2.1- Deixando tudo para trás - parte 1

894 Words
Ashlyn Não me lembro de entrar em casa. Minha tia Grace estava sentada em sua cadeira lendo um dos seus romances. Ela não deve ter plantão no hospital da matilha hoje. Ela levantou os olhos do livro quando entrei no saguão. "Ashlyn? O que você está fazendo em casa tão cedo?" Ela perguntou, olhando para o relógio. Sentei-me no sofá em frente à sua cadeira e contei-lhe tudo o que tinha acontecido. As lágrimas nunca vieram até que eu terminei. Devo estar em choque. É difícil explicar o nível de traição que estava sentindo agora. Conheço os dois há dez anos. Estava tendo dificuldade em compreender tudo o que tinha acabado de acontecer hoje. E m*l eram dez da manhã. Ian era meu melhor amigo. Fazíamos tudo juntos até a morte de sua mãe. Então ele começou a se afastar de mim. Deveria ter percebido que algo estava errado. Deveria tê-lo questionado. Mas nunca pensei que ele fosse me trair, especialmente com Nicole. Ele nunca gostava de sair com ela antes, mas acho que tudo era uma mentira. Tia Grace me disse para subir, arrumar uma mala e encontrá-la na cozinha. Ela iria ligar para meu tio para avisá-lo de que estávamos fazendo uma breve viagem para a cidade dos humanos, a algumas horas de distância. Não me lembro de entrar no banco do passageiro da SUV da minha tia ou de sair dos limites da matilha. Estava presa em meus pensamentos. Como diabos você pode dizer que ama alguém e depois dormir com a 'melhor amiga' dessa pessoa? Posso dizer com sinceridade que amava Ian. Adorava estar com ele e odiava quando estávamos separados. Tive que desligar meu celular, já que Ian não parava de ligar ou mandar mensagens. Até tive que bloquear o vínculo mental porque ficava vibrando e estava me dando dor de cabeça. Um vínculo mental é uma maneira pela qual a matilha se comunica por meio de nossos pensamentos. Tem uma restrição de alcance, então desaparecerá quando estivermos fora do alcance. Minha tia colocou uma caixa de sapatos no meu colo. Olhando para longe da janela, olhei para ela e depois para a caixa. Nem percebi que ela tinha uma caixa de sapatos no colo enquanto dirigia. Estava tão perdida em minha dor, incapaz de me concentrar em qualquer outra coisa. "O que é isso?" Eu perguntei. "Apenas abra", ela respondeu, olhando para a estrada. Abrindo a caixa, percebi que tinha uma porção de documentos e algumas fotos antigas. Posso ver minha certidão de nascimento e talvez alguns documentos bancários. Depois de alguns minutos folheando tudo, notei uma fotografia dos meus pais e eu. Também percebi algumas fotos minhas no lago com um garoto da minha idade, mas não conseguia me lembrar dele. "Eu tirei essa foto de vocês três antes de você voltar comigo para a visita", ela me disse. "O que é tudo isso?" Eu perguntei, apontando para a caixa no meu colo. "Isso é tudo que seus pais e a matilha deixaram para você. Vamos ao banco quando chegarmos à cidade para transferir tudo. Depois também podemos fazer compras e pegar tudo o que você precisar ou quiser. Enquanto você esteve sentada aí, você decidiu o que quer fazer, para onde quer ir?" "Eu não sei. Não é como se eu tivesse muito dinheiro, e você é minha única família. Sempre pensei que ficaria em Blue Moon com..." Nem consegui pronunciar o nome dele. Me sinto uma i****a por pensar que o futuro Alfa realmente poderia se importar com alguém como eu. Ninguém naquela matilha sabia que eu seria a Alfa de Emerald Lake até eu rejeitar Ian. Eu teria que usar seu nome completo e título para quebrar o vínculo. Sou de sangue Alfa puro. Deveria ter sido a Luna perfeita. Mas não há como voltar lá depois daquela humilhação. "Nunca vou ficar com um traidor. Valemos muito mais", rosnou Tundra. "Eu sei que sim, mas nunca pensei que viveria minha vida sem o Ian." Olhando pela janela, pensei no meu futuro. O Rei Alfa tinha uma escola tipo universidade. Talvez eu possa fazer algumas aulas. Com certeza precisarei encontrar uma nova matilha, já que não há como eu ficar na minha matilha atual. Nunca vou me submeter ao Ian ou à Nicole. Finalmente chegamos ao banco. Era um prédio imenso. Tinha pelo menos 20 andares. Todo o prédio parece que foi construído com painéis de vidro. Tia Grace estacionou a SUV na rua do banco, e havia prédios por todos os lados. Acho que estamos na área central da cidade. "Ashlyn, traga a caixa e sua carteira com você, por favor?" Ela perguntou antes de sair da SUV. Pegando a caixa e minha bolsa, seguimos pela rua e entramos no banco. Era tão imenso por dentro, com mármore branco e balcões de carvalho escuro. Candelabros de cristal penduravam nos tetos de 3,5 metros, e eu não esperava que o banco parecesse assim. Tia Grace se aproximou da recepção e pediu para falar com o Sr. Allen Fisher sobre a conta Knight. A mulher imediatamente pegou o telefone para fazer uma ligação ou talvez chamar o Sr. Fisher. Ela se levantou e instruiu que a seguíssemos. A mulher era jovem, com cabelos escuros compridos e olhos castanhos. Estava vestida com uma saia lápis abaixo dos joelhos, uma blusa branca e um par de sapatos pretos.
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