão é imperceptível, muito menos pelos familiares. Sam: a minha mãe não tinha problemas psicológicos, alguém tentou matar ela, e vocês estão cegos. - comecei a gritar com o médico, e meu pai me tirou de perto dele. Ivan: filha, não tem como ninguém ter entrado na casa, estavamos só nós, sua mãe deve ter tido um motivo pra fazer isso. Sam: eu não aceito isso, ela não iria tentar se suicidar. Ivan: fica calma, ela vai ficar bem e nós vamos descobrir quem fez isso. - nos sentamos nas poltronas novamente, e ficamos esperando o médico voltar, me encostei no ombro do meu pai, e cochilei... ... Acordei alguns minutos depois ouvido ele conversar com alguém. Ivan: eu já te disse que agora não podemos resolver isso, estou no hospital com ela, eu sei, eu sei, mas vou cumprir com nosso combinado, não vou te deixar na mão, isso você pode ter certeza. - eu sem querer mexi o pescoço, e ele desligou o celular. Sam: com quem estava falando? Ivan: meu assistente, ele queria saber que horas eu iria para empresa. Sam: hum, entendi. - não sei o porque, mas meu pai está mentindo, alguma coisa me diz que ele está escondendo alguma coisa. Me levantei e fui direto buscar uma água, comecei a beber, quando o médico nos chamou de volta, dessa vez ele estava com uma prancheta nas mãos, cheguei até ele, e meu pai junto. Médico: então, vamos conversar lá no quarto com a Pérola, assim vocês podem ver ela. Sam: ela acordou? ela vai melhorar ? Médico: não, ela não acordou, vamos lá por favor. - ele começou a andar, e nós o seguimos por um longo corredor, até chegar em um quarto, ele abriu a porta e lá estava minha mãe, linda como sempre, seus cabelos loiros escovados, as unhas feitas, cheguei perto dela, e pude sentir o cheiro do seu perfume. Sam: doutor, me fala que ela vai acordar, me diz que isso não se passa de um pesadelo. Médico: Samanta, Ivan, eu sinto muito, mas as notícias não são as melhores, a Pérola ficou muito tempo sem receber oxigênio no cerebro, e teve morte cerebral, não há nada que possamos fazer, o exame constatou a morte há 20 minutos. Sam: NÃO! - comecei a chorar, e me joguei na cama onde minha mãe estava, ela parecia dormir, não conseguia acreditar que ela estava morta, eu não podia acreditar, como eu vou viver sem ela? o que eu faço agora ?
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