Despertares e Estranhos Encontros

1264 Words
Eu abri meus olhos por um breve momento de lucidez, em minha boca pude sentir quando encostaram alguma coisa nela, estendi a mão para segurar e percebi que era um braço, e pelo gosto de ferrugem estava sangrando. Movi a cabeça para tentar tirar o braço machucado de cima da minha boca, mas ouvi um sussurro baixo. — Não se preocupe, isso vai te ajudar. - Eu ouvi claramente a voz baixa em meu ouvido, seja quem fosse a pessoa que estava colocando o braço em minha boca estava com meu corpo apoiado em seu peitoral. — O que vocês vão fazer comigo? Perguntei em um tom fraco, tudo que eu conseguia enxergar além do braço em minha boca era o céu estrelado acima de mim. A extensão do céu como sempre acima de mim acima de mim com poucos pontinhos de luz iluminando o iluminando, a lua minguante se mostrava imponente iluminando fracamente o caminho, . Minha única pergunta no momento era se eu estava tendo uma sensação real ou se estava alucinando desmaiada. ainda fraca, tornei a fechar meus olhos, voltando a desmaiar. [...] Abri meus olhos de vagar, a claridade do dia fazia meus olhos arderem um pouco, coloquei a mão em minha cabeça e me ergui da cama. Olhei em volta e me deparei com um quarto que parecia sair de um dos desenhos da Disney, ele tinha em suas paredes um papel que imitava porcelanato, alguns detalhes de flores estavam aqui ou lá. Um guarda roupa pequeno se mostrava à minha frente. A cama onde eu estava a pouco deitada era uma cama king size, uma penteadeira com espelho estava ao lado da cama. Procurei a janela do quarto e a abri, pude perceber que eu estava nos segundo andar da casa. Caminhei até a porta e toquei a maçaneta, logo tentei abri-la, mas ela não se mexeu, eu estava trancada em um quarto, era apenas isso o que eu sabia. Percebi através da janela o tempo passar lentamente, logo a noite se estendia como um véu acima da casa que eu estava, angustiada de estar em um lugar desconhecido caminhava pelo quarto dando voltas e mais voltas no cômodo, até que finalmente eu escutei um barulho do lado de fora e a porta do quarto fora aberta. Do lado de fora havia um rapaz cujo rosto parecia esculpido por anjos, seus olhos eram castanhos escuros, seus cabelos eram pretos, com cabelo curto, usava uma jaqueta de couro, uma camisa preta, calça jeans e antes que eu pudesse reparar que estava calçando ele tossiu me tirando de meu transe. — Dimitry me obrigou a vir destranca-la. - Ele apoiou as costas na madeira da porta. — Que ótimo, uma hora alguém iria ter que fazer isso... Soltei a frase de maneira aleatória, foi quando ele estava encostado à porta que reparei algo, minhas costas, elas não doíam mais, engraçado o fato de que levei um dia inteiro para perceber. Quando enfim percebi comecei a tentar por as mãos nas minhas costas, mas aparentemente parecia que eu estava me contorcendo feito uma lagarta. Ele caminhou à minha volta e olhou para minhas costas, depois voltou a olhar para mim com um sorriso sarcástico. — Minhas costas estão curadas! — Parece que sim. - Revirou os olhos — M-mas...como? Após meu susto inicial algo me veio à mente, eu estava em um lugar desconhecido, com pessoas desconhecidas, que até onde sabia me pegaram no meio da floresta. Poderiam ser sequestradores. — Olha, não adianta me sequestrarem, eu juro que ninguém daria um real por mim, mesmo que tivessem, com exceção de minha amiga e irmã, mas nenhuma delas tem dinheiro! — Ah, que surpresa! Só mesmo um sequestro para provar seu valor, não é? Parece que finalmente encontrei meu momento de glória, obrigado por isso. E claro, só poderia contar com o apoio financeiro das pessoas mais abastadas do mundo, minha sorte não poderia ser melhor. - Diz com seu tom carregado de ironia, ele revirou os olhos enquanto seu rosto sério demonstrava desprezo. – Por favor me deixa ir embora... – Oh claro, porque vampiros se alimentam de ar, não é mesmo? Vou só levantar e ir embora, como se fosse tão fácil assim. - Revirou os olhos com seu tom carregado pela ironia. - Por favor, me poupe do seu drama. Suspirei enquanto caminhava para a porta vendo que ele me deixaria passar, esse rapaz era com certeza a personificação da perfeição física, com seus cabelos desgrenhados que parecem ter sido esculpidos por anjos sarcásticos, olhos que poderiam derreter até mesmo o coração mais gelado, mas tudo o que eu queria era voltar pra casa, "casa", era assim que eu chamava o convento que no meu aniversário me chicoteava e me amarrava em uma árvore? Onde eu estava com a cabeça, se eu saísse dessa casa iria viajar pelo mundo. Desci as escadas rapidamente, meu coração batia por liberdade mas antes de encostar na porta levei um choque insuportável, esse choque fez meu corpo ficar dormente, logo, ouvi uma risada que se aproximava, era o rapaz que tinha entrado no quarto. – Você não vai muito longe, né? – Você...O que fez comigo? Um outro rapaz saiu de uma das portas, sua expressão preocupada deu lugar a uma mistura de curiosidade e calma. Ele se aproximou do rapaz de cabelos negros e de mim com um sorriso gentil, mas seus olhos carregavam uma centelha de intriga. – Oh, parece que temos um pouco de emoção aqui. – Diz ele, com uma voz suave e tranquila. – Viktor, o que está acontecendo? Parece que nossa nova amiga teve um encontro um tanto chocante, não é mesmo? - Ele lança um olhar de compreensão para mim. – Você está bem? Não se preocupe, não vamos te ferir. Esse outro rapaz estendeu a mão, para que eu a segurasse, neste momento a dormência do meu corpo passou, consegui levantar a mão para segurar a dele. Ele me puxou com facilidade como se eu fosse uma bonequinha de pano, me deixando em pé, logo soltou minha mão e fez uma pequena reverência cortez. Esse rapaz em específico tinha cabelos negros e compridos, seus olhos eram um tom esverdeado único. Sua roupa era de época, dava para ver uma camisa social por cima de um colete bordado a mão, ainda no peito tinha botões que fecham a sua roupa. Sua calça e uns detalhes nas mangas eram de um branco gelo off with. Ele usava uma meia branca, igualmente aos seus sapatos, por cima da calça. — Senhorita? - Ele olhou para mim como se estivesse se perguntando se eu estava bem, provavelmente não pela sensação de estar presa em meu próprio corpo mas sim pela cara de abobada a qual eu deveria estar fazendo agora. — Eu preciso ir embora. - Digo indo até a porta, mas antes de toca-la um terceiro entra na frente. Esse rapaz em específico tinha longos cabelos castanhos sedosos aos quais com certeza faria Marina, a popular nojenta do internato ter inveja, as roupas dele eram um tanto antiquadas, parecendo ser um aristocrata, uma espécie de terno antigo com uma gravata de renda, tinha uma bengala em sua mão, não que ele parecesse precisar dela, pois tinha a aparência de um jovem de vinte e quatro anos. — Diego, nossa jovem estava prestes a fugir. - Observou o loiro para o moreno ao qual havia me levantado. — Perdoe-me, não queria que a jovem se assustasse. Porém, me assustar era a única coisa que eles estavam fazendo bem.
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