Pesadelo
Eu sabia que as duas estavam me escondendo alguma coisa, mas preferi não render o assunto. Chamei a Priscilla para trocar uma ideia e subi com ela para o meu quarto. Assim que chegamos, ela se jogou na cama sem cerimônia.
Priscilla _ O que você quer conversar? _ perguntou, ajeitando-se entre os travesseiros.
Deitei ao lado dela, puxando-a para perto.
Pesadelo _ Nada demais, preta. Só queria passar um tempo contigo. _ Sorri levemente, tentando aliviar o clima. _ Ah, tua casa tá quase pronta. Mais um mês e ela fica do jeito que tú sempre quis.
Priscilla _ Que bom! _ respondeu ela, mas dava pra ver que não estava nem aí.
Ela encarava o teto, perdida nos próprios pensamentos. Aquilo me incomodou. Não era normal ela estar tão distante.
Pesadelo _ O que tá pegando, hein? Tú tá toda estranha, nem tá prestando atenção no que eu tô falando. _ Me virei, deitando a cabeça na barriga dela, tentando puxar o olhar dela de volta pra mim.
Ela hesitou, mas depois suspirou, parecendo que estava carregando o mundo nas costas.
Priscilla _ Eu te conto... Mas você tem que prometer que não vai fazer nada.
Senti o sangue começar a ferver. Já sabia que não vinha coisa boa.
Pesadelo _ Fala logo, preta! Sem enrolação! _ Me levantei da cama, tenso.
Ela começou a contar tudo o que aconteceu com a Fernanda e o tal do Hugo. Conforme as palavras saíam da boca dela, senti a raiva tomando conta de mim. Minha irmã? Mexeram com minha irmã? Ah, eu ia acabar com a vida desse filho da p**a!
Pesadelo _ E onde esse desgraçado tá? Vou acabar com a vida dele! _ falei, já pegando a arma.
Priscilla me olhou com aquela calma que só ela tinha, me desconcertando por um segundo.
Priscilla _ Relaxa, amor. O desgraçado já tá queimando no inferno.
Fiquei parado, sem entender.
Pesadelo _ Como assim? _ perguntei, tentando processar o que ela disse.
Priscilla _ Eu matei ele. _ Ela disse isso como se estivesse comentando sobre o tempo.
Fiquei em choque, rindo de nervoso.
Pesadelo _ Tá de caô, Priscilla. Tu matou o cara? Fala a verdade, p***a!
Priscilla _ Tô falando sério, Pesadelo. Você acha que eu ia deixar aquele desgraçado vivo depois do que ele fez? Matei mesmo, e não me arrependo! _ Ela me encarou, os olhos dela me desafiando a duvidar.
Pesadelo _ c*****o. Olhei para ela, admirado. _ p***a, preta... Tu é f**a! _ Não consegui segurar. Puxei ela pra um beijo intenso, cheio de desejo e adrenalina.
Minhas mãos deslizaram pelos cabelos dela enquanto a outra mão apertava suavemente o pescoço dela. Meus lábios desceram pelo pescoço dela até o peito, e tirei a blusa dela devagar. Sem sutiã. Sorri. Minha boca encontrou o seio dela, e comecei a chupá-la enquanto minha outra mão deslizava até sua i********e, massageando por cima do short.
Logo trocamos de posição, e ela ficou por cima, rebolando em meu colo enquanto eu chupava seus s***s. Aquele movimento me deixou louco. A safada desceu do meu colo, tirando o resto da roupa dela, e eu fiz o mesmo. Ela me empurrou na cama e se ajoelhou na minha frente, começando seu "trabalho lindo" como ela costumava chamar. Eu gemi, mas não deixei ela continuar por muito tempo. Com um movimento rápido, puxei ela e a joguei na cama, ficando por cima.
Penetrei ela com força, e ela soltou um gemido alto. Imediatamente, tampei sua boca.
Pesadelo _ Gemi baixo, amor. Minha mãe tá ai _ sussurrei, tentando manter o controle, mas ela só puxou meu rosto pra um beijo.
Continuei socando forte e fundo, os gemidos roucos escapando dos meus lábios enquanto ela sorria provocativa. Não resisti e dei um tapa leve no rosto dela, provocando um sorriso malicioso.
Pesadelo _ Tú podia me dar o cuzinho agora, né? _ falei, a voz rouca de desejo.
Ela hesitou por um segundo, mas depois assentiu, os olhos cheios de curiosidade e um pouco de medo. Coloquei ela de quatro e passei um gel. Fui devagar, primeiro com a cabecinha, sentindo o corpo dela se ajustar. A dor que ela sentia foi diminuindo até virar puro prazer. Eu sabia exatamente quando ela começou a gostar, e foi aí que comecei a acelerar. Ela gemia de prazer, e eu não conseguia mais segurar. Gozamos juntos, ambos exaustos.
Caímos na cama, as respirações ofegantes preenchendo o silêncio do quarto, nossos corpos quentes entrelaçados, ainda se recuperando da intensidade do momento. O quarto parecia pulsar com o ritmo de nossos corações acelerados, e por alguns instantes, o tempo ficou suspenso, como se o mundo tivesse parado lá fora.
Ela virou o rosto para mim, os olhos brilhando com um misto de cansaço e desejo renovado.
Priscilla _ Vamos tomar um banho? _ sua voz saiu suave, quase um sussurro, mas carregada de uma promessa implícita.
Não precisei de mais incentivo. Levantei-me lentamente, os músculos ainda tensos do esforço, e a segui até o banheiro. A água quente do chuveiro deslizou por nossas peles, criando um contraste delicioso com o frio que começava a tomar o ambiente.
Minhas mãos encontraram o caminho por seu corpo, e o contato entre a água e sua pele só aumentava o desejo que parecia nunca cessar. Mais uma vez, nos deixamos levar pelo impulso, cada toque, cada beijo, cada respiração compartilhada aumentando a intensidade daquele segundo round, agora no chuveiro.
Depois do que pareceu uma eternidade, finalmente cedemos ao cansaço, as pernas trêmulas, os corpos exaustos, mas saciados. Saímos do chuveiro, secando-nos de forma preguiçosa, como se o tempo estivesse a nosso favor. Voltamos para a cama, ainda úmidos, deixando a sensação de conforto e calor nos envolver novamente.
Deitados lado a lado, nos enroscamos como se o mundo lá fora não existisse. Nossos corpos se encaixavam perfeitamente, e senti sua respiração se acalmar contra meu peito. Aquele momento, compartilhado em silêncio, era mais íntimo do que qualquer palavra.
Pesadelo _ A gente nem terminou aquela conversa, né? _ comentei, passando a mão pelos cabelos dela.
Priscilla _ É verdade... Você acha que daria certo? _ perguntou ela, me olhando com aqueles olhos que me faziam querer prometer o mundo.
Pesadelo _ Não vamos saber se não tentar, né? Vai ser bom agora que tú vai se mudar. A gente vai estar mais perto um do outro. _ Dei um selinho nela, já imaginando nossa vida juntos.
Priscilla _ Tudo bem então. Vamos ver no que vai dar. _ Ela sorriu, e meu coração quase explodiu de felicidade. Beijei ela de novo, um beijo mais longo dessa vez.
Passamos mais um tempo juntos até que ela decidiu ir embora. Insisti para que ela dormisse ali, mas ela disse que queria dormir com a princesinha dela. Entendi. Levei ela até em casa e, depois, voltei pro morro.
Priscilla
Chegando em casa, o cansaço parecia querer dominar, mas o banho me revigorou. Aproveitei para dar banho na Sophia também, já que ela adorava brincar com a água. O som de sua risada enquanto eu a lavava era a melhor parte do meu dia. Depois disso, descemos para jantar. Sentei-me à mesa com Sophia, a acomodando no cadeirão, quando vi Kauã entrando pela porta.
Priscilla _ Olha só quem apareceu! Por onde você anda, hein, seu feioso? _ brinquei, sorrindo.
Kauã _ Feia é você! _ ele retrucou com um sorriso, pegando um prato. _ Tô ficando mais lá no morro... Falando nisso, quando vamos mudar?
Priscilla _ Se tudo der certo, daqui a um mês. _ respondi enquanto alimentava a Sophia, que parecia mais interessada em brincar com a comida do que em comer.
Paula _ Vocês vão me abandonar mesmo? _ a voz da minha mãe, veio carregada de um tom de drama, algo que ela fazia tão bem. Olhei para ela, tentando acalmar suas preocupações.
Priscilla _ Vou vir aqui todos os dias, mãe. Não se preocupe. E a senhora pode ir lá em casa também. _ Sorri, esperando que isso a tranquilizasse, mas sabia que a ideia da mudança pesava sobre ela.
Depois do jantar, levei Sophia para a área gourmet. Ela adorava correr por ali, enquanto eu me acomodava no sofá, observando-a. Era um daqueles momentos em que tudo parecia em paz, uma rara tranquilidade no meio de tanto caos. Até que a campainha tocou. Levantei-me, um pouco hesitante, e fui atender.
Era Emanuel. Fazia um bom tempo desde que eu o vir pela última vez. Ele entrou com um sorriso, mas havia algo nos olhos dele que me deixava inquieta.
Emanuel _ Oi, Priscilla! Você sumiu, hein! _ disse ele, aproximando-se.
Sorri, um pouco sem graça, e nos sentamos. A conversa logo se voltou para o passado. Emanuel começou a falar de uma época em que eu nem gostava de pensar muito. Mencionou um amigo que tinha lhe tirado algo importante, e, de repente, a conversa tomou um rumo sombrio. Ele falou sobre vingança de um jeito que me deixou desconfortável. Meu corpo ficou tenso, e o ambiente, que antes parecia acolhedor, começou a pesar.
Emanuel _ Você ainda tá solteira, Priscilla? _ a pergunta me pegou de surpresa, e minha mente deu um giro rápido antes de responder.
Priscilla _ Não... _ balancei a cabeça, tentando soar firme.
Emanuel _ Com quem você tá namorando?
Hesitei, mas acabei falando a verdade.
Priscilla _ Você conhece... é o Pesadelo.
O rosto de Emanuel mudou completamente. Aqueles olhos que já me incomodavam agora pareciam ter se tornado frios, perigosos. Senti um arrepio gelado percorrer minha espinha, como se, de repente, eu estivesse em território hostil.