CAPÍTULO 3 O NOIVADO

1085 Words
CAPÍTULO 3 O NOIVADO Narrado por Isabelly “Seja esperta. Perceba tudo, mas aja como se não percebesse nadaa” Os meus pais fizeram uma festa para as pessoas mais chegadas da nossa família e da família do Richard. Foi uma festa muito bonita, apesar das circunstâncias. Richard me deu um belíssimo anel de noivado com uma pedra em lilás, adorei e ele disse que foi ele que escolheu. — Peço desculpa se por acaso não gostaste do anel de noivado. Mas eu não sei do que tu gostas e por isso optei por anel bonito mas discreto. — É lindo, Richard eu gostei muito mesmo. Ele olha lá para fora para a janela e diz. — Pronto, estamos noivos. — Eu sei que tu não querias este noivado, mas se te serve de consolo, eu também não. Ele olha para mim e vejo admiração no seu olhar. — Tu és realmente muito diferente do que eu imaginei. — Pensaste o quê? Que eu era uma desesperada para casar? — Acho que no fundo sim, pensei que tu querias casar. Afinal de contas a maior parte das garotas quer casar, não é? — Umas tontas, isso sim. Uma mulher não precisa de marido para ser feliz, muito menos na minha idade, mas tu acreditas que tenho colegas que dizem que eu já devia ter casado, que já estou a passar da idade! Só podem ser loucas. Ele sorri disfarçadamente. — Devíamos nos ter começado a conhecer antes, talvez fosse mais fácil agora. — Talvez, mas também nunca saberemos por isso, não vale a pena pensar nisso. Vamos nos conhecendo a partir de agora. — Gosto da tua maneira de pensar. — ele acaba por me dizer. — Ainda bem. RESSENTIDA Narrado por Isabelly “Há muitas razões para duvidar e uma só para crer” Eu e o Richard começamos a sair muitas vezes, além de ser bom que nos vissem como casal, era bom porque nos íamos conhecendo e devo dizer que quanto mais eu o conhecia mais gostava da sua maneira de ser. Estamos a fazer um piquenique, quando avistamos a Jade, juntamente com uma das suas irmãs. Ela fala alguma coisa para a irmã e vem na nossa direção enquanto a irmã fica parada no passeio. — Boa tarde! — ela nos cumprimenta sem tirar os olhos do Richard. — Que bom que os pombinhos estão a dar-se tão bem. Vai ser um casamento próspero. Jade diz aquilo com a maior ironia do mundo. Vê-se o tamanho do desconforto do Richard. — O que estás a fazer, Jade? Vão falar se te vir aqui. — Richard a tenta avisar. — Não estás sozinho, pelo contrário, estás com a tua futura esposa. Ela continua a mandar farpas. — Tens razão, mas mesmo assim isso é imprudente, Jade, imagina que começam a falar! Sabes como são as linguarudas. Ela o olha ressentida. Vira as costas e vai embora em passo pesado. ALIMENTAR A DISCÓRDIA Narrado por Jade “Você só cresce quando ouve aquilo que não quer ouvir” Eu sempre pensei que este casamento nunca iria sair. Bem, a história das tradições familiares deles os dois é muito conhecida, mas mesmo assim não era para acontecer. Estou com raiva, com ódio. O casamento está marcado para daqui a menos de três semanas e eu estou enraivecida. Não quero imaginar aquela mosca morta casar com o meu Richard, não, não, mas é que nem pensar, eu não vou permitir, nem que para isso eu tenha que jogar sujo. E vou jogar sujo mesmo, porque eu estou a ver aqueles os dois muito próximos, próximos demais e eu não estou a gostar nada e não quero. Na minha cabeça estou a elaborar um plano para os separar, esse casamento não pode e não vai acontecer. E até acho que já sei o que vou fazer. O meu primo Clabe gosta da Isabelly desde o tempo de escola, então acho que vai ser fácil fazer com que este plano resulte. Esta decidido, vou falar agora mesmo com o Clabe. Saio de casa e vou até à casa dele Jogo no seu colo a ideia de que também a Isabelly nutre sentimentos por ele, mas como está prometida ao Richard não o pode demonstrar. Clade ficou muito feliz com a novidade e disse que iria falar com ela. Eu tenho que aproveitar a deixa para o Richard ver que a sua noiva é uma oferecida. E realmente o Clabe foi falar com ela mas a Isabelly manteve sempre a distância e não o deixou se aproximar muito. Mas eu não perdi a oportunidade de semear a discórdia e fui ter com o Richard mais uma vez no caminho que eu sei que ele faz quando vem do trabalho. — Tu fizeste uma promessa, mas te vejo muito longe de a cumprires. — lhe digo m*l ele chega perto de mim. — Jade, por favor, eu disse aos meus pais que não ia fugir do compromisso. Os meus pais me pediram por tudo para eu não falhar com a tradição. Eu não os posso decepcionar. — Então e eu? A mim podes decepcionar? Eu estive contigo durante um ano e meio e agora do nada tu deixas-me? — O teu pai não me quer nem perto de ti! Que querias que eu fizesse? Que fosse contra o mundo para ficarmos juntos? O teu pai nunca o permitiria, tu sabes isso muito bem. — Tu estás a fugir à conversa. — o acuso. — Não, não estou, estou apenas a ser franco. Por muito que eu quisesse estar contigo, ficar contigo, nunca seria permitido. Olho para ele com atenção. — Richard! Tu estás apaixonado por ela? — Claro que não, mas que ideia. Percebo que ele está nervoso. Vou jogar a minha cartada. — Pois te digo, que se tu estás apaixonado por ela és muito tapado. — Porquê? — ele pergunta desconfiado. — Porque a Isabelly não é a santa que pintam, ela é sim uma grande rameira. — O que tu estás para aí a dizer, Jade? — Que vais casar com um mulher já bem usada. Ele afina o olhar desconfiado e eu continuo. — Isabelly já se deitou com outro homem, ela não vai virgem para o casamento. Vais casar com uma v***a, isso sim. Ele me olha perplexo. — Isso não é verdade, tu estás a mentir! — Não, não estou e até te digo com quem ela o faz, o meu primo, Clabe.
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