Cap13

1238 Words
Analya Após o jantar, um TERRÍVEL e ASQUEROSO jantar, Phillipe estava insuportavelmente meloso com Nelly e a mesma percebeu, eu não o conhecia mais, ele não era o mesmo, ele não agia como ele era, não digo que ele mudou simplesmente pelo meu afastamento mas eu cresci com ele, eu vivi e brinquei com ele, sabia que sua cor favorita era verde claro e que não suportava se olhar no espelho por causa da cor de seus olhos, é normal, nós que somos da realeza direta de Kiar não nos acostumamos com a intensidade da cor de nossos olhos, sou grata a Joe por ter feito lentes resistentes o suficiente para omitir completamente a cor, lentes normais mudam levemente a cor, mas ainda é reconhecível. Phillipe era bom e quieto, ria com sutileza e era gentil...uma coisa que ele não era mais, tinha virado um homem intrometido e arrogante, controlador e ofensivo....não era ele, mas era. Curiosamente depois de sofrer durante 30 minutos os ataques de Phillipe e a perfeição de Nelly perante a reprovação nos olhos dos meus pais pelo simples fato de eu ter esquecido de tirar as lentes, eu subi na Primavera torcendo para que pudesse apenas falar com uma pessoa, uma conversa que ninguém poderia escutar pois estaria protegida em nossas mentes. O soldado. Raphael -ÍRIS ATAQUE COM O CORPO, NÃO QUERO VER DANÇA...- eu gritava com uma guerreira em luta de corpo com Gerty, minha espada estava sobre meus ombros e eu andava de um lado para o outro, aquela luta foi patética - já chega....- afastei as duas - Vou manda-las para a turma da Rayna, ela poderá ensinar luta corpórea melhor que eu- eu cuidava da luta masculina, não gostava muito de ajudar as meninas com isso. Percebi a troca de olhares entre as duas, um pouco de medo talvez- O que foi?- ela me olharam - Porque estão com essas caras? -Senhor...- íris falou baixo, quase num sussurro - Prometemos lutar com mais garra, mas não nos mude de turma...- seus olhos grandes me imploraram, eu sabia que havia algo ali -Já viemos da classe dela....- eu franzi as testas - Ela nos chamou de fracas, que não éramos boas o suficiente para a turma dela, que a gente a lembrava de alguém que merecia o lugar que estava agora.- Meu sangue ferveu -Senhor Foster.- Gerty parecia tremer - Íris mostra pra ele...- ela falou baixo e vi íris levantando parte da blusa revelando um corte longo, não profundo, mas longo que atravessava a diagonal de sua barriga, já estava cicatrizando mas ainda estava vermelho. -Íris quem fez isso com você?- seus olhos soltaram lágrimas -Não somos boas na guerra, professor, queríamos ficar nos bastidores, organizando mantimentos, armas...- ela respirou- saber usa-las caso precisasse mas não queríamos isso, queríamos ajudar por trás....cuidar das crianças enquanto os pais lutavam..- Assim que ela citou o último trabalho eu entendi o que havia acontecido -Estão dispensadas- as duas se entreolharam - vou arrumar suas despensas, ninguém tem tal direito além de vocês de escolherem lutar ou não. Voltem para casa, servirão de outra forma, e se alguém ousar obriga-las a isso, que venham tirar satisfação comigo, entenderam? Amanhã venham buscar suas despensas comigo.- elas me agradeceram e se abraçaram e eu me afastei do campo com o ódio nos olhos -DESCANSO DE 15 MINUTOS.- Gritei e vi minha turma se dispersar Não consegui me controlar, o céu estava claro mas fiz um relâmpago soar no céu e tremer a terra, vi Adrien que corria em minha direção -O que aconteceu?- Ele falava assustado - Irmão seus olhos...- ao me encarar no reflexo de seus olhos eu vi que os meus estavam iluminados em verde neon -Eu vou esfolar a Rayna.- Adrien tremeu -O que ela fez?- não respondi e Adrien ficou para trás - RAEL.... Eu a vi em seu treinamento, ela estava em uma luta com uma de suas alunas, eu me aproximei devagar e quando a chamei soou como um trovão -RAYNA.- ela se virou -Raphael, o que...- antes dela terminar peguei em seu braço e a levei até a tenda do meu pai -O QUE VOCÊ PENSA QUE ESTÁ FAZENDO?- ela se soltou antes de eu chegar -O QUE PENSA QUE VOCÊ ESTÁ FAZENDO? -EXPLIQUE-SE- ela gritou- VOCÊ ME TIROU DO MEIO DE UMA LUTA -QUANTAS ALUNAS VOCÊ TEM AMEAÇADO E FERIDO PARA QUE CONTINUASSEM LUTANDO? -EU NÃO SEI DO QUE ESTÁ FALANDO. -PARE DE SER MENTIROSA, EU VI O QUE FEZ COM A ÍRIS, VOCÊ FEZ UM CORTE PARA AMEAÇA-LA DEPOIS QUE A CHAMOU DE FRACA -VOCÊ TEM PROVAS CONTRA MIM? E SE ELA ESTIVER MENTINDO? -ELA NÃO ESTAVA, PORQUE EU SEI MUITO BEM QUE FARIA ISSO.- Ela enrijeceu o corpo -Você não pode acreditar em tudo que eles dizem de mim. -Até podia ser, se ela não tivesse dito duas coisas que ela não poderia inventar. Você disse que ela se parecia com alguém que merecia o lugar que estava hoje, e que fez aquele corte após ela dizer que queria cuidar dos bebês....- cruzei os braços - Acha isso familiar?- Rayna ficou em silêncio- Muito bem. Fui até o centro do acampamento e chamei a atenção de todos. -Escutem meu povo.- ela me olhou com ódio- Pelo excesso de poder indevido, desrespeito ao povo, agressão em treinamento e ameaças. Rayna Coxx está afastada de qualquer tipo de treinamento no acampamento referente. Se houver qualquer tipo de nova queixa contra ela ela será enviada ao acampamento ao sul perto da divisa com Clarice. E LEMBRAM-SE HOMENS E MULHERES DE CECÍLIA, SOMOS UM POVO GUERREIRO, UM POVO UNIDO, UM POVO DE SANGUE, MAS SOMOS FAMÍLIA, NÃO SOMOS DONOS DE VOCÊS, VOCÊS TEM O DIREITO DE QUERER LUTAR OU NÃO, NÓS HOMENS TEMOS QUE SERVIR PELA SEGURANÇA DE NOSSAS FAMÍLIAS, INFELIZMENTE ATÉ A GUERRA TERMINAR, MAS APÓS OS 25 ANOS, SE A LUTA NÃO FOR MAIS O QUE QUEREM, A SUA DESPENSA É VITALICIA, NINGUÉM AQUI É OBRIGADO A SER QUEM NÃO É. DESRESPEITO NÃO FAZ PARTE DE NOSSA LINHAGEM, E COMO PRÓXIMO LÍDER DE VOCÊS, JÁ DEIXO CLARO QUE QUALQUER TIPO DE AMEAÇA É REJEITADO AQUI, QUE PODE OCASIONAR EM EXPULSÃO DO ACAMPAMENTO. EU POR VOCÊS, VOCÊS POR MIM E NÓS POR KIAR. -NÓS POR KIAR!- o povo se levantou e me aplaudiu em peso, vi a postura do meu pai ao longe, ele me esfolaria com certeza. Mas passei por ele e falei -O que? Não vou deixar que machuquem meu povo por medíocres leis, eles tem o direito de escolher. Afinal- sorri para meu pai- não somos uma monarquia, não é?- ele me fuzilou Fui até a Marrom e subi alto, conseguia ver as colinas de Celeste, e respirei fundo ao me lembrar da flor rosa, queria falar com ela. Deitei na árvore -Olá Marrom, eu não sei como isso funciona, mas eu queria falar com a flor rosa, se é que ela está disponível agora.- suspirei -Olá menino, você tem bastante sorte- eu me sentei -Como assim?- eu falei e ela ficou em silêncio de pois de alguns segundo escutei a voz e um sorriso automaticamente veio ao meu rosto. -Soldado? Está ai? -Oi Flor rosa, o que precisa?- eu esperava que fosse algo relacionado ao trabalho -Sinceramente...- ela respirou - Eu só queria conversar com alguém, e automaticamente pensei em você. Você pode conversar?- eu sorri -Claro, digamos que eu vim aqui procurando o mesmo.
Free reading for new users
Scan code to download app
Facebookexpand_more
  • author-avatar
    Writer
  • chap_listContents
  • likeADD