Samanta II

1041 Words
1 semana depois ~ Ainda não consegui acreditar no que estava acontecendo, minha mãe estava morta, eu perdi o maior amor da minha vida, do nada, sem ter nenuma chance de me despedir, de perguntar o porque de tudo isso. Levantei da cama, e fui me arrastando pra sala de jantar, a Cida tem sido uma ótima companhia, já que meu pai não aparece em casa há dois dias, eu precisava dele, agora mais do que nunca, e ele simplesmente sumiu. Me sentei a mesa com a Cida, e fiquei olhando o lugar onde a minha mãe sempre se sentava. Cida: menina, você precisa comer um pouco, está pálida. Sam: eu não estou com vontade Cida, eu só quero entender o que aconteceu com a minha mãe. Cida: o laudo do IML vai sair em dois dias, assim você vai poder descansar essa cabecinha, não aguento mais te ver assim. Sam: eu só preciso da verdade Cida. - nesse momento meu pai entra pela porta com um senhor, quase da mesma idade que ele, era puca coisa mais novo. Ivan: ah você está ai minha filha. Sam: onde o senhor estava esse tempo todo pai? eu precisava tanto de você, e você sumiu. Ivan: eu estava resolvendo algumas coisas, a empresa está precisando de dinheiro, se não vamos falir. Sam: você tá bêbado pai? - me levantei e fui até ele, que cheirava a álcool. Ivan: é claro que eu estou bêbado, sua mãe morreu e me deixou aqui pra lidar com tudo isso. Sam: nós vamos resolver esse problema pai, e todos os outros que vir. - ele deu uma risada um pouco sinistra que me assustou. Ivan: eu já resolvi Samanta, você vai se casar com o Rodolfo, e ele vai investir na empresa da família. Sam: como assim me casar pai ? você tá louco ? Ivan: sim Samanta, vai se casar, já está tudo planejado. Sam: não, você não vai me vender assim. Ivan: me desculpa filha, mas eu não tive outra saída, agora você precisa arrumar suas coisas e ir com o Rodolfo. Sam: eu não vou me casar, ainda mais com esse homem, eu nunca o vi na vida, como sabe que ele não é bandido? Rodolfo: desculpe senhorita Samanta, eu sou Coronel das forças armadas do exército brasileiro, não sou nenhum bandido. Sam: me desculpe o senhor, mais eu não vou me casar e pronto. - ele olhou pro meu pai já meio sem paciência. Ivan: pode levar ela Rodolfo, ela sempre foi teimosa, acha que tem escolha Samanta ? Você não tem, agora ou você pega as suas coisas e vai por vontade própria, ou você vai ir sem nada. Eu não podia acreditar no que meu pai estava fazendo comigo, eu a única filha que ele tem, está me vendendo a um velho, subi as escadas correndo e me tranquei no quarto, peguei uma mala que eu tenho e comecei a colocar minhas roupas, eu posso até ir com esse homem, mas eu fujo, e nunca mais ninguém vai me ver. Escondi meu cartão em um buraco no tecido da mala, quando meu pai veio até a porta, batendo feito um louco, coloquei uma calça jeans, com uma camiseta preta, e abri a porta. Sam: você não pode ao menos esperar ? Já não chega o que está fazer comigo seu lunático. - recebi um tapa tão forte no rosto, que bagunçaram meus cabelos. Ivan: tenha mais respeito garota, agora pega as suas coisas logo, o Rodolfo está esperando. - sai arrastando a mala, e junto com ela a minha alma, despedaçada, que saudades da minha mãe, ela jamais deixaria meu pai fazer isso comigo. Cheguei na sala arrastando aquela mala, e o velho olhou pra mim com um sorriso nojento, meu corpo inteiro se arrepiou, e a única coisa que eu queria era sair correndo dali, eu não precisava estar passando por isso. Rodolfo: vamos logo garota. Sam: pai você não precisa fazer isso comigo. Ivan: Samanta, eu não sou seu pai, deixa de ser b***a, você achou mesmo que se fosse a minha filha eu faria isso com você? Sam: o que ? Ivan: você ouviu muito bem, agora vai logo. - ele me empurrou pra fora da casa, e fechou a porta. Rodolfo: k k k , bom agora você pode vir comigo porque não tem pra onde ir. - eu não conseguia acreditar no que estava acontecendo, comecei a chorar desesperadamente, enquanto aquele homem me puxando pelo braço pra dentro do carro. Me sentei naquele banco me lembrando de tudo que o homem que eu achei que era meu pai havia falado, e o que ele teve a coragem de fazer comigo, se ele não é o meu pai, será que minha mãe realmente era minha mãe ? as lágrimas escorriam no meu rosto, quando olhei pela janela percebi que o carro estava entrando em uma mata. Pensei em perguntar várias vezes pra onde ele estava me levando, mas não tive coragem, ele pode ser capaz de fazer qualquer coisa, me encolhi no banco, e fiquei esperando a hora do carro parar, olhando tudo a minha volta. Passado uns 30 minutos o carro parou de frente a uma cabana no meio da mata, a única coisa que eu sabia é que ainda estava no Rio de Janeiro, ele desceu do carro, e abriu a porta de trás. Rodolfo: você pode colaborar comigo e obedecer, esse é o jeito mais fácil, ou vai ser do jeito difícil. - eu abaixei a cabeça e desci do carro, parando ao lado dele. Conforme ele ia andando eu ia atrás, entramos na cabana, e estava tudo bem arrumado, tinha algumas compras encima da mesa, uma caixa cheia de comida, eu parei no meio da sala e ele andou até uma das portas. Rodolfo: esse é o seu quarto. - me senti um pouco confusa, mas mesmo assim andei em direção ao mesmo, estava tudo muito bem arrumado, tinha algunsd produtos de higiene encima da cama como shampoo, condicionador, escova, lençois novos, toalha. Ele saiu do quarto, e escutei a porta da frente, minutos depois ele entrou no quarto novamente com a minha mala, e a deixou no quarto, saindo do mesmo novamente.
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