Capítulo 2

1062 Words
                                                                                        Summer Observo Leon pela janela. Após o nosso beijo, não tive coragem para encará-lo. Não sei o que diabos aconteceu comigo. De repente aquele garoto arrogante, que sempre me provocava, não existia mais. No entanto, outra versão dele me encantou e quando dei por mim tive o meu primeiro beijo. Mas ninguém precisa saber, essa informação levarei para meu túmulo. Ninguém pode saber que Summer Cooper beijou Leon Roth. — O que você tanto olha nessa janela? Paige se aproxima apertando os olhos. — Ah, Leon. Ne.go, balançando a cabeça. — Só estava vendo se minha mãe chegou do hospital. Paige assente distraidamente enquanto olha para Leon treinando boxe com o seu pai. Leon treina duro desde sempre e é seu sonho se tornar um grande campeão do boxe, assim como seu pai foi um dia. — Ele está diferente, não é? Digo, não o vejo desde o verão passado e ele uau! Ficou tão… forte. Reviro os olhos irritada, com o olhar interessado de Paige sobre o Leon. — Não acho. Para mim ele continua o mesmo i****a arrogante de sempre. Resmungo procurando meu par de tênis de corrida. Ela solto um som estrangulado atraindo minha atenção. Seus olhos permanecem vidrados olhando através da janela, como se estivesse apreciando um show. Não resistindo minha curiosidade, ando novamente para checar o que ele está fazendo que hipnotizou Paige completamente. Minha respiração fica irregular e uma onda de calor dispara em todo o meu corpo. O bastardo retirou a regata preta e a deslizou por cada centímetro da sua pele morena, enxugando o suor que escorre livre pelo seu corpo. Engulo em seco sentindo a garganta totalmente seca. Paige está praticamente salivando o que me causa uma enorme irritação. E porque estou irritada? Nem eu mesma entendo essa minha reação. Não poderia ficar pior, Leon escolhe esse determinado momento para fazer contato visual. Os pelos do meu corpo se eriçaram e leva tudo de mim para desviar o meu olhar do seu. Paige assobia entre os dentes me libertando desse transe. — Leon acabou de entrar para a minha lista de sonhos molhados. Nossa, Deus! — Vamos — Rosno segurando seu braço. Precisamos queimar calorias e quem sabe fazer exercícios físicos tire essas merdas da sua mente.  Ela sorri, esbarrando em meu ombro. Começamos a correr alguns quarteirões e minha mente se torna uma confusão. Leon definitivamente bagunçou o meu mundo e despertou sentimentos que não sei distinguir. Crescemos praticamente juntos, um implicando com o outro. E agora tudo parece diferente. Não entendo. E depois do beijo tudo piorou. Desde então eu o evito. Não consigo esquecer aquele maldito beijo, e nem as reações do meu corpo sob seu toque. — Summer, não consigo mais dar nenhum passo. Estou morta! — Paige ofega com as mãos no joelho. Seus fios negros caindo em seu rosto. Ela o amarra de volta em um coque frouxo e passa a toalha sobre o pescoço e face. Respiro profundamente, sentindo a adrenalina ainda correr em minhas veias. Se eu tiver que correr alguns quilômetros para não pensar mais nele, farei de bom grado. — Tudo bem. Pode ir. Vou correr mais um pouco— Sussurro com a respiração entrecortada. Paige hesita antes de assentir. — Ok! Deixe-me saber quando chegar em casa. Assinto e nos separamos. Quando meus pés começam a reclamar de dor, retorno para casa. Passo rapidamente pela casa de Leon sem olhar em sua direção, não quero correr o risco de vê-lo. — Summer, tem lasanha no forno, querida. Eu vou encontrar uma velha amiga, tudo bem? Minha mãe pergunta assim que cruzo a cozinha. — Sim, mamãe. Divirta-se. — Murmuro caminhando em direção ao meu quarto. Tomo um banho e visto meu pijama habitual e pego um livro de romance e deito-me em minha cama para uma agradável leitura. Me viro para meu pequeno abajur e acendo encontrando um pequeno bilhete. Franzo o cenho e percebo que a caligrafia minuciosa é de Leon. “ Me encontre no terraço em dez minutos ” “L.” Exalo profundamente, amassando o pequeno bilhete em minhas mãos, de maneira nenhuma farei isso. O que aconteceu entre nós foi um erro. Fecho o livro com força e apago o abajur. Dormir talvez seja a minha melhor opção. Minutos se passam e ouço um barulho do lado de fora. Meu coração começa a acelerar no peito e engulo em seco quando um vulto passa em minha janela. Merda! Talvez eu tenha esquecido de fechá-la. Me levanto cautelosamente quando sou surpreendida com uma mão quente em meus lábios, silenciado um grito estrangulado. — Shii!! Sou eu, Leon. — Sussurra em minha orelha e suspiro aliviada. Ele lentamente remove sua mão e se senta na beirada da cama, acendendo o abajur. — O que está fazendo aqui? Você me assustou, droga!! Solto entredentes. Ele me encara com um suspiro profundo. — Desculpa, eu não queria te assustar. Eu deixei um bilhete e como você não apareceu, imaginei que não tenha lido. — Eu o li. — Desvio o meu olhar do seu. — Só não tenho nenhum assunto para falar com você. De soslaio, consigo sentir ele me observando. Leon se levanta e desliza o indicador em meu queixo o erguendo. — Summer, eu sinto muito por aquela noite. Eu … me excedi, não sei o que aconteceu comigo, mas quando eu pus os olhos em você depois de um longo verão sem vê-la, algo mudou.  Ele coloca uma mecha de cabelo atrás da minha orelha e seus olhos descansam em meus lábios, desencadeando todas as sensações possíveis em meu corpo. — Para falar a verdade..— Ele faz uma pausa se aproximando ainda mais do meu corpo. — Eu não me arrependo de beijar você, Summer. Poderia ficar horas e horas saboreando seus lábios doces. — Sussurra baixo e sinto que vou explodir com sua confissão. Um sorriso lento e preguiçoso se espalha pelos seus lábios carnudos. — Inclusive, nesse exato momento, estou morrendo de vontade de beijar você. Me enchendo de coragem, venço nossa distância e encaro seus olhos, me perdendo na escuridão sedutora deles. — Então, beija. Leon solta um grunhido abafado e embala minha face com delicadeza colando nossas bocas. Fogos de artifícios explodem sobre nossas cabeças e m*l poderia imaginar que beijar Leon Roth seria meu vício favorito, e que esse beijo tomaria proporções inimagináveis.
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