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Para sempre nós dois - Livro 2

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intro-logo
Blurb

Emma não consegue retomar sua vida normal quando deixa a Sicília e volta pra Nova York. Tudo que ela queria era se dedicar a sua revista e ao seu trabalho, mas além de conviver com o medo diário, pois a máfia ainda a persegue, ela tem que lidar com um sentimento novo, direcionado a uma pessoa que entrou na sua vida como uma tempestade e que conseguiu bagunçar tudo o que ela havia planejado para o seu futuro.

Uma notícia inesperada e um desastre fazem com que ela se sinta completamente perdida e sozinha na sua cidade.

Ela não tem outra opção a não ser retornar a Sicília e encarar, não só o amor, mas também seu pior inimigo, a máfia siciliana.

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Capítulo 1
- Lorenzo narrando: Enrico e Alessio permanecem em silêncio durante todo o trajeto até em casa. Eles me conhecem melhor do que ninguém, sabem que é melhor me deixar sozinho com os meus pensamentos. A ordem que eu dei a eles é irmos para casa e de lá eu seguirei sozinho para a Áustria. Não quero a companhia de ninguém, não nesse momento. Preciso ficar sozinho e me reerguer, até conseguir arrumar a bagunça que Emma causou na minha vida. Vivi dias incríveis na Áustria no passado, quem sabe não consigo me reerguer por lá. Ainda tenho meu apartamento antigo, não é grande e nem luxuoso como a mansão dos meus pais, mas era o que eu podia pagar na época da faculdade sem depender do dinheiro do vecchio Vito. Desço do carro assim que ele para no grande quintal de casa, após contornar a fonte. Caminho em silêncio até o meu quarto e vou direto para o meu closet. Pego uma mala de tamanho médio e coloco algumas roupas de frio dentro dela. Faz muito frio em Viena entre janeiro e fevereiro, então me preocupo em colocar apenas as roupas de frio mais pesadas na mala. Não sei por quanto tempo vou ficar por lá, se eu precisar de mais alguma coisa eu me viro. Coloco itens de higiene pessoal, minha outra arma, munição e dinheiro em espécie na mala. Quando deixo o meu quarto encontro Enrico parado no corredor. - O que devo levar? – pergunta inquieto. - Você não vai, ficará e cuidará da casa. – ordeno. – Coordene seus homens e cuide da Nicoleta, por favor. - Mas e você? – me questiona confuso. - Eu sei me cuidar sozinho, Enrico. – assinto e coloco a arma que eu segurava no cós da calça. - Lorenzo! – ele me chama quando me afasto, mas não olho para trás. Cada maldito pedaço dessa casa me lembra a Emma. Cada maldito objeto que podia absorver seu cheiro, exalar seu perfume. Cada lugar que eu olho vejo seu corpo nu sobre o meu. Eu nunca odiei tanto essa casa como agora. - Quando eu voltar vou vender essa casa. Já passou da hora. – digo com raiva e Enrico me acompanha enquanto caminho até a garagem. - Lorenzo, por favor. – ele implora. – Seja coerente, para e pensa um pouco. - Não tem o que pensar, Enrico. – rosno enquanto eu procuro a chave do Audi R8 em cima do para-brisa. Quando a encontro, destravo o carro e ao abrir a porta jogo a mala no banco do carona. – Não quero discutir com você. - Então me deixa ir, cazzo! – ele quase grita. Me aproximo dele e toco o seu ombro, o apertando com suavidade. - Eu agradeço a sua lealdade, Enrico. – digo olhando em seus olhos. – Mas o que eu mais preciso agora é ficar sozinho. Fique na Sicília e cuide de tudo por mim. Ele assente e abaixa os olhos. Entro no carro e giro a chave na ignição. - Estou indo para Viena, mas não diga nada a ninguém. – eu peço. - Nem a Mattia? – indaga confuso. - A ninguém! – digo entre os dentes. - Toma cuidado na estrada. – ele se afasta do carro e eu o ligo. O ronco potente do motor preenche a garagem fechada, fazendo um som alto e estrondoso ecoar. Chega a causar um leve desconforto nos ouvidos. Enrico abre a porta automática da garagem para mim, assim que ela está totalmente aberta eu acelero e deixo a minha casa. A caminho até Viena é longo e cansativo, são quase 24 horas de estrada. Contando com uma balsa para sair da Sicília e atravessar a Itália inteira pela autoestrada. Minha intenção era seguir viagem direto, mas o cansaço me fez parar às 4 horas da madrugada para descansar em Pádua, ainda na Itália. Um hotel simples na beira da estrada, é só isso que eu preciso. Dou meu documento na recepção do pequeno hotel e pago em dinheiro para não ter que usar o cartão de crédito. Mattia me ligou durante toda a viagem até Pádua e eu não o atendi primeiro porque estava dirigindo e segundo porque eu sabia o que ele queria. Então, assim que eu entrei no meu pequeno quarto de hotel, peguei o telefone e liguei para ele. - O que você pensa que está fazendo, Lorenzo? – ele atende irritado. - Mattia, por favor. – peço cansado e me jogo na cama. – A última coisa que preciso agora é de um sermão. - O que você está fazendo? – me questiona de novo, dessa vez ainda mais irritado. – Por que largou o trabalho? Desde quando você deixou de pensar com a cabeça em cima do seu pescoço? – ele grita. - Não é como se eu nunca mais fosse voltar. – inspiro profundamente. – Eu só quero ficar sozinho. - Aonde? – pergunta exasperado. – Para onde você está indo? - Estou em um lugar onde eu realmente posso ficar sozinho. – chuto os sapatos com os próprios pés e ajeito meu corpo na cama. - Quando vai voltar? – Mattia as vezes consegue ser tão irritante quanto o pai de um adolescente. - Não sei, p***a! Já falei. – vocifero. Ouço a voz abafada do Mattia sussurrar que não vai me contar alguma coisa. Provavelmente ele está falando com a Reese. – O que houve? – pergunto preocupado achando que pode ser alguma coisa com a Emma. - Nada. – ele fala mais alguma coisa que eu não entendo com ela. – Para, Reese. Eu já disse que não vou falar isso para ele. – pelo jeito que sua voz soa ele está tapando o microfone do aparelho. - Passa para a Reese, Mattia. – ordeno. - Não, é besteira. – seu tom de voz mudou completamente. - Então me conta você. – peço impaciente. – Por que Reese está agitada uma hora dessa? Aconteceu alguma coisa com a Emma? - Olha o que você fez! – ele murmura entre os dentes e provavelmente não é comigo. – Reese quer que eu te conte uma coisa, que eu não vejo necessidade, porque só vai piorar as coisas. - O que aconteceu, Mattia? – me sento na cama alarmado. - Emma fez um teste de gravidez antes de ir embora e... deu negativo. – ele quase sussurrou. Suas palavras me acertam como um tiro, bem no meio do meu peito, incendiando meu coração. Chego a perder o ar com a notícia. Minha mão, que mantinha o telefone erguido na lateral do meu rosto, escorrega como se tivesse ficado fraca demais. Escuto ao fundo a voz do Mattia me chamando, mas não me preocupo em responder. Se eu achava que tinha perdido tudo o que eu tinha, a notícia de que Emma não está grávida acaba de me roubar o pouco de esperança que eu tinha em tê-la de volta. Fico no hotel por cerca de 5 horas, mas foram poucas as horas que eu consegui descansar sem minha mente voltar para Emma e sem que meu celular tocasse sem parar. Mattia, claro. Chego no meu apartamento por volta de três horas da tarde, no sábado. Deixo o carro estacionado na rua e subo as escadas do prédio de 3 andares pensando no que fazer com ele. Um R8 no bairro onde estou, para uma pessoa que vive no apartamento que eu vou viver, chama bastante atenção. Giro a maçaneta após destrancar a porta e entro no meu apartamento. São 6 anos sem vir aqui, talvez eu precise contratar alguém para fazer uma limpeza e organizar algumas coisas. A primeira coisa que faço é abrir as janelas, mesmo que isso implique em ficar mais frio. Faz cerca de 4 graus em Viena nesse momento. Me jogo no sofá e dou uma olhada no loft onde eu vivi por 4 anos. Um pequeno sofá cinza em formato de L no canto esquerdo, a cozinha e a máquina de lavar no canto direito e no centro, uma pequena mesa branca e redonda de jantar, com 4 cadeiras. O quarto e o banheiro são separados, o que me dava alguma privacidade quando eu trazia alguém da faculdade para casa. Me ergo o suficiente para tirar o celular do bolso e dar uma olhada nas notificações. Recebi uma mensagem hoje de manhã enquanto dirigia e pela olhada rápida que dei, acho que era da Emma. Não li a mensagem para não tirar os olhos da estrada, mas não via a hora de chegar em casa e ler o conteúdo da mensagem. De fato, eu sou um grande i****a. "Me desculpe" É o que está escrito. Rio com sarcasmo e apago a mensagem. Gostaria de ligar para ela e perguntar pelo que exatamente ela se desculpa, mas lembro que já não me importo mais. Apago sua chama não atendida também e enfio o celular no bolso novamente. Pego as chaves de casa, um casaco grosso na mala e saio do apartamento. Preciso ir ao mercado e comprar algumas coisas, por questões de sobrevivência. Vou a pé para não chamar tanta atenção com o carro pelo bairro e compro algumas coisas de comer e, principalmente, cigarros e bebidas. Dou uma parada em um restaurante alemão que sempre comia quando estudava na universidade de Viena, onde eles vendem o melhor Knödel da região. Tomo um banho quente assim que volto e fecho as janelas. No final da tarde a temperatura costuma cair e a última coisa que eu preciso é ficar doente e sozinho em Viena. Adormeço no sofá ainda exausto da viagem e acordo com o meu celular tocando insistentemente. Quando olho para o visor vejo o nome do Mattia. - Pronto? - Que m***a você está fazendo, Lorenzo? – ele pergunta furioso. - Por que não me atende? - Mattia, por favor. – peço cansado e com a voz rouca de sono. – Já conversamos sobre isso mais cedo. - Me diz onde você está e eu vou até aí. – ele esbraveja. - Já disse que quero ficar sozinho, cazzo. – desligo a ligação e jogo o celular do outro lado do sofá. Me levanto para ir para o quarto e me deitar na cama, mas o meu celular toca em cima do sofá, chamando minha atenção para ele. Pego o aparelho irritado porque Mattia consegue ser chato para c*****o quando quer, mas o nome no visor faz minha respiração falhar e meu coração acelerar. É a Emma. Um misto de raiva e excitação percorrem cada célula do meu corpo. Eu queria estar de frente para ela e sacudi-la até ela dizer que me ama, mas as coisas não são assim. Não consigo entender por que ela me procura se optou em me deixar. Se ela quer me torturar, está conseguindo. Porque a cada vez que ela entra em contato comigo meu coração despedaça  ainda mais. Eu junto dois cacos e Emma espalha mais três. Fico olhando para o aparelho acesso em minha mão até o nome dela sumir da tela. Uma notificação de mensagem de voz soa e eu clico no ícone para ouvir a mensagem. Lorenzo? Já estou em casa. Sua voz doce e embargada soa ligeiramente embriagada através do aparelho. Meu coração aperta no peito, porque eu daria meu próprio mundo para tê-la comigo agora. Meu apartamento parece que diminuiu porque me sinto sufocada aqui dentro. Ela pausa e continua: Ah.. o FBI é incrível, você devia conhecer eles. Não melhor que os policiais de Taormina, mas é o que o governo me deu. Sua risada frouxa aquece o meu coração e instantaneamente, como um i****a, eu sorrio. Estou bem, cheguei bem. Espero que você também esteja. Para o inferno, Emma! Eu não estou! Me desculpa não ter te contado sobre o teste, fui uma covarde de m***a. Eu jurava que teria um filho seu e isso me assustou tanto, Lorenzo. Engulo seco e lembro da dor que eu senti quando Mattia me contou sobre a Emma não ter engravidado. Era a minha última esperança que ela ficaria na Sicília, um pedaço meu e dela que nunca vai existir. Emma para de falar e funga. Ela está chorando. Eu vou desligar. Me desculpa ter te ligado... eu... A mensagem foi cortada e antes que eu pudesse fazer a besteira de ligar para ela, eu me levanto, pego minhas coisas e saio de casa. Nem mesmo o casaco pesado e grosso consegue me aquecer no frio do inverno austríaco. Eu já tinha me esquecido disso. Abraço o meu próprio corpo enquanto caminho pela calçada, fumando um cigarro preguiçosamente. Meu destino é o bar a duas quadras do meu apartamento, onde eu ia beber com uns amigos na época da faculdade. Passo pela porta estreita de madeira, me sento no balcão e peço uma dose dupla de uísque. Puro, sem gelo. Coloco o celular em cima do balcão, com o visor para cima, claramente esperando que ela me ligue novamente. Depois de algumas doses e uns bons minutos sentado sozinho, chego à conclusão de que ela não vai ligar de novo e meu orgulho não me deixa ligar para ela também. Foda-se, se ela ligar eu não vou atender mesmo. Debruço no balcão, com os cotovelos apoiados nele, e seguro os fios dos meus cabelos entre os dedos. - Lorenzo? Ah meu Deus, eu não acredito! – ouço uma voz familiar em um alemão perfeito e ergo meu rosto. - Lorenzo! Giro o meu corpo lentamente no banco que estou sentado e me viro na direção da sua voz. Seu corpo esguio e sem muitas curvas, por onde minhas mãos já passearam muitas vezes na época da faculdade, continua o mesmo. Seus cabelos loiros estão um pouco maior do que da última vez que a vi e seus olhos azul, transparentes como um cristal e profundos como o oceano. - Anna, quanto tempo! - x -

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