Sebastian
Como eu já previa o que a Nicole estava planejando, não deu outra. Estou agora mesmo com ela no nosso quarto e a mulher está mandando ver. Nem bem estou conseguindo pensar direito no que estou fazendo, do tanto que ela não me dá espaço ara nada, então, o que me resta é somente satisfazê-la até que a mesma nem consiga respirar direito. Mas que saber, eu adoro isso. Foi para isso que tornei o que me tornei, um homem cujo prazer e riqueza são o meu principal objetivo. Mas que droga! Algo acaba de acontecer comigo, enquanto estou com o meu amigo me proporcionando uma baita diversão com a Nicole. Me veio à cabeça a lindinha da Sarah. Aquele olhar tímido dela para mim hoje mais cedo e aquela boca maravilhosa. Incrível como ela é o oposto da Nicole e ainda assim, a garota me deixa ainda mais duro.
— Isso amor, vai com tudo na sua dona aqui! – Nicole me pede, com aquela voz safada que ela tem.
— Oh, yeah, minha deusa maravilhosa. Como você é gostosa! – digo a ela, apenas para deixa-la ainda mais excitada para mim. Mesmo eu estando pensando na Sarah enquanto estou com a minha noiva, eu penso nela com a cabeça de cima e não com a de baixo.
— Yes, amore. Faz a sua noivinha feliz, vai! – ela diz. Como sua voz dengosa me deixa louco. Nosso rala e rola é tão bom, que logo chego ao clímax do meu prazer e ela também.
— Nossa, isso foi muito bom, minha deusa loira. – Digo a ela, que se deita em meu peito, tocando o meu mamilo esquerdo com a ponta do dedo indicador.
— E quanto a dança do ventre que fiz para você? Você gostou? – ela perguntou.
— Você é a minha Sherazade, minha deusa. O que mais quer que eu diga, Sarah? Eita, droga! Acho que agora eu me ferrei legal!
— O que. Quem diabos é Sarah, Sebastian?
— O que? Que Sarah? Do que você está falando, Nicole? - É melhor eu ter mesmo uma bela de uma desculpa, tentar me fazer de bobo, ou a coisa vai ficar feia para o meu lado.
— Você me chamou de Sarah, Sebastian. Vamos, me diga! – ela fica de joelhos sobre mim. — Quem é ela? É uma das vagabundas com as quais você se deita?
— Olha, eu devo ter... Ah, sim! – acabo de ter uma ideia, só não sei se vai colar. — A Sarah, melhor. Senhora Sarah di Francisco. Uma distinta senhora de sessenta anos que me pediu um favor! – falei, me levantando devagar de sobre a cama.
— E que favor foi esse que essa, senhora Sarah lhe pediu?
— Ah, para que eu pudesse encontrar o neto dela que sumiu. Você sabe, Nic, eu tenho os melhores rastreadores de toda Catania e não é segredo isso.
Parece que ela acabou engolindo a história, mas se bem a conheço, é melhor eu fazer de tudo para confirmar o que eu disse, senão ela vai dar um jeito de confirmar que eu menti, aí eu estou lascado com essa mulher. Ela sabe que eu tenho várias amantes, mas aqui no quarto, ela é a única, esse foi o trato. E como que eu fui achar de dizer o nome da Sarah, justo depois de ter acabado de t*****r com a minha noiva? Eu devo ser mais cuidadoso da próxima vez.
— Bom, eu preciso ir até à boate da praia leste. — comento, enquanto me visto.
— À essa hora? Já são quase meia noite, Sebastian.
— Eu sei, meu amor. Mas você sabe também, minha bonequinha! – me aproximo e deu-lhe uma bicota nos lábios — que eu não sou um empresário como os demais, lembra?
— Sim. Mas você vai demorar?
— Isso eu não sei dizer, mas vou fazer o possível para voltar de o dia amanhecer, ok?
Termino de vestir a minha roupa e deixo Nicole com uma cara emburrada, mas eu preciso seguir com os meus negócios. Passo pelo corredor e meu coração acelera. Sarah não está aqui, mas bem que eu queria vê-la ante de ir até a praia. Desço e peço ao meu motorista, Rafaele Gotardo, que me leve, mas quando me aproximo, o vejo conversando com a minha Sarah. Mas o que será que esse infeliz está pensando?
— Pensei que estivesse pronto para me levar, Rafaele! — falo, com cara de poucos amigos e nem ao menos a cumprimento.
— Eu já estou pronto, patrão. – ele responde, colocando o quepe sobre a cabeça. — Para onde vamos, senhor? Pro inferno, seu maldito. Lá é o lugar para onde eu vou te mandar, se o pegar mais uma vez com a minha mulher.
— Para a praia leste. E seja rápido, pois eu não quero perder tempo.
— Sim senhor!
***
Sarah
A noite está um pouco quente. Não sabia que o verão nas regiões da Itália pudesse ser tão quente assim. Me deitei, mas não consigo pegar no sono e não quero ligar o ar condicionado por conta da alergia, então vou dar uma volta pelo jardim. Caminhando estou, quando de repente recebo um alerta.
— Cuidado. Não é bom andar perto dessas plantas à noite!
Que voz é essa, meu Deus? Olho para trás e dou de cara com um loiro que, lindo é pouco, para descrever como ele é. Pela vestimenta, acredito que ele seja um funcionário da mansão. Bom para mim, que preciso de um motivo para poder parar de pensar no noivo da minha patroa. E por falar nele, acredito que os dois estejam nesse exato momento se engolindo um ao outro, literalmente. Mas o que eu estou fazendo? Devo responder o rapaz.
— Oi. O que tem nessas plantas?
— Às vezes costumam haver algumas cobras pequenas aí, mas é muito raro. – ele responde. Meu Deus, que sorriso é esse? — Desculpe se te assustei.
— Nada. Foi bom e eu agradeço pela preocupação! – devolvo-lhe o sorriso.
— Como a senhorita se chama, por gentileza? Não acredito que ele quer saber o meu nome.
— Sarah. Sarah Milani. E o seu?
— Me chamo Rafaele, mas pode me chamar apenas de Rafa, mesmo. Você vai ficar morando aqui depois do casamento da senhorita Nicole? — que pergunta. — Me desculpa novamente, é que... eu percebei que você chegou com ela.
— Bom, isso vai depender se ela querer que eu permaneça por aqui. – respondo. — Pois eu vou achar muito bom se ficar. Caramba. Será que esse moço está me paquerando? Mas se for, até que ele não é de se jogar fora. Bom, pra quem eu estou querendo mentir? Esse cara só não é mais lindo do que o Sebastian Baroni. Mas por que eu ainda estou pensando nesse cara? Bom, o Rafaele é bastante interessante, sabe. Cabelos loiros e com alguns cachos soltos, pele clara, olhos azuis, cerca de um metro e oitenta de altura, mãos bonitas... uau! Acredito se ele um bom começo para que eu deixe de pensar no chefão ali. Com um homem lindo da estrutura do Rafaele, eu acho que vou me dar muito bem. Mas e se ele for casado, ou tiver uma namorada? Aí eu vou ter que ficar de olho no dedo, pois certamente ele está muito, mas muito podre!
— Oi. Você ainda está aí? Nossa, pensei tanto com os meus botões, que acabei perdendo a noção de tudo, valei-me!
— Sim. Eu só estou olhando por onde piso. – digo, tentando disfarçar minha distração.
— Pode haver uma pequena cobra! Sorrio, ele também. Mas algo me diz que ele está rindo de mim, isso sim. Sarah, sua doida, para de agir feito uma i****a!
— Olha, por que a gente não vai para perto do carro em que trabalho? Lá está bem claro e eu garanto que não tem nenhuma cobra.
— Tá bom. Melhor mesmo. Saímos caminhando e conversando. Rafaele me contou que trabalha há mais de cinco anos para o senhor Baroni e que chegou aqui assim que o novo chefe assumiu a casa. Ele é motorista reserva e sempre que o titular não está, é ele quem o leva para os compromissos.
— Quem sabe um dia você não se torna o titular, Rafa! – digo e começo a sorrir, mas ele parece que não se empolgou muito.
— Disse algo que não deveria? — Oh, não, Sarah, claro que não!
— Então por que você pareceu não ter gostado? — Não é isso, – ele explica — é que o meu pai, que era o antigo motorista dos Baroni, ele tinha um sonho de que um dia eu me tornasse um médico e eu quero realizar esse sonho dele, sabe?
— Nossa, que lindo. Então você trabalha pra...
— Juntar dinheiro e pagar a minha faculdade, que não é nada barato!
— Eu imagino... Enquanto ele vai me explicar mais, o telefone dele toca.
— Sim senhor. Eu já estou pronto, senhor Baroni! Será que eles vão sair a essa hora da noite? — Tenho de levar o senhor Baroni a um lugar! – parece que sim.
— Bom, então eu já vou indo. Vou voltar para o meu quarto e tentar dormir. Depois a gente se fala! – me despeço e dou-lhe um beijo no rosto e é nesse instante que o patrão chega.
Caramba, ele está com um cara. Nem um boa noite o camarada fez a gentileza de dizer. Mas o que eu devo esperar de um homem poderoso, para o qual, tanto faz se eu existo, ou não? Fico parada feito uma estátua e o Rafaele confirma que já o estava esperando, os dois entram no carro e saem. Que homem mais esquisito, esse tal Baroni. Se está saindo a uma hora dessas, coisa boa é que não vai aprontar.
***
Sebastian
A vontade que me dá é de bater muito no Rafaele. Por que diabos ele foi achar de conversar justo com a mulher que mais chamou a minha atenção? Mas também poderás, o cara não sabe que Sarah é minha presa e que eu já estou armando a emboscada para tê-la para mim. E também, nada me impediria de socar a cara desse lesado até ele perder os sentidos, eu até imagino a cara dele sendo trucidada pelas minhas mãos, mas eu vou deixar isso ara o Julio, esse sim está na minha mira mais do que o Rafaele aqui.
— Precisa de mais alguma coisa, senhor? – ele pergunta, pois já estamos em frente à boate da praia.
— Não. Só me espere aqui. – o instruo.
— Nada de sexo no meu carro enquanto eu estiver resolvendo os meus problemas.
— Não senhor.
— Por que? Você não gosta?
— Gostar, até que eu gosto, mas existem coisas mais importantes, se é que o senhor me entende! Eu só espero que ele não esteja falando da Sarah, mas com essa cara de a******o, eu não duvido nada!
— Só faça o que eu disse, sim? Entro para o interior da boate. Essa não é uma das minhas favoritas, já que se trata da mais escrota que tenho, contudo, esse local me rende uma boa grana com programas e drogas. Passo pelo saguão e as mulheres seguem dançando e hipnotizando so homens, algumas delas são minhas fãs, mas eu não me atrevo a me deitar com nenhuma delas. Entro por uma passagem que dá direto para o escritório, que fica bem abaixo da boate para no caso de a polícia bater ali, não encontrar com facilidade. Melhor que não encontre de jeito nenhum.
— Senhor Baroni. A que devo a honra de tê-lo aqui? O safado do Julio acha que me engana.
— Você sabe o porquê de eu estar aqui, não mesmo, Julio? — pergunto. Ele segue se fazendo de desentendido. — Você sabe muito bem que eu não costumo fazer visitas tarde da noite, a menos que algo bastante relevante me faça mudar de ideia.
— Mas é claro que sei. Eu só queria saber, o que de tão relevante o fez vir até aqui, senhor Baroni? Ponho uma de minhas mãos no bolso e aceno para que meus homens o segurem.
— Mas o que é isso? Por que estou sendo preso?
— Olha aqui, cale essa sua boca e só fale quando eu mandar e o que eu mandar, entendeu?
— Mas senhor... Ele me desobedeceu e eu não tolero tal insubordinação. Então lhe dou uma bofetada.
— Já disse para não falar enquanto eu mandar! – digo. Com seus cabelos ondulados e caídos sobre os olhos, Julio me olha com medo. Eu adoro isso.
— Agora você vai me dizer, Julio. Desde quando vem desviando a minha muamba?
— O que? Do que o senhor está falando... – aceno e um dos meus homens lhe dá um soco no estômago. — Eu não sei do que o senhor está falando!
— É mesmo, Julio? Então, o que você me diz disso daqui? Mostro-lhe uma foto onde o mesmo entrega uma caixa para um homem desconhecido. Aliás, nem tão desconhecido assim. — Então, Julio? Me fala quem ele é. Ele é do Clã de Roma, não é?! – nesse momento, eu perco a minha paciência e me vem a imagem do Rafaele conversando com a Sarah e, começo a esbofetear o infeliz.
Ele grita, enquanto eu o golpeio com socos, chutes e pontapés. Retiro o meu paletó e a minha gravata, para poder me movimentar melhor, Julio chora e então me diz que vai abrir o jogo.
— Então fala, desgraçado! – vocifero, com fúria. Os meus homens observam como se fossem meras estátuas.
— Ele não é do clã de Roma, é apenas um cara que desejava uma quantia de drogas. Ele pagou bem e eu até guardei o dinheiro para o senhor!
— Guardou o dinheiro pra mim? Que bonzinho, Julio. E desde quando você tem permissão para isso? Olha, eu não vou te matar, ainda. Mas vou ficar de olho em você, pois se eu notar que algo está errado no meu território, eu te mato, Julio e garanto que você não vai gostar nada da maneira com que eu farei isso! Saio do local onde eu torturei o infeliz, mas na verdade eu só não o matei ali mesmo, porque eu ainda tenho de descobrir quem é o cara para quem o Julio vendeu a droga.
— Fique de olho nele! – instruo um dos guardas da boate.
— Preciso saber quem é o receptor dele. Entro no carro e dig ao Rafaele que me leve de volta para casa. O garoto ficou assustado, pois a camisa branca que eu estava usando, agora estava vermelha do sangue do meu gerente.
— Vamos, me leve daqui agora. Quero ficar longe desse lixo!