AYSHA NARRANDO
A minha vida está completamente de cabeça para baixo, foram tantos anos de humilhações, de surras sem explicações, de falta de alimento, tudo isso ao lado do meu pai, e hoje ele faz algo tão grave comigo e com minha irmã, agora isso é por motivos de rejeição, ele nunca nós aceitou por sermos meninas, até a babá Berna ele deu fim dela, nunca mais que tivemos notícias dela, e o pior de tudo é que ficar no escuro está muito difícil para mim, e sei que ainda está bem pior para a Ayla, coitada da minha irmã, eu a tive todo esse tempo ao meu lado, e nem sabemos, para onde o nosso pai está nos mandando, porque cá estamos em uma casa de leilão, assim ouvimos várias moças reclamando, chorando, implorando por clemência, mas ninguém aqui quer saber de nada, apenas pensam com o dinheiro, isso sim, eles pensam quando ver o dinheiro na frente deles, isso que eles pensam. Estávamos as duas assustadas, e eu só conseguia olhar pra minha irmã, e ela me apertava contra ela, a gente estava tão desesperada, que o meu pior medo era ir para um lugar que nunca nem vi em toda a minha vida, e tudo isso por despeito, que o meu pai sempre teve. Tenho medo do que vai acontecer aqui.
XXX: Vamos agora é vocês duas. - uns homens chegam com brutalidade e pega nos duas pelo braço e sai nos arrastando até um lugar amplo, e nele havia muitas pessoas, eram tantas que eu estava morrendo de vergonha, as poucas mulheres que havia ali dentro, elas estavam vestidas muito elegante.
XXX2: Vamos começar os lances. - um outro homem fala em um microfone.
Ayla: Aysha minha irmãzinha, eu estou com tanto medo, o que será de nós. - ela pergunta baixinho enquanto chora.
Aysha: Eu tô tão nervosa quanto você minha menina, por favor se acalma, confie em Deus. - digo abraçada a ela, e havia tantas pessoas as coisas começaram a esquentar, até que dois homens que estavam um pouco mais atrás falou o último lance.
XXX2: Vendidas! - ele falou batendo o martelo, e meu corpo todo estremeceu, eu comecei a chorar, eu não conseguia parar de me tremer, tudo aquilo me deixava muito nervosa, eu estava com medo de tudo aquilo, os mesmo homens que nós trouxeram, nós arrastaram de volta para onde estávamos, eu estava tremendo tanto, até que nosso pai chegou ali.
Demir: Finalmente estou me livrando de vocês duas, agora que foram vendidas para um mafioso, ele fará vocês de prostitutas. - ele diz com um sorriso no rosto e as lágrimas molham meu rosto.
Aysha: Nunca fizemos m*l para você, porque faz isso conosco. - falo e ele pega no meu véu, e puxa com força fazendo os fios do meu cabelo ficar preso em sua mão, então o mesmo levou a mão até o meu queixo e apertou.
Demir: Cala a p***a da boca, sua escrota, vocês são a minha vergonha, o meu desgosto, nunca amei vocês, e jamais eu vou amar, vocês são a pior coisa que aconteceu na minha vida. - ele diz e cada palavra que ele fala, é como uma facada no meu peito. - Agora vocês será muito bem cuidadas. - ele diz sorrindo e me solta, nesse momento os dois homens entraram juntos e ficaram olhando tudo, o meu pai que estava ali trocou umas poucas palavras com eles, e logo ele se afastou.
Quando aqueles homens falou que a gente podia confiar neles, eu fiquei nervosa, eu não sabia o que fazer, eu nunca sair de casa, sempre fui proibida de sair de casa, se precisássemos de alguma coisa, a Berna sempre trouxe para a gente, e assim foi durante 16 anos da minha vida. Então seguimos os homens sem fazer nada, até porque não tinha muito o que se fazer, se a gente corresse nosso pai nos pegaria ou até mesmo nos mataria, não sabemos o que pode nós acontecer, então quando chegamos no carro, entramos e juntos fomos seguindo para algum lugar que eu não sei onde é, eu fiquei todo momento abraçada na minha irmã, ela estava m*l, e os homens nós falou que não iria nós fazer nada, até que eles se apresentaram, e foi algo estranho, mas ainda sim eu estava tão m*l com tudo isso, a única coisa que eu queria mesmo era sumir, porque uma situação dessa que estou vivendo com a minha irmã, não é das melhores. Fomos vendidas como mercadorias, e isso não tem perdão, eu nunca vou perdoar o homem que se dizia meu pai, eu jamais vou perdoar ele, eu tenho uns flashback de lembranças da minha mãe, eu era muito pequena, mas guardei algumas coisas dela, principalmente a que meu pai fez maldade com ela, até que minha irmã teve que vim ao mundo, a Berna nós disse que nunca conseguiríamos entender a mente dele, e faz pouco tempo que ela sumiu, mas até onde a gente ouviu ele falar, foi que deu cabo dela, e pelo pouco que sabemos é que ele a matou, e isso ainda está doendo dentro de mim. Minutos depois a gente chegou em um lugar distante de tudo, e assim que chegamos, a gente estava perto de um avião, e era bem grande, eu sei que é um porque eu conseguia ver-los da janela quando eles passavam, então descemos todos do carro e seguimos para dentro daquele pássaro enorme, era assim que eu o chamava, de pássaro, eu pedia tanto a Deus para nós fazer voar tão alto que não conseguisse mais olhar para trás, e quando o senhor Zion nós ensinou, gente sentou e colocou o cinto e ficamos quietas, a Ayla deitou a cabeça na janela, e ficou olhando para fora, enquanto as lembranças do passado veem em minha mente.
•FLASHBACK ON•
Estava sentada no jardim, olhando as flores, eu tinha 14 anos de idade, quando de repente sentir uma mão pesada sobre os meus cabelos, mesmo com o véu sobre meus cabelos eu podia sentir aquela mão forte, quando olhei para cima, eu percebi que era o meu pai, ele me olhava com fúria, e com muito ódio, eu não sei como aconteceu, mas eu sentir um tapa forte no meu rosto, e eu não sabia o que havia feito de tão errado, as lágrimas molharam o meu rosto de uma forma tão rápida e inesperada que a Berna veio correndo.
Berna: Senhor Demir, o que a menina Aysha fez para você agir assim com ela? - a mesma o questiona e ele empurra ela a fazendo ela tropeçar e cair.
Demir: Não se meta, sua velha enxerida, a filha é minha e eu faço o que eu bem entender com ela. - ele fala e sai me puxando. - Por causa dessa velha que você agora vai aprender a nunca mais em toda a sua vida me olhar, nunca mais. - ele fala e sai me arrastando pelo cabelo até que entramos dentro de casa, o mesmo me leva até o sótão, e assim que entramos nele, o mesmo me arrasta mais um pouco, até a cadeira que ali tem.
Aysha: Por favor papa, não faz isso comigo, eu não fiz nada. - suplico enquanto choro. - Por favor, pelo amor de Deus. - continuo suplicando, mas ele não está ligando, parece que não ouve minhas súplicas.
Demir: Mandei cala-se! - ele diz e eu não consigo entender o porque ele faz isso comigo, assim que ele me sentou ali, ele prendeu as minhas pernas sobre a cadeira, e logo mais ele amarrou os meus braços atrás da cadeira, e colocou aquela coleira no meu pescoço, me fazendo ficar imóvel. - É assim que vai ficar, e só voltarei aqui daqui a 3 dias, para ver se já está morta. - ele diz e as lágrimas continuam caindo sobre o meu rosto, eu estava m*l, eu não consigo entender ou compreender o porque isso.
Então ele saiu dali me deixando sozinha, eu começava a orar, pedindo a Deus para acabar com o meu sofrimento, só conseguia pensar na minha irmã, ela sozinha com ele, o que ele vai fazer enquanto eu tô aqui presa, oh Deus, me ajuda por favor, mamãe eu não sei o porque desse sofrimento que passo desde que nasci, me ajude de onde quer que a senhora estiver.
•FLASHBACK OFF•
Acabo me assustando ao acordar com a claridade no meu rosto, isso foi um sonho? Eu estava lá de novo, eu nunca conseguir sair de lá, eu jamais em toda a minha vida conseguia, até que um dia a Berna finalmente me ajudou a sair, e acho que foi por isso que ele pode ter matado ela. Fiquei com lágrimas nós olhos só de pensar em tudo, aquilo me fez voltar de novo lá, e isso me assombra e sempre irá me assombrar. Acho que eu adormeci por tanto tempo, que assim que eu acordei no susto o avião já estava no chão, e dele quando descemos, fomos até um carro, e seguimos para uma enorme casa, eu acho que ainda é muito mais maior na qual eu morava. De início quando chegamos, eu vi algumas pessoas ali, e fiquei muito envergonhada de está na presença de tantas pessoas, quando uma mulher baixinho, acredito que mais baixa que eu um pouco, loira, dos olhos da cor dos meus, veio na nossa direção, percebemos que ela ficou um pouco chateada, não sei os motivos dela, mas acredito que tenha acontecido algo grave para que ela tenha ficado dessa forma, talvez seja por nossa presença, mas logo ela foi gentil conosco, também havia uns rapazes muito bonito, um deles ficou nós encarando, e eu não sabia onde por a cara, até que a filha do casal nós ajudou a subir para um quarto muito bonito.