CAPÍTULO 3

2005 Words
LETÍCIA ALBUQUERQUE Levanto mais uma manhã como sempre resmungando, odeio acordar cedo. Meus pais sempre pegaram no meu pé por causa disso, diz que temos que ter disciplina, mas, estou pouco ligando para isso. Eu gosto de dormir até tarde e se não tivesse que trabalhar na empresa dos meus pais, viveria viajando, e não dava satisfação da minha vida para ninguém, eu ia vivia solta por esse mundo. Porém, ainda moro com meus pais, mesmo com meus 23 anos e isso é um saco, estou doida para me mudar, mas meu pai tem um espírito protetor sobre mim, ele vive tentando me controlar, até fala que eu sou totalmente diferente do meu irmão, Otávio que é mais tranquilo e muitas vezes mais ignorante, ele é centrado e não é atoa que é o ceo da empresa dos nossos pais e eu administradora financeira, não sinto nenhum pingo de inveja do jeito dele, acredito que ele deveria ter do meu, ser livre e não se importar com a opinião dessa sociedade. Me chamam Letícia a problemática mais se f**a a opinião alheia, eles não pagam as minhas contas e para falar a verdade nem meus pais pagam, eu mesmo me sustento. Fico com eles porque não deixam eu sair, meu pai com seu estilo protetor sei que coloca seguranças para me vigiar, mas, eu sempre despisto eles. Ultimamente estou tentando relevar mais meu jeito quando falo com meu pai, ele está com câncer em estado avançado e todos estamos apreensivos, por mais que ele seja protetor e queira tentar me privar de algumas coisas, não imagino minha vida sem ele. Levanto e vou me trocar, tenho alguns relatórios para ser organizados agora de manhã e eles pedem minha total atenção, é chato ser administradora? Sim. Eu não gosto por mim, seria guia turística, mas não posso deixar a empresa dos meus pais somente na mão do meu irmão. Faço toda minha limpeza matinal e vou me trocar, coloco um vestido vermelho até o joelho, e uma sandália prata, gosto de me vestir bem e no trabalho gosto de está bem elegante. Deixo meus cabelos soltos e passo um batom claro, sei que estou pronta para arrasar hoje com meus cabelos loiros cheio de ondas. Termino de me arrumar e desço para tomar café, vejo meu irmão na sala e estranho ele está logo cedo aqui em casa já que ele tem o privilégio de poder morar sozinho. — Não me diga que o filho perfeito se meteu em alguma confusão pela primeira vez na vida? — falo indo em sua direção e o abraço. — Não entro em confusão e você sabe disso — ele me olha — Mas, onde a senhora vai com esse vestido vermelho colado Letícia? — reviro os olhos — Otávio pode parar com isso, eu estou maravilhosa — falo dando uma voltinha — Minha irmã você é maravilhosa e principalmente quando não está metida em alguma confusão, só que isso não é vestido para ir trabalhar — quando vou responder meus pais chegam — Meu filho veio para tomar café da manhã conosco — dona Lurdes minha mãe com o meu pai Afonso — Mamãe eu vim sim, estava com saudades de vocês — fala retribuindo o abraço — Claro nunca vem mesmo Otávio — coloco a mão na cintura — Letícia você... — Pode parar com isso os dois — meu pai fala — Vocês não são mais crianças para viver discutindo e já estou velho para acalmar vocês — À meu Deus! Tadinho do papai Otávio, você para de me irritar — faço voz de bebê e abraço meu velho — Tudo bem pai desculpe — Otávio dá, um sorriso de lado, mas, sei que está irritado. — Vamos tomar café — minha mãe fala Vamos todos para mesa e nos sentamos conversamos em família como sempre fazemos, eu tenho a chamada família perfeita! Aquele pai amoroso, aquela mãe que ama dar conselhos e aquele irmão que me irrita ocasionalmente e está tudo bem assim. Meu irmão me oferece uma carona para empresa na hora que vou sair, mas, recuso, pois, vou com meu carro, minha Audi a6 digamos que sou fascinada por esse carro, coloco meu, óculos escuro e dirijo ao som de branquelas para empresa, até meus filmes são assim, meio loucos, digo que bati com a minha cabeça quando criança rsrs. Chego no andar da presidência da transportadora Joy Importa como é mais conhecida, empresa dos meus pais e minha secretária já vem em minha direção. — Senhora Albuquerque... — paro ela na hora — Isabel a próxima vez que me chamar senhora eu te demito — ela me olha assustada — Ha, há, há calma menina, a segunda parte não vou fazer, mas, senhora está no céu — faço sinal de amém e vejo ela respirar aliviada. — Claro me desculpe — sorrio — Sem problemas agora continue — Seu irmão mandou umas contas ao qual precisam ser revisadas com urgência — respiro irritada — Otávio quer tudo para ontem — falo pegando os documentos — Obrigada Isabel e está magnífica hoje, já sei cortou o cabelo. — ela sorri sem graça — Cortei sim, — Isabel é linda, uma morena de olhos pretos e cabelo cacheado maravilhosa — Me dê o nome do seu cabeleireiro eu amei — ela me olha desconfiada — Mas, ele fica na periferia da cidade — fala sem graça — E qual o problema? Não ligo para isso Isabel, você está trabalhando comigo a apenas um mês e vai ver que a última coisa que me importo é classe social e a propósito minha cunhada mora na comunidade e amo ela e sua irmã — Isabel me olha surpresa. — O senhor Otávio... — Sim. A futura senhor Albuquerque mora lá e será questão de tempo para ela está trabalhando aqui na empresa. Agora vamos trabalhar — falo sorrindo e indo em direção a minha sala, passo o dia todo atolada em trabalho e m*l tenho tempo para respirar. Quando termina o dia eu estou exausta, mas, não posso ir para casa, tenho umas coisas a resolver, então termina meu expediente e vou para saída da empresa em direção ao estacionamento, entro no meu carro e vou ao som da diva Rihanna até umas das comunidades da cidade, após um, hora de carro chego ao meu destino, aqui minha mãe cuida de um orfanato nesse bairro e posso dizer que toda vez que eu chego é uma festa — A tia Letícia chegou, ela chegou — Noah vem correndo em minha direção, ele é uma menino lindo, um moreno dos olhos verdes e cabelos cacheados, posso dizer que toda vez que quando eu chego ele é o primeiro a correr, com apenas 5 anos tem jeito de corredor. — Noah meu amor — pego ele no colo e dou um abraço apertado — Tia Letícia você veio me ver? — pergunta animado — Claro meu amor e vim brinca com todos vocês — várias crianças correm em minha direção as professoras do orfanato me passam todos os relatórios de como as crianças estão se comportando, nós cuidamos de várias idades de crianças e posso dizer que não é um trabalho fácil, muitos aqui foram abandonados ainda bebês e outros sofreram algum tipo de abuso dentro dos seus lares, é triste, mas nós tentamos sempre dar algum conforto a eles. — Letícia ele ama ver você aqui — tio Pedro um senhor de 65 anos vem andando em minha direção, ele ajuda com toda limpeza do local, não gosto de ver ele nessa idade trabalhando aqui, mas, ele faz questão, diz que sua esposa que hoje é falecida amava cuidar das crianças e sou obrigada a concorda a senhora Vanda era assim mesmo, sempre ajudou com tudo, pena que se foi ao seu 59 anos, e mesmo senhor Pedro tendo aposentadoria por ser ex militar, gosta de está aqui, pois, fala que se sente perto dela. — Eu também amo muito ele — abraço o senhor Pedro e sei que ele está se referindo ao Noah — Noah é um menino inteligente, pena abandonado ainda bebê — olho e vejo noah jantando com as outras crianças — É triste — Ainda pensa em adotar ele? — respiro frustrada — Senhor Pedro sabe ser o que eu mais quero no mundo, contudo preciso estar casada ou até mesmo com uma união estável, aqui no Brasil a uma fila enorme de adoção, mas, muitos são reprovados e várias vezes por coisas mínimas. — Ele ia amar ter você como mãe — no fundo, quero acreditar nisso penso. — Eu sei disso e quem sabe um dia eu consiga adotar ele — abro um sorriso — Amanhã ele tem uma consulta — meu coração aperta — Acredita poder ser o que estamos pensando? — Ele está perdendo muito peso e fome, também — respira pesadamente — Está sentindo dor nos ossos e um médico de rotina das crianças veio avaliá-lo e disse que os exames está complicado, e encaminho para ser feito outro no hospital. — Espero que não seja. — falo — Todos estamos nessa esperança — ele me abraça e sai Fico um tempo olhando Noah com as outras crianças e peço a Deus que amanhã na consultar não seja leucemia, no Brasil são mais de 400.000 mil crianças diagnosticadas com câncer infantil e espero que Noah não entre nesses casos. Após alguns minutos, as crianças terminam de se alimentar e vejo que Noah m*l comeu sua comida então vou até ele. — Não acredito que meu super-herói não comeu ainda? — ele abre um sorrio de lado para mim — Estou sem fome — Noah você precisa comer — falo o óbvio — Tia amanhã eu tenho uma consulta — meu coração aperta — E o que tem isso? Todos precisam passar por consultas ocasionalmente — Eu escutei uma conversa atrás da porta — Olho para ele — Noah sabe ser errado fazer isso — ele respira frustrado — Porque todo mundo fala isso — coloca os braços em frente ao corpo — Porque é errado — ele faz um bico — Não adianta fazer bico e abra logo um sorriso, ele faz o que eu peço e vi não ser verdadeiro então faço um monte de cosquinhas nele — Tá! Bom tia, Letícia eu paro de escutar atrás das portas — sorrio — O que você ouviu — pergunto — A tia Sônia estava falando que eu posso ter algo grave, mas, não era para todas se desesperarem — faço ele olhar para mim — Não vamos pensar negativo tá! E outra quer que eu vá com você amanhã na consulta? — ele sorri — Você iria tia? — pergunta animado — Claro meu amor — ele me abraça — Agora vamos comer mais um pouquinho — pego a comida e ajudo ele a comer, Noah come pelo menos a metade do alimento e fico feliz, após ele esperar a comida abaixar no estômago, ele toma um banho, escova os dentes e deita para dormir, claro que deitei com ele. — Tia você pensa que eu ainda vou ter uma mamãe? — essa pergunta me pega de surpresa — Claro que vai meu amor — ele sorri — Queria que fosse a senhora — meu coração se alegra agora — Mas eu sou doida Noah — ele ri — Tem um coração grande e todo mundo gosta de você — Ele me abraça, Noah acaba pegando no sono após alguns minuto e vou embora. Posso dizer que saio de lá com o coração na mão, amanhã é a consulta e imagina meu coração apertado só de imaginar que pode ser que eu saía de lá com um diagnóstico de leucemia. Dirigir meu carro até a residência dos meus pais e quando sai me surpreendi com o veículo parado na porta e principalmente quem estava parado ao lado dele Dr. Thiago o Homem que não sai dos meus pensamentos
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