Charlotte ficou rígida ao lado de Dominick.
Ele era alto. parecia uma parede gigante. Seus olhos eram de um verde escuro. Coisa de família.
O corpo grande é másculo não se escondia atrás do terno. Nem mesmo o rosto desenhado interpretado de fora. Ele era bom na imagem. Parecia um homem rico e bem sucedido.
E é, ele era.
Charlote sentiu o corpo pesado e tenso. Não se movia e os atletas dela vinham pesados juntos com as lágrimas. Sentia uma falta de ar e uma vontade enorme de se virar e correr. Mas nem suas pernas pareciam se moverem direito.
" Estamos aqui para celebrar a união de duas pessoas que desejam consagrar o amor que sentem um pelo o outro em um matrimônio." O padre era um senhor baixo de barba branca e ele parecia gentil. Charlote perguntou se ele estava incluído na farsa do casamento, mas ela achou que não. Não fazia um homem como aquele entrar no meio daquela bagunça." O matrimônio além de unir duas pessoas reforçam laços e começa aqui a construção de uma nova família que deve ser baseada no amor, na confiança e no respeito." Charlote riu, uma risada nervosa, que fez ela querer se mover inquieta. "Noivos caríssimos, viestes a este lugar para que o vosso propósito de contrair matrimônio seja firmado com o sagrado selo de Deus, perante mim. Cristo vai abençoar o vosso amor conjugal. Ele vai agora dotar-vos e fortalecer-vos com a graça especial de um novo sacramento para poderes assumir o dever de mútua e perpétua fidelidade e as demais obrigações do Matrimônio. Diante da Igreja, vou, pois, interrogar-vos sobre as vossas providências sobre a união de vocês."
Era a primeira vez que via uma cerimônia de casamento familiar. Com todas aquelas palavras e todo aquele cenário. Para ela seria apenas o aceito ou o não aceito, mas não, havia até um roteiro para aquilo. Assim como ela entrou no contexto do casamento.
Charlote foi tomada por um pânico e fissura dentro de si mesmo, ela não sabia o que falar das providências de estar se unindo com Dominik, ela nem sabia que ele era.
Seria irônico um cara que mexe com armamento morrer por uma arma da própria fábrica.
Pelos céus, o nervosismo dela estava fazendo ela ficar nervosa agora. Depois uma forma a pensar melhor e sabe lá se poderia falar também, não apenas pensar.
Dominik a fez se virar para ficar de frente para ele. Enquanto ela ficava da mesma forma, olhando os olhos verdes brilhantes, que ficavam satisfeitos e até admirados de ver aquela forma.
E é, ele estava.
Era a escolhida dele, aquela que ele escolheu para estar ao lado dele, que iria fazer os dias dele melhor e fazê-lo ficar satisfeito como nunca.
O padre olhou para Charlotte mais uma vez. Indicando que ela tinha que começar, mesmo ela não fazendo ideia de como fazer aquilo.
Se lembrou de quando apresentava os trabalhos de escola e como ela ia bem. Ela sempre gostou de aprender e decorar sua parte, aquilo ajudou ela a focar e se sair bem.
Mas ela agora não tinha um slide e não tinha nada de apoio. Agora era apenas Dominik e uma plateia, não havia também uma cola na sua mão. Ninguém soprando no seu ouvido.
"Eu..." Charlote gaguejou, bem, aquilo iria ser difícil e faria talvez ela pegar trauma de falar diante de tantas pessoas, de não estar pronta e também não querer falar.
"Seja breve querida, no seu tempo, não se preocupe com ninguém, não se preocupe com nada." Dominik parecia confiante, uma confiança que Charlotte não entendia. Ela desconfiava no que era baseada, de ter tudo que queria e saber que podia escolher coisas que ninguém mais escolheria.
Mas ela não estava com aquela confiança. Confiança ela ficou quando tentou fugir dele, quando chegou e começou a se erguer por conta própria.
"Eu não consigo!" A cena foi vista como algo bonito para quem estava sentado nos bancos. Uma menina que estava emocionada demais pra falar.
Dominik deu um balançar de cabeça, como se sabia o que fazer, suspirou fundo e encarou ela.
Ele não era o cara mais certo com palavras e ele não tinha preparado um daqueles papéis de parede que os noivos faziam, como se diz, aquele não era um casamento convencional. Nem nada do tipo, então ele poderia sair do tradicional e falar algo que ele poderia sustentar tranquilamente. Algo que ele sentiu de verdade.
"Prometo preservar essa união Charlote. Eu escolhi você para ficar do meu lado, para confiar e para competir, você é minha escolha diante de todos. Você é aquela que vai estar do meu lado, na alegria e na doença, na guerra e na paz, sem amor e sem ódio." Ele fez uma pausa. "Você faz meus olhos brilharem pela mulher que você é. Eu não escolhi você por nenhuma outra coisa que não seja o tipo de mulher que você é, não escolhi você por nada além do que eu acredito e quero de você." Ele parou de
falar , Charlote ficou parada, com a boca entreaberta, quando ela ficou calada demais. do outro lado Ele podia ser um bom ator, pensando, voltando a olhar para ele.
Dominik era bonito.
Bonito demais para ter que fazer um acordo de casamento e******o como aquele.
Charlote ainda tinha dúvidas se ele era normal ou poderia ter um problema de cabeça ou personalidade duvidosa. Até um maníaco ou um sociopata.
Ver ele tudo falando aquilo, fazia ela querer bater palmas e falar que ele foi bom nas palavras. Mas ela sabia da outra parte da história.
Eles queriam uma atriz, eles conseguiram uma.
"Meu amor." Ela precisou erguer a mão para limpar o rosto de algumas lágrimas que caíram. Se não fosse a maquiagem a prova de água, ela estaria toda bagunçada. Charlote estava tentando entrar nela, demonstrando um sorriso colorido e quase vazio pare ele. Como se ela realmente fosse vazia, quando ela estava sendo apenas machucada e colocada no papel errado. "Eu nunca quis me casar e você sabe disso. Queria sair e viajar para conhecer o mundo, ser livre e nada disso passou pela minha cabeça de vento, como diz minha mãe. Mas você apareceu e parece que não desistiria de me colocar no seu lado. Parecia que estava disposto até a matar ou machucar alguém por isso." Dominik estreitou o olhar. Entendeu cada passagem que ela falava. "Você conseguiu me colocar aqui. Eu pensei muito no que eu falaria pra você, amor da minha vida."
Ela soltou um sorriso entre lágrimas. Daqueles que quem conhecesse ela, saberia o quanto ela estava sofrendo ao terminar aquilo. Charlote encerrou a fala, todos ali estreitaram os olhos, pareciam não entender
Mas quem precisava entrar, entendeu.
Alguns até poderiam dizer que viram uma pressão nela e uma coisa emotiva demais. Até uma coisa não verdadeira.
Mas ninguém sabia muito dela. Querendo ou não, ela sempre era refletida no pai e no que ele fazia.
Ela suspirou fundo.
Viu Dominik segurou a mão dela com firmeza, algo que não fazia sentindo pra ela.
Pra que tanto cuidado se ela não queria nada daquilo e ele sabia?
Dominik entendeu o que ela havia dito em cada palavra. Até saber o quanto ela estava m*l e estava chateada, mas ele era decidido e até maquiavélico.
Sabia lidar com aquilo. Ele esperava isso ou até coisa pior, mas não fazia diferença. A garota estava ali e isso era tudo que importava pra ele, levaria pra casa depois dali, a nova casa dela, junto dele.
O padre arrumou os óculos dele e olhou para o casal, como todos os outros que estavam ali naquele momento.
"Viestes aqui para celebrar esse matrimônio, e da vontade de vocês e de todo coração que querem fazer isso? Querem seguir o caminho do matrimônio, estão decididos a amar um ao outro e aceitar um ao outro ao longo de toda a vida? a receber amorosamente os filhos que estão entre nós e os que virão com o propósito de amar, acompanhar educar e? " Os dois se mantiveram um de frente para o outro, o pai puxou a caixa e colocou diante do casal com as duas alianças. "Charlote, e de livre e vai querer contrair matrimônio com Dominik Barrete?"
Pelos céus.
Os pais e a família de Dominik que estava ali olharam para a menina parada diante de todos, calada.
Ela pensou que logo que falasse o não poderia sair dali. Que seria público, ela poderia sofrer as consequências ou até não ter nenhuma.
Mas ela não sabia o que aconteceria se tomasse aquele caminho.
Iria envergonhar o governador diante de cada pessoa que ele comeu e ele havia convidado. A mãe dela seria assunto em cada chá da tarde ou até em jantares de mulheres dondocas. As irmãs poderiam ficar marcadas por isso e ninguém poderia levar fé nelas.
A família Lekler poderia ficar marcada por conta dela.
Charlote olhou para mais adiante. Olhando seus pais, vendo o homem que a colocou no mundo a encarar. Falando em silêncio para ela fazer aquilo. Ela sentiu o peso do não engasgado na garganta, mas na ponta da língua dela só uma palavra surgiu.
"Sim."
Cada pessoa que sabia da farsa do casamento, respirou aliviado. Parecia até convictos demais, sendo que só Charlote sabia exatamente o que se passava com ela.
Ali ela teve uma lição diante de todas aquelas pessoas e até para ela mesma.
Que ninguém além dela poderia aquilo
Somente ela poderia se recuperar sentir essa coisa hoje, por mais dolorosamente que fosse, ela tinha ela e ninguém além dela mesma ligaria tanto para as coisas e faria algo.
Mas ela entendeu que ela luta as lutas dela
Que pode perder as vezes, mas o importante é sempre tentar.
Ela sabia como tentar fazer as coisas.
Céus, ela sabia bem.
"Dominik, você aceita Charlote Lekler como sua esposa legítima por livre e espontânea?"
"Sim, eu aceitei." Ele nem vacilou, falou convicto.
Ele pegou a aliança e Charlote pegou a outra.
Parecia uma final da última rodada, o último golpe ver seu dedo preenchido por um anel de ouro e brilhante.
Era um belo anel, vindo da Rússia, trazido até uma joalheria e encomendada especialmente para a data. Para estar na mão dela, sabendo exatamente como era Charlote.
Dominik desembolsou uma quantia enorme pelo anel. Não era uma simples alianças, eram os votos dos dois e a vontade dele, uma vontade que ele gostava de ter perto.
"Sendo assim, eu os declaro, marido e mulher." Os dois foram ovacionados por vozes e palmas altas por toda igreja, cada canto dela, vendo cada pessoa ali ficar de pé. Charlote nem teve tempo de erguer o olhar, seu rosto foi seguro e quando a boca de Dominick tocou a dela, ela sentiu as pernas fracas e sentiu agonizante dentro dela.
Sabia que ela tinha que relaxar, mas mesmo tentando, sentia suas pernas fracas.
Ela agora era uma mulher casada.
E ela nem sabia o que fazer agora.
Dominik se aproximou e abraçou sua mulher.
Ele moveu a boca até a orelha dela.
Foi um gesto tão suave, quem via de fora via algo bonito, até chamativo.
"Agora você é uma Barette, espero que seja feliz ao meu lado." Ela ficou quieta. "Agora vamos deixar todos aqui, vamos passar em casa e depois eu vou te levar pra um lugar."
"Dominik"
"Shi." Ela sentiu a mão dele tocando o cabelo dela, sentiu a ponta dos dedos dele acariciar com calma e respeito, tentando quase confortar algo que ele fez ficar ainda mais desconfortável. "Confia em mim, eu posso fazer você sorrir depois disso tudo." Ele fez uma pausa, lenta e calma. "Vamos, eu provoquei isso. Eu posso fazer isso mudar."
.
"Como?"
"Você vai ver com seus olhos. Você vai saber que aqui apenas começa uma nova vida, com a diferença que você não está sozinha.
"Eu não sei se consigo. Nem sei o que quero de mim."
"Então me dê a mão, vamos comigo."
Charlote viu ele estender a mão.
Ela encarou aquilo e engoliu a bola de pelo na garganta.
Então ergueu a mão e segurou a dele.
Bem.
Era isso.