O trabalho com Ann Marie

892 Words
JASON   —  Eaí, como foi? —  Eddie me encara curioso.   —  Foi como eu planejei. Tudo certinho. —  cochicho antes do professor entrar na sala.   —  Você é uma lenda viva, Jason.   —  Você e o professor Harry ali. Que veio sem cueca. —  Chris apontou pro quadro e o professor estava sentado na mesa com uma das pernas e suas bolas sendo divididas na calça.   Cacete. Eu tô rindo. E não é com respeito.   —  Parem de admirar minhas bolas e façam a leitura do capítulo 6. —  levantou da mesa e todos nós baixamos a cabeça. É muito difícil não rir. Tô me segurando.   Lá na frente vejo a garota que vai fazer o trabalho comigo me olhando. Ela virou rápido e voltou a seu livro. Eu tinha esquecido dela com tanta coisa pra resolver ontem. p***a, ela é linda!   Eu fico pensando como essa menina se escondeu nessa escola. Porque meus olhos nunca chegaram até ela?   Depois da aula doida do professor colhões (apelido perfeito pra ele), fomos pra as outras piores aulas de todas. Maldita hora que reprovei o 3°ano.   —  Tem que fazer a droga do trabalho dele, né? Minha dupla quer que façamos hoje. —  Chris revirou os olhos no almoço.   —  A minha também. —  lamento.   —  Gata, aquela garota. —  Eddie observou.   —  É. Só que ela é das que se faz de difícil. Eu vi isso na primeira vez que nos falamos. —  lembro. —  Toda cheia de marra.   —  Eu gosto de garotas assim. Pelo menos vale a pena. —  Chris ri.   —  Rtzão Chris. —  dou um toc com ele.   [...]   14:01PM Parei em frente ao endereço que ela me deu. É uma casa típica, como todas da cidade. Dou uma olhada no espelho e ajeito meu cabelo. Levanto as mangas do meu suéter preto e saio do carro.   Foi preciso tocar duas vezes a campainha pra alguém vir abrir a porta.   —  Boa tarde. —  uma mulher falou com um sorriso surpreso.   —  Boa tarde. Eu vim fazer o trabalho com a Ann Marie. Ela está?   Ela ergue as sobrancelhas e depois olha pra escada.   —  Sim. Entre. Eu vou chamá-la. —  deu espaço pra mim e entrei. Ela fechou a porta e subiu alguns degraus da escada dando um grito pelo nome da garota. Ann Marie perguntou o que era, logo em seguida. —  SEU COLEGA VEIO FAZER O TRABALHO.   —  TÔ INDO.   —  Sente-se...   —  Jason. —  completo ao ver que ela não sabe meu nome.   — Jason. Sente-se. Ela já vai descer. —  mostrou a poltrona e sentei.   Ela desceu logo em seguida. Seus cabelos estão como da última vez. Soltos e divididos no meio. Ela tá usando uma regata branca e um jeans curto. Que pernas!   Levantei logo que ela desceu o último degrau.   —  Você veio. —  comenta surpresa mas não muito contente.   —  Não tive opção. —  entro na onda de frieza dela.   —  Tem um computador no meu quarto. Acho que vai ser mais rápido se fizermos lá. —  sugeriu apontando pra escada.   Quarto? Adoro quarto.   —  Sim. —  a acompanho com minha mochila no ombro.   Seu quarto é bem organizado. Parece coisa de pinterest. Tem fotos coladas com imã... Papel de parede de flores pequenas... Tudo bem delicado. A cara dela.   —  Gostei do seu quarto. —  deixo a minha mochila na sua cama.   — Que másculo esse comentário. — ela liga o computador.   —  De muito bom gosto, isso sim. —  sento na cama pois só tem um banco e este ela já sentou.   —  Vamos começar então. —  ela pega o caderno e se concentra no dever.   Depois de um longo tempo, percebo que ela não é muito de encarar. Ela nem olha na minha cara! Pra quem é cheia de marra isso é bem estranho.   Eu tô perdido no trabalho. Não sei de nada nada. Ainda bem que ela tá fazendo tudo.   —  Você pode digitar e eu dito? Porque senão eu vou fazer tudo sozinha. —  diz levantando do banco e finalmente olhou na minha cara...   —  Você tem olhos bonitos. —  as palavras voam da minha boca. Ela finge não se importar então levanto da cama e sento em frente ao computador.   Alguém bate na porta no meio da nossa jornada e logo em seguida a abre, fazendo com que Ann pare de ditar e eu de digitar. —  Desculpa... —  a mulher que me atendeu cantarolou sorrindo. —  Trouxe um lanche. —  entrou no quarto com uma bandeja na mão.   —  Não precisava. —  Ann a colocou na cama.   Eu tava com uma fominha mesmo.   —  Obrigado. —  agradeço quando ela me entrega o copo de suco.   Depois que ela saiu continuamos comendo o lanche calados. Mas minha boca não fica quieta por muito tempo, né.   —  Como você sabia quem eu era?   —  Você é o fuckboy do colégio. Acho que é impossível não saber. —  deu de ombros de um jeito debochado.   Nossa, que fama triste.   —  Não acredite em tudo que ouve. —  sorrio.   —  Não. Eu acredito em tudo o que vejo. —  disse friamente.   —  Humm. Que bom.   —  Se você acha que ter gente assistindo ao seu show de galinhagem é legal...   —  Todo mundo é assim hoje em dia.   — , eu.   Ok. Agora você deixou curioso.
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