Nicole Watson
DIAS ANTES DO CASAMENTO.
Saio da universidade e vou me encontrar com o Fernando e a Babi, marcamos de ir ao cinema, vamos ver um filme de terror que acabou de ser lançado, mesmo contra a vontade da minha querida cunhada, quem mandou ela perder a votação.
— Não valeu, o Fernando faz tudo por você Nike. Diz emburrada enquanto o "Fer" comprar pipoca
— Não, é verdade. Falo e a abraço.
A Babi é a irmã do Fernando e minha melhor amiga.
Entramos no cinema segurando enorme balde de pipoca, vamos para o nosso lugar e sem demora o filme começa, cada cena que passa é um grito baixo que a Babi dá, ela está com suas mãos cobrindo os olhos, o filme não é tão assustador, até que estou gostando, mas prefiro os beijos do Fernando, ele não me deixar assistir quase nada, nós estamos juntos a um ano e meio, e nesse tempo todo sei que ele é o homem da minha vida.
(***)
Entro em casa e ouço uma conversa entre o meu pai e minha madrasta, não entendo direito, mas assim que eles me ver, ficam em silêncio.
— Oi querida. Diz o meu pai
— Oi pai, Samira. Falo
— Onde você estava? Questiona
— No cinema, com o Fernando e a Babi
— O jantar já está para sair. Diz a Samira
— Certo, vou só tomar banho e já desço. Falo e subo para o meu quarto
Mesmo curiosa não quis perguntar sobre qual assunto eles falavam, deve ser sobre a empresa, mesmo que meu pai não me conte nada, sei que estamos passando por problema, ele fez alguns negócios que não deram muito certo, isso levou a sua empresa a ficar no vermelho.
Uma vez ouvir a Samira conversar com uma amiga, ela falou que meu pai tinha pegado um empréstimo com um empresário bastante rico, pois como ele não queria demitir os trabalhadores, precisava desse empréstimo para quitar as folhas de p*******o de todos, mas mesmo com esse dinheiro, meu pai ainda teve que fazer alguns cortes de trabalhadores.
(...)
Acordo, faço minha higiene e desço para tomar café.
— Bom dia, querida.
— Bom dia, pai. Falo e lhe dou um beijo
Me sento e logo a rosa me serve, tudo está como sempre, mas não sei o porquê sinto que tem algo de diferente no ar.
— Nicole, querida, seu pai tem algo sério para falar com você. Diz a Samira
— Samira, não. Repreende o meu pai
— O que o senhor quer falar comigo, pai? Pergunto
— Nada querida, vá para sua aula e depois conversamos. Diz
— Tem certeza?
— Sim, meu amor.
Termino o meu café, me despeço de todos e saio para universidade.
(***)
Entro em casa e não vejo meu pai ou a Samira, quando estou subindo a rosa me para.
— Menina Nicole, seu pai me pediu para te avisa que, ele está lhe esperando no escritório.
— Rosa, você sabe o que o meu pai quer falar comigo?
— Não sei, querida.
— Obrigada. Falo
Dou meia volta e vou até o seu escritório, bato e ele me manda entrar.
— Pai, o senhor desejar falar comigo?
—Sim. Diz, sem me olhar
Não estamos sozinhos, a Samira como sempre está com o meu pai, mas também tem outras duas pessoas, uma mulher alta, bem vestida e um senhor também muito bem-vestido, ela me olhar fixamente e se apresentar:
— Prazer, sou a Caterina Martinelli.
— Prazer. Falo
Estou sem entender nada, porque meu pai me chamou aqui, não entendo nada sobre seus negócios.
— Pai, o que está acontecendo?
— Filha... Diz, mas para por um instante, respira fundo e continua
— Meu amor, me perdoa, não tive escolha.
— Não teve escolhas sobre o quê?
— Você vai se casar com o meu irmão. Diz a mulher
— Oi, acho que não ouvir direito? Questiono
Meu olhar vai dá tal Caterina para o meu pai.
— Casar, como assim?
— Isso mesmo que você ouviu Nicole, você precisa se casar com o irmão da Caterina Martinelli. Fala a Samira.
— É isso mesmo, pai?
— Sim, minha filha, a senhorita Martinelli está aqui para me cobrar uma dúvida que tenho com seu irmão.
— Dívida?
— Sim, não sei se você sabe, mas precisei pegar um empréstimo com alguém, como os bancos não queriam mais me fornecer nenhuma quantia, tive que recorrer a alguns empresário e só o Rodolfo Martinelli me emprestou o dinheiro necessário.
— Então pai, por que você não paga?
— Porque ainda não tenho toda a quantia que ele me emprestou.
— Quanto é esse valor?
— Dez milhões de reais. Diz
— Tudo isso.
—Sim querida.
— E agora? Pergunto
— Agora você casar com o meu irmão e essa dívida será quitada.
— Eu não vou casar com ninguém, casamento é algo muito importante para mim, sem falar que tenho namorado.
— Esse casamento é por pouco tempo, você ficará casada só até o meu irmão morrer.
— Como assim?
— O Rodolfo tem pouco tempo de vida. Diz com uma voz triste
— Não posso fazer isso, desculpa pai, mas essa decisão é demais.
— Eu te entendo filha.
— Nicole, você não percebeu que se não aceitamos esse acordo, iremos para rua, ficarem sem uma casa para moramos. Fala a Samira
Estou tão confusa, fui pegar de surpresa, não posso me casar com um homem que não conheço, se aceita essa loucura perderei o Fernando e se não aceito posso perder tudo, o que eu vou fazer.
— Posso pensar? Falo
— Sim. Diz a senhorita Martinelli
— Filha, você não precisa, não é sua obrigação, a culpa é minha, e só eu posso resolver. Diz o meu pai
— Como não Marcelo, se ela não concordar com esse acordo, não teremos onde morar. Fala um pouco alto a Samira.
— Te darei apenas esse resto do dia para tomar sua decisão, certo. Diz a Caterina
Não sei mais o que pensar ou falar, quero apenas pensar sobre tudo que acabei de ouvir.