Não é ela...cap...08

748 Words
Rodolfo Martinelli Não sei onde estou, só ouço vozes, mas não consigo me mexer ou falar, tento me mover, mas é inútil, meu corpo todo está pesado como se uma tonelada tivesse sobre mim. Mais uma vez ouço uma voz feminina, só posso estar sonhando, será que é ela, não pode ser, pois ela está morta. Estou com meus olhos embaçados, mas sei que estou no meu quarto, sinto um cheiro suave e doce, junto todas as minhas forças e tento novamente me mover, dessa vez consigo movimentar minha cabeça em direção de onde está vindo a voz, olho e, tem uma mulher se trocando, seu corpo perfeito chama a minha atenção, sei que não é ela, então, quem será essa mulher que está tão confortável se vestindo em meu quarto. Ela termina de passar algo em seu corpo, depois vestir minha uma camisa, julgo ser minha, a camisa lhe caiu muito bem, logo sinto uma raiva me consumindo por dentro, quem deu o direito dela mexer nas minhas coisas. Ao terminar de se vestir, ela se vira e ficar pálida, seus olhos estão fixados nos meus, passado alguns segundos, ela sai rapidamente do quarto e ao voltar a margarida está com ela. (***) — Irmão, estou tão feliz em te ver bem. — Quem te deu o direito de me casar com uma estranha qualquer. Falo ainda com dificuldades — Ela não é uma estranha, é sua esposa irmão, eu só não queria que você partisse sem ter formado uma família. — Essa decisão não lhe diz respeito, quero que você acabe com essa palhaçada, não quero uma droga de esposa. — Esse casamento é apenas um acordo, que duraria até a sua morte. — Como viu, não estou morto, quero ela fora da minha casa o mais rápido possível. Falo alterado — Por favor, Rodolfo, não se altere, você acabou de voltar. Respiro fundo e tento me controlar, estou fraco, sinto dores na minha cabeça, mas preciso ficar bom logo e terminar com esse casamento. Estou atordoado com tudo, minha última lembrança é de quando peguei minha moto e sai para colocar meus pensamentos no lugar, depois disso é só um branco. — Caterina. Falo Ela se aproxima e se senta na cama. — Sim, Rodolfo. — O que aconteceu, não consigo me lembra de nada, e, porque todos estavam esperando minha morte? Falo serio — Você levou um grave acidente, que te deixou em um estado vegetativo. Diz — Quanto tempo eu fiquei assim? — Quatro anos. — O quê? — Devido o seu estado não apresenta melhoras, os médicos lhe deram pouco dias de vida, por esse motivo arrumei uma noiva para você. Não consigo acreditar no que a Caterina me falou, não posso ter passado quatro anos desacordado, todo esse tempo perdido. — Minha empresa? — Irmão, não fale mais, depois conversamos, quando você se sentir melhor. — Minha empresa? Pergunto novamente — Está ótima, tomei conta de tudo enquanto você se encontrava desacordado. — Você? — Sim, qual o problema, sempre trabalhei com você, aprendi o bastante para ficar a frente de tudo. — Espero que não tenha feito nenhuma merda com os meus negócios. Trabalhei muito para conseguir tudo que tenho hoje, e não posso permitir erros. — Vi que você continua o mesmo, mas não se preocupe irmão, seus negócios estão muito bem. Diz e vai embora Não consigo me mexer direito, minhas pernas estão sem forças, sinto um pouco dificuldade em falar, isso me deixa furioso, não gosto de me sentir fraco. (***) Me acordo e ainda não consigo movimentar minhas pernas, olho ao redor e vejo dois enfermeiros, um homem e uma mulher, não acredito que terei que tomar banho com eles, isso é inaceitável. — Irmão. Diz a Caterina Ela entra no meu quarto empurrando uma cadeira de rodas. — É para você Rodolfo. — Eu não quero a p***a de uma cadeira de rodas, não sou um maldito aleijado. — Eu sei disso, essa cadeira é só enquanto você não recuperar as força das suas pernas. Não tenho outra escolha a não ser senta nessa droga de cadeira. (***) Estou na mesa de jantar, para tomar o meu café, quando a minha esposa aparece, ela ainda está vestida com a minha camisa, vê-la assim me deixa incomodado, não posso negar que ela é uma mulher bem bonita, nós olhamos por alguns segundos, até que é se vira e vai saindo, mas para quando ver a Margarida.
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