Capítulo 3

1415 Words
Cadu On : Esse filho da put@ do Digão me paga, na melhor hora eu tombo ele, ta achando que vai ser fácil pegar o meu morro, ele ta muito enganado, mas ele não perde por esperar, vai ter volta. Depois de ter ido na casa da Gabi pra ver como ela estava eu vim pra casa, preciso dormir um pouco, mas minha cabeça está a mil, tomei um banho pra tentar relaxar, coloquei só uma bermuda, peguei um baseado e sentei na sacada do meu quarto, comecei a bolar um e fiquei olhando a vista, hoje está diferente o clima de medo, o clima pesado está reinando, mas daqui uns dois dias vai estar tudo mais tranquilo. Terminei de fumar e cai na cama igual a um menino que brincou o dia todo, e falar em brincar o saudades dos velhos tempos, aonde a minha preocupação era não ser achado quando eu brincava de esconde- esconde, a vida é louca pra c*****o viu, uma hora a gente para pra pensar o quanto somos ingénuos, quando somos crianças o nosso maior sonho é crescer, m*l sabemos que com passar dos anos, vamos juntando problemas, inimigos e mil fitas diferentes. Eu conheci a Gabi e Miguel desde menor, fizemos amizade e todos os dias depois da escola brincamos na rua eu tenho 23 anos, Miguel tem 22 e a Gabi 19, eu e o Miguel sempre cuidamos dela por ela ser mais nova, nunca deixamos ninguém forgar nela, mas os anos se passaram voando e eu assumi o morro, a Gabi é uma menina mais caseira e o Miguel um rolezeiro de mão cheia. Uma semana depois.... Hoje o dia está sendo bem corrido, chegou uma remessa de drogas e armas, tenho que conferir muita coisa, o Arcanjo esta me ajudando aqui e os vapores estão trampando a todo vapor rs, fala ai se não rimou, essa semana tem sido corrida pra um c*****o ta ligado, eu quase não tive lazer, mas o final de semana ta chegando e vai ter um baile no sábado, to precisando de uma resenha pra relaxar e uma f**a daquelas. Terminamos de fazer a contagem já era tarde, meti o pé pra minha casa, pedi uma pizza e assim que cheguei já fui logo tomar um banho, fala sério, nada melhor do que tomar um banho daqueles depois de um dia cansativo. Assim que eu sai do banheiro o meu radinho apitou que a pizza chegou, eu pedi pra deixar na mesinha da sala, ja que só entram dentro da minha casa se eu der permissão, coloquei um short de Tactel e desci, fui até a cozinha peguei um copo e uma coca gelada, passei na sala peguei a pizza e subi pro meu quarto, vou comer assistindo alguma coisa maneira e depois só descanso. Acordei com a luz do sol batendo no meu rosto, dormi que nem vi, vai achando que vida de dono de morro e mil maravilhas, se eu não correr atrás das coisas, ninguém vai meter a cara e fazer não. Me levantei e já fui logo tomar um banho, já virou meu costume, me troquei, peguei a minha glock, coloquei na cintura e atravessei meu fuzil nas costas, peguei a minha moto e fui direto para a padaria tomar meu café, tô varado de fome. Saí da padaria e estava indo pra boca, e vi a Gabi indo trabalhar, decidi que ia para pra dar um salve nela, já que a última vez que eu fui na casa foi depois da invasão. Cadu : Oi sumida! - falo parando ao lado dela. Gabi : Ai que susto Cadu. Cadu : Fala ai pequena como você tá ? Gabi : Tudo indo, estou preocupada com meu pai, aquele problema dele do coração. Cadu : Fica em paz, sabe que se precisar só me acionar. Gabi : Obrigado, eu vou nessa que to atrasada! Cadu : Quer carona ? Gabi : Não precisa, só faltam dois quarteirões, a gente se vê depois. Cadu : Pode crer ! Ela meteu o pé pro serviço e eu terminei de subir o morro, cheguei na boca e vi os meninos na atividade, hoje é quinta e amanhã é dia de baile, to precisando de uma resenha para espairecer. * * * * * * * * * Gabi On : E vou eu pra mais um dia de serviço, graças a Deus eu tenho meu trabalho, meu pai tem a sua aposentadoria, mas como gastamos com remédio ás vezes as coisas dão uma apertada, eu não sou aquele tipo de menina vaidosa que fica se preocupando com roupa nova e tudo mais, sei da minha realidade e tenho pé no chão. Semana que vem meu pai tem médico, vai fazer alguns exames, estamos esperando já faz um tempinho já que é pelo SUS, então já viu né, unica coisa que podemos fazer é esperar. O Cadu quase me mata do coração parando do meu lado do nada, sai de casa um pouco atrasada, eu fico chateada em deixar meu pai em casa, mas tenho que trabalhar. Eu comecei o meu dia como qualquer outro, mas do nada chega um menor correndo falando que meu pai estava varrendo a frente de casa e caiu, o seu Mário ouviu a conversa e apenas fez que sim com a cabeça, passei a mão na minha bolsa e sai correndo, quando eu cheguei la a dona Lídia estava tentando acordar ele, logo o Cadu chegou com o carro e colocou meu pai dentro, fomos para o postinho aqui mesmo já que é mais perto. O Cadu desceu com meu pai nos braços e já gritando. Cadu : Eu quero um médico aqui agora ! Eu só sabia chorar, ver meu pai naquela situação, um médico e uma enfermeira vieram e já levaram meu pai pra dentro, eu estava em estado de choque, o Cadu me abraçou. Cadu : Calma pequena vai ficar tudo bem. - ele disse acariciando os meus cabelos. Gabi : Eu não posso perder o meu pai, Cadu. Cadu : E não vai princesa, deve ter sido apenas um m*l estar. Ficamos uns quarenta minutos ali, a aflição já tinha tomado conta de mim, eu não queria conversar, queria apenas saber se meu pai estava bem, o Médico apareceu no corredor e logo veio na nossa direção. Cadu : Fala ae doutor como seu José tá ? Médico : Olha seu José chegou aqui já em óbito, tentamos reanimar ele mas não teve como, ele teve um infarto. Ali o meu mundo desabou, não senti minhas pernas e tudo ficou preto, escutava a voz do Cadu como se ele estivesse longe. Depois de algum tempo acordei, estava em uma sala, pelo jeito desmaiei, vi o Cadu conversando com o Arcanjo, até que eles perceberam que eu tinha acordado. Gabi : Fala pra mim que não é verdade, fala pra mim que meu pai está bem. Arcanjo : Infelizmente não é Gabi, mas nós estamos aqui com você. Cadu : Eu já mandei organizar as coisas do velório ta, tudo por minha conta. Gabi : Obrigado. Obrigado, foi a única coisa que eu consegui dizer naquele momento, os dois ficaram comigo até o medico me dar alta, saímos do hospital e fomos pra minha casa, assim que cheguei a Dona Lídia estava terminando de fazer o almoço. Lídia : Fiquei por aqui, tomei a liberdade de fazer o almoço. - ela disse assim que eu entrei. Gabi : Obrigada dona Lídia mas estou sem fome, meu pai se foi e agora não tenho mais motivos pra viver. Lídia : Oh minha princesa, meus sentimentos, e nunca mais repita isso, ele jamais ia querer te ver assim desistindo da vida, seu pai te criou pra ser uma mulher forte. Gabi : Obrigado Dona Lídia. Eu sei que quais quer que sejam as palavras que me digam agora, nenhuma vai me confortar, a minha cabeça passa mil coisas ao mesmo tempo, pedi licença e disse que ia tomar banho, Cadu e o Arcanjo disseram que iam resolver umas coisas e depois me buscava para o velório, dona Lídia disse que ia na casa dela fazer o almoço mas logo voltava. Fui até o quarto do meu pai, abri o guarda roupa e peguei uma camiseta dele, abracei a mesma e me deitei na cama, chorei igual uma criança, me permiti por pra fora tudo que eu estava sentindo naquele momento, acabei pegando no sono.
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