Melissa
999 Words
José
Prevejo problemas. A última vez que nos envolvemos dessa forma com uma mulher acabou em tragédia. Sei que foi algo que acontece, que pode acontecer com qualquer mulher mas me recuso a passar por tudo aquilo de novo. Faço tudo pelo meu irmão, sangue do meu sangue e não meço esforços para ver ele bem. Essa garota parece um rato assustado. Se tem coisa que me irrita em uma mulher é uma falsa inocência. Sei bem que eu nem sequer conheço direito essa garota mas não posso me dar ao luxo de envolver sentimentos sem ao menos a conhecer melhor.
Durante o dia resolvemos alguns assuntos relacionados a máfia e qualquer possível inimigo. O casamento do nosso Capo e grande amigo está próximo e precisamos garantir que tudo saia conforme o planejado.
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_ Está na hora!
Disse Hugo. Ele parece um pouco mais agitado que o normal.
_ Tudo bem. Já preparei um quarto pra ela, está tudo organizado.
Durante o tempo livre que eu tive aproveitei e limpei o quarto de hóspedes para acomodar a garota. Sei que provavelmente ela não vai querer ter contato conosco.
_ Ela vai dormir na nossa cama!
Disse ele indo em direção à porta.
_ Como assim na nossa cama? Quer colocar uma desconhecida para dormir ao nosso lado? Você enlouqueceu irmão?
Pergunto em tom de indignação, Hugo só pode estar louco!
_ Sim, ela dormirá conosco. É nossa mulher e precisa se comportar como tal. Se construirmos barreiras logo agora no início nunca saberemos por quanto tempo isso vai se estender. E também Melissa não parece letal.
Dei uma risada irônica, nem se a garota quisesse ela conseguiria nos fazer m*l, ao menos não fisicamente. Eu e Hugo temos o sono extremamente leve.
_ Tudo bem, só não quero choro no meu ouvido!
Meu mau humor era latente, nunca fui um libertino mas minha vida s****l era mais que satisfatória. As mulheres que comíamos sempre foram as melhores e nos deixavam fazer o que quiser. Claro que eu entendo que Hugo pode se exceder e por isso eu sempre prezo ser mais delicado com elas. Hugo e eu somos como yin yang, ele vai ao extremo e eu sou calmaria.
Chegamos na maldita casa. Só de olhar para a cara de Victor já sinto nojo. Ainda bem que a garota não tem o mesmo sangue que esse maldit0.
_ Boa noite amigos!
E por falar no diab0.
_ Cadê ela ? -Hugo.
_ Lá em cima. Já está descendo. Querem beber alguma coisa.
_ Faça ela se apressar! - José.
_ Tudo bem!
Hugo me olhou como se estivesse me repreendendo. O engraçado da situação é que nossas personalidades estão totalmente invertidas. Geralmente Hugo é extremamente mau humorado.
Entramos na enorme sala e o idiot4 se sentou no sofá.
_ É um enorme prazer fazer negócios com homens tão honrados como vocês. Espero que gostem da mercadoria. Esta totalmente intacta. Cuidei para que ela nunca tivesse homens.
Disse ele bebericando uma bebida. Ele trata a menina como mercadoria. Não me surpreende em nada Matteo não confiar nele. Uma empregada se aproxima com uma bandeja, serve novamente a bebida e começa a se retirar.
Descendo as escadas correndo vem Melissa, com os enormes cabelos escuros balançando. Para a minha surpresa e surpresa de todos os presentes ela toma a bandeja das mãos da empregada e avança sobre Victor.
_ SEU MALDIT0!
Ela simplesmente enfiou o disco na cara do homem que tomou um susto. Hugo avançou e a puxou pelo braço. Ela nem tentou lutar.
_ Sua.... você quebrou meu nariz!!
Disse ele com o rosto ensanguentado.
Ele tentou avançar em direção à ela e eu me posicionei na frente.
_ Se encostar na minha mulher eu torturo e mato você!
Hugo me olhou satisfeito, a garota olhou surpresa e a empregada continuava estática no mesmo lugar.
Victor rosnou de raiva e correu para o banheiro.
_ Vamos, o show acabou.
Disse Hugo enquanto arrastava Melissa pela sala. Até que a garota tem coragem. Vamos ver se ela vai aguentar um mês na nossa presença, ainda mais sendo da maneira que Hugo deseja.
As malas já estavam no carro, ela sentou no banco de trás quieta e cabisbaixa. Nem eu e nem Hugo trocamos qualquer palavra com ela. Quando chegamos na cada ela permaneceu quieta, já estava tarde e imaginei que ela já tivesse jantado.
_ Vem, vou mostrar onde você vai dormir.
Ela me seguiu olhando tudo. Abri a porta do quarto e ela estranhou um pouco.
_ Quer tomar banho?
Perguntei um pouco sem paciência. A garota negou com a cabeça. Esse silêncio todo estava me irritando. Já basta Hugo ser calado, agora mais uma ? Vou enlouquecer!
Hugo entrou logo em seguida tirando a roupa. Ela ficou parada em um canto enquanto eu me despia também. Ficamos apenas de calção. Nunca tivemos problemas em ficar nu porém ela ainda precisa se acostumar e tudo tem limite.
_ Não vai deitar ?
Perguntou Hugo com uma sobrancelha arqueada.
_ Ai ?
Apontou ela um pouco confusa.
_ Sim.
Respondi seco.
_ Mas....
_ Tem lugar pra nós três. A cama é grande. Vem.
Falei antes mesmo que ela tentasse dizer algo.
_ Se quiser pode trocar de roupa caso não queira dormir de vestido. Mas você vai deitar conosco.
Ela engoliu em seco, pegou uma mochila e foi para o banheiro. Um bom tempo depois ela apareceu. O único lugar era no meio e eu e Hugo estávamos virados de costas pra ela.
Senti o pequeno corpo coberto fazer um leve peso na cama. Algumas horas depois abri os olhos e me virei, ela dormia totalmente encolhida, como se temesse nosso toque.
Hugo também se virou e acariciou a ponta dos cabelos dela. Eu conhecia meu irmão o suficiente para saber que mesmo mau a conhecendo ele seria capaz de mover uma montanha por ela. Já eu não. A única na minha vida foi Taya e sempre será.
- Writer
