Capítulo 1

1002 Words
Leonardo Fontana Estou completamente vidrado com a cena em que o meu pai está rasgando* a pele de um de desgraçado* usando um punhal. No chão, há sangue*, restos de dedos, unhas, dentes, orelhas, o pênis* desse verme* e agora, vejo o meu pai simplesmente despejar ácido no peito do homem que grita histericamente onde em breve dará o seu último suspiro de vida. O que ele fez para merecer isso? Simples, ninguém toca na minha mãe a nõa ser o me pai. Nessa noite, ocorreu um evento da organização e por um tempo, parecia um evento normal como todos os outros. Os meus pais dançavam juntos, os meus tios conversavam com os membros*, Filippo estava bebendo e procurando alguém onde se enfiar e eu fui tomar um ar no jardim querendo um pouco de paz. Fiquei ali um tempo, pois, não tinha nada de interessante no salão a não ser a bebida e o copo já estava na minha mão. Um tempo depois, entrei para pegar mais e já não os vi, mas pouco depois, ouvi vozes pelo corredor e a confusão já estava armada*. O meu pai dava socos no homem caído no chão, a minha mãe estava assustada e a levei para outro lugar e assim, ele não esperou o dia amanhecer para mostrar ao infeliz* quem ele é de verdade. Há muitos anos, eu observo até onde a capacidade do meu pai vai e muitas vezes não me surpreendo mais. Ele tem um jeito único de defender a minha mãe e a todos nós de uma forma que muitos não fazem nem metade e, sim, tenho orgulho de tê-lo como pai e espero ser muito parecido com ele um dia. Eu o admiro muito! Ele me ensinou desde cedo a importância da organização e as suas funções, aprendi desde criança os treinamentos básicos exigidos, mas, em certas áreas eu queria mais. A minha mira é impecável, dependendo da arma*, consigo acertar o meu alvo de forma certeira e também gosto muito de observar uma tortura* e também realizá-la. Nesses anos pude ver muita coisa e fiz de tudo para tomar como aprendizado, pois, sempre é a única saída. Fui ensinado a ter um prazer* enorme por gritos de clemência, a apreciar o desespero e o sangue* do inimigo, mas a maior vitória é o seu último suspiro. É uma adrenalina surreal. — O inferno* te espera! — Meu pai fala cuspindo nos restos. — Desgraçado*! — Já acabou e precisa controlar as emoções. — Falo o vendo vermelho de ódio*, mostrando as suas veias na testa pulsando. — Diga isso quando tiver a sua mulher e aí conversamos. — Ele responde retirando as suas luvas e as jogando longe. — Mãe ligou e pediu que o senhor voltasse logo... — Filippo fala olhando o seu celular. — Vamos! Eu preciso relaxar... — Ele fala retirando a sua blusa manchada com sangue*. — Imagino! — Resmungo segurando um riso. Sei bem o que o faz relaxar e sim, só a minha mãe consegue. Vamos ao escritório do galpão e enquanto ele toma um banho, fico dando uma olhada em alguns documentos no notebook e dando baixa em alguns e-mails, e Filippo fica no celular completamente calado. — O que vai fazer agora? — Pergunto a ele sem tirar os meus olhos da tela. — Dar uma saída..., talvez no clube, mas ainda não sei. — Olho para ele levantando uma sobrancelha. — Não sei como gosta disso. — n**o* com a cabeça só de imaginar. — Não é questão de gostar e, sim, de se identificar..., gosto de ter controle. — Ele fala com um leve sorriso no rosto. — E quando tiver que se casar, como vai fazer? — Questiono curioso, até porque esse dia vai chegar e não quero acreditar que ele será como os outros. — Quando chegar a hora eu decido..., até porque, não é algo que vá acontecer amanhã. — Ele fala tranquilamente sem uma gota de preocupação. — Tomara! — Falo voltando ao notebook. Poucos minutos depois, o meu pai chega com outra roupa e começo a desligar tudo para sairmos. Filippo afirma que irá sair e faz um sinal para eu acompanhá-lo, então, nos despedimos do meu pai entrando no carro e Filippo fala que em vez do clube, está querendo ir ao bordel. — E o clube? — Pergunto confuso já que ele vive naquele lugar. — Está muito longe daqui, mas..., no bordel tem o que quero. — Dito isso ele dá a partida. Sou o mais velho dos meus irmãos, mas para a nossa certa infelicidade, Lilia já se casou e mora bem longe, mas o lado bom é que se casou por amor e sim, eles dois ganharam na loteria um com o outro e Levy é um cara de sorte. Todos sentimos falta dela, mas, temos contato frequente e sabemos o quanto ela está feliz. Os meus pais são um exemplo de casal na organização, são muito visados e de certa forma invejados, e o melhor é que nada os abala. Cresci os vendo sempre juntos, felizes e claro, se respeitando acima de tudo e até hoje eu nunca ouvi algum boato errôneo sobre o casamento deles. Nunca fui de desejar me casar, mas quando chegar espero ser como o deles. Ao chegarmos no bordel, vejo que a noite já começou há muito tempo e de certa forma, tem muitas pessoas hoje. Vejo o senador, alguns deputados, membros* da organização e no momento, só quero uma bebida, porém, os meus planos começam a mudar completamente pelos olhares que recebo das mulheres da casa e continuo olhando ao redor. Filippo já sumiu do meu campo de vista e isso não me surpreende mais. É sempre assim! — É bom vê-lo..., tem planos para hoje? — Katlen, uma loira de tirar o fôlego pergunta tocando o meu terno. — Tenho e não é só com a bebida. — Respondo vendo-a sorrir. É, realmente a bebida será apenas um complemento.
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