Você aceita? cap. 01

484 Words
Nicole Watson Estou em frente ao espelho, olho e não consigo acreditar que daqui a poucos minutos estarei casada com um estranho, um homem que não amo. Farei meus votos sozinha, já que meu futuro marido está em um estado vegetativo, desde um trágico acidente de moto, tento segurar as minhas lágrimas, mas é inútil, elas vêm em turbilhões. — Está pronta? Pergunta a Samira, terminando de fechar o meu vestido. — Não. Falo — Oh, minha querida, eu sei que está sendo difícil para você, mas é o certo a se fazer. Não sei, se é o certo ou não, mas é a única chance que tenho para não permite que meu pai perca tudo que lutou sempre e também poderei permite-lhe um bom tratamento médico. Sempre pensei que estaria vestida de noiva quando fosse me casar com o Fernando, mas me enganei completamente, ele me pediu para fugimos de tudo isso, no começo até cogitei essa possibilidade, mas logo voltei a realidade da situação e desistir, mesmo o amando muito, tive que ser forte e lhe dizer um não. Respiro fundo, retoco a maquiagem que borrou devido minhas lágrimas e saio para encontrar o meu pai. — Me perdoa, filha. Diz meu pai ao me vê. — Não tenho nada que te perdoar, pai, a decisão foi minha. Falo Ele me abraça e começa a chorar, sei que isso não era, o que ele desejava para mim, mas foi minha escolha e não vou mais voltar, atrás. Caminhamos para onde se encontra o cerimonialista, meu noivo não está, terei que fazer os votos sozinha, apenas na presença do juiz, da minha família e da família Martinelli, tudo corre normalmente como se o noivo tive presente, como qualquer outra cerimônia. — Nicole Watson, você aceita Rodolfo Martinelli como seu legítimo esposo, prometendo amá-lo, ser fiel, respeitá-lo, está com ele na alegria e na tristeza, na saúde e na doença, na riqueza e na pobreza, por todos os dias da sua vida, até que a morte os separe? Pergunta o juiz Fico em silêncio, tudo gira em câmera lenta ao meu redor, olho na direção do meu pai que ainda está chorando, a Samira acena com a cabeça em positivo, logo encontro o olhar da irmã do meu futuro marido, ela me lançar um olhar sério e intimidador, respiro fundo e volto minha atenção ao juiz. — Sim. Respondo Coloco minha própria aliança e o cerimonialista finalizar o casamento dizendo: — Eu os declaro marido e mulher. Agora sou uma Martinelli, uma das mulheres mais rica da cidade do Rio de janeiro e do mundo, mas nada disso tem qualquer importância para mim, aceitei tudo isso apenas pelo meu pai. Posso parecer fria, mas não vejo a hora do meu marido partir, já que para os médicos ele tem apenas alguns meses ou dias de vida, isso é o que me tranquilizar um pouco.
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