Capítulo 4 - O segundo dia (inédito)

592 Words
"Boa Leitura" !! - Bom dia! – a voz dele soou debochada ao vê-la despertar. Alice forçou olhos pela segunda vez com muito esforço, e encontrou o amado sentado ao lado da cama, olhando-a com um sorriso. - Meu Deus Henrique desliga esse sol! – colocou um travesseiro sobre o rosto, ele gargalhou e puxou. – Ai! – colocou a mão na testa. - Eu fiz um café forte, mas a essa hora já esfriou... não achei que fosse dormir tanto. - Como assim dormir tanto? Que horas são? - Meio dia! - O que? – sentou-se rapidamente na cama – Ai que dor de cabeça... – ele a olhava ainda sentado, sem se mexer. – Se você disser “Eu avisei”, eu juro que volto pra casa hoje mesmo. - Não, eu não vou dizer. Embora nós dois sabemos que eu avisei... – ele disse, dando-lhe um beijo no rosto. - Eu estraguei nossa primeira noite, não foi? - Só me deixou um pouquinho frustrado. – fez sinal com a mão. – Mas só um pouquinho. - Mas... eu... droga, me desculpa! - Não amor, alguns até achariam romântico o fato de eu ter te carregado no colo por 1 km... - Tá bom... o que você vai querer em troca? – ela enfiou o rosto entre as mãos. - Aquele vestido de ontem. – deu de ombros. - Você quer o vestido? – ela o encarou. – Não sabia que você gostava de usar vestido, docinho, acho que não ficaria tão legal em você. – mesmo com a dor de cabeça, não pôde deixar de provocá-lo. - Quero que você suma com ele. - O que? Não! – negou. – Nem pensar! - Foi você quem perguntou o que eu queria! – a encarou. - Henrique aquele vestido foi caro! - Eu pago o dobro. - Espera, você nunca implicou assim com as minhas roupas, eu fiz alguma merda? O que foi que eu fiz? - Além de nos dar um banho de batida, chamar o barman de “mocinho do bar” e se debruçar no balcão para falar com ele, digamos que o vestido parecia ter vida própria. - E você não gostou nem um pouco, não é? – ela fez uma carinha culpada, e ele balançou a cabeça negativamente. – Você me perdoa? – ela mordeu os lábios. - Depende. - Depende do que? - Do quanto você pretende me agradar essa semana... - Pode deixar, irei me esforçar bastante! – ela enlaçou os braços no pescoço dele – se você quiser a gente pode começar agora mesmo! - Henrique sorriu e a beijou, caindo por cima dela. Foi quando ela o parou e se levantou. – Desculpa, mas... - Sua cabeça, eu sei – ele apontou para o criado mudo, onde havia um analgésico e um copo d’água. - Eu não acredito que nós vamos perder o segundo dia de lua de mel também... – ela fez uma careta enquanto engolia o remédio. - Não tem problema, amor. A gente pode só deitar na areia da praia, ver o pôr-do-sol, sentindo a brisa do mar, e ouvindo o balanço das ondas... O que você... – parou de falar e olhou para ela. Ele conhecia muito bem aquela expressão, e segurando o riso ele apontou para o banheiro. – O banheiro fica ali, amor. Ela correu em direção a porta e ele desceu as escadas. - É, nós vamos mesmo perder o segundo dia. – resmungou sozinho, pegando para ela uma outra garrafa de água
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