Capítulo 4

1285 Words
Vitória narrando Uma coisa que eu odeio, é a pessoa falar que não vai fazer uma coisa, ficar falando m*l, reclamando, mas no final de tudo, fazer de novo. É isso o que eu odeio na Letícia, eu odeio as atitudes do meu irmão, eu sei que é muita filhadaputagem mas ele sempre deixou bem claro, que não queria nada sério. Eu aviso, eu aviso, mostro foto, mensagem, áudio, e ela continua insistindo. Fico triste por ela, porque sei que quando a gente está apaixonada, a paixão cega, mas ela tem que aprender que é razão, antes da emoção. Não dá para chamar de amor aquilo, o amor não machuca! Nesse tempo, estive conversando muito com o Lucas, pelo visto ele é um homem muito maduro e posturado. Ele sempre tenta digamos que, vir com uns papinhos metido a ficar juntos e tals, mas eu já sou vivida quando se trata de homem, e sempre fico esperta. Ele me disse que o acidente que ele tinha sofrido, não era nada de mais e que semana que vem ele iria fazer um churrasco na casa da praia dele e que minha presença já estava confirmada, pela Letícia. Aceitei de boa, e fiquei toda pensativa, sobre qual biquini, ter que fazer banho de lua, depilar tudinho, hidratar o cabelo e etc. Sei lá, acho que pelo fato de eu não ver mais graça em namorar ou ficar sério com nínguém, acabei me descuidando um pouco. Mas com o Lucas, é diferente, ele me disse que é bem observador, mas que não liga muito... Na verdade, ele parece ser um cara que repara em tudo, e eu que não quero murchar meu ego me sentindo feia. Gostei do fato de ele ser mais velho, porque os meninos da minha idade são meio imaturos para tudo, onde já se viu? Dezoito anos nas costas e só quer saber de free-fire, ou ficar o dia inteiro deitado. Me erra, se eu sou independente, quero alguém que corra comigo também. Dinho chegou em casa, avisou que meu pai estava vindo para a casa, mas não me olhou direito. Nem liguei, ele deve estar estressado, e eu não quero acabar levando patada, não. ..................................................................................................... Veloster narrando Nesse tempo que fiquei trocando ideia com a Vitória, percebi que ela é uma p**a de uma novinha suavona. A mina é gente boa, inteligente, pensa em crescer na vida, tirando a parte de ser gostosa pra c*****o e o rostinho então nem me fale, rapá...Chamei ela para encostar no churrascão, para mim está suave, ver a branquinha de novo, nem ficou apampa. Desde que eu levei um tiro, o cuzão do médico, falou que é para eu ficar de repouso, mas é um c*****o que eu vou. Estava me arrumando pra sair quando chega a Larissa metendo o louco, já Larissa: Oi mô - Falou com aquela voz irritante dela. Veloster: Fala aí. Larissa: Preciso de 5 mil, para colocar aparelho nos dentes do Murilo. - Ri de lado e olhei para a cara dela. Veloster: Tú me acha com cara de palhaço né? Desde quando aparelho custa tudo isso, tá maluca? Larissa: Ah mô, por favorzinho. - Começou a me agarrar. Veloster: Era mais fácil tu falar o motivo de tu querer, mas tá suave, tenho que sair. - Tirei um bolo de notas da carteira e dei para ela, nem rendi mermo, dinheiro para mim não é problema e hoje eu não tô afim de ouvir ela chapando minha mente. Montei na moto e fui para o QG, cheguei lá, tava sem ninguém, só sentei na cadeira, fiquei suavão, e subi um balão para desestressar. Fiquei pensando na Larissa, sei nem porque eu tô com essa mina. Não amo ela, nem sinto gratidão, ela nunca fez nada por mim, só me deu meu filho que é a unica coisa boa dessa vida. A mina não trampa, não faz p***a nenhuma da vida, só coça o cu o dia inteiro. Meu filho já tá grandinho, se pá vou logo arrumar uma casa para ela e mandar ela meter o pé. Nunca bati nela, não, e até evito brigar, mas trair não posso dizer que não, até porque homem é homem. Fiquei marolando até meu radinho tocar, dizendo que o carregamento novo de crack tinha chegado, levantei e fui trampar, porque a vida não para. ..................................................................................................... 1 semana depois Vitória narrando Um semana se passou, e eu e o Lucas, estamos digamos que, próximos demais.Todos os dias a gente se fala, e com toda a certeza o assunto rende... Acho que é meio cedo para falar que eu esteja apaixonada por ele, mas eu estou começando a gostar dele, como pessoa, e para mim, já é um sinal positivo. Pelo o que parece ele é meio frio referente a certas coisas, mas para outras, ele já é mais interessado. Eu não estou procurando nenhum tipo de relacionamento, ou ficante que seja, agora. Mas ele é um cara legal, e acho que se não rolar nada, eu e ele daríamos uma p**a de uma amizade f**a. Nesse exato momento, eu já estou na casa da Leticia, prontíssima e esperando a madame terminar de se arrumar. Vitória: Então, minha filha, vai demorar muito? - Perguntei observando a mesma em frente ao espelho Leticia: Calma c*****o, eu tenho que estar gata, quero pegar o Arthur. - Respondeu enquanto fazia um r**o de cavalo no cabelo. Vitoria: Ainda bem que acordou, Dinho não serve para você e o Arthur, tá te querendo desde o dia da praia, pelo visto. Leticia: E como você sabe, não n**o fogo, aliás, quem é Dinho, mesmo? - Revirei meus olhos e dei uma risada baixa. Ela terminou de se arrumar e nós saimos de casa. Estávamos descendo o morro quando uma moto parou do nosso lado. Dinho: Para onde as bonitas, pensa que vão? - Falou com a moto quase atropelando a Letícia. Vitoria: Para onde não te interessa, palhaço. Dinho: Vitória, o dono da Maré, la, está muito quieto ultimamente, eu e o pai estamos achando que ele vai invadir aqui hoje, então, toma cuidado. - Me olhou sério. Vitória: Se der algum b.ó, me avisa antes, porque nem para a casa eu volto hoje. Dinho: Pode pá, eai Lelê. - Falou com a Leticia Leticia: Tudo bem Diego? - Falou sem dar muita atenção e eu fiquei surpresa, mas nem falei nada. Ele ficou pousado nela por uns minutos com uma cara de desentendido enquanto nós esperávamos o uber. Entramos no uber e partimos para a praia. A Leticia ficava toda hora se olhando no espelho, perguntando se estava bonita, ou se o Arthur iria achar ela gata. Essa menina, cada vez me surpreende mais...Uma morenona linda dessa, vir querer dar de insegura, cada coisa... Quando chegamos na praia, fomos andando, mesmo, até a casa do Lucas, que estava mais para uma mansão. Eu fico chocada, isso sim... Nem meu pai, dono do complexo do alemão, tem uma dessa na praia. Devem ser esses filhinhos de papai, pelo visto, mas você liga? Porque eu não. Vou é aproveitar, antes que eles descubram que eu sou filha de um traficante, e mandarem eu voltar para a favela. Tocamos o interfone e logo veio o Arthur abrir o portão. Arthur: Salve, pô, entra aí. - Deu espaço e nós passamos. Leticia: Eai bebê, obrigada. - Começou a ficar toda assanhada. Revirei meus olhos por isso e segui ela que seguia o Arthur. Entramos e, fomos direto para uma sala, que estava apenas o Lucas sentado, fumando um baseado... Uma coisa que eu nem gosto, né, risos. Conversei mais um pouco com a Letícia e o Fernando e depois fui para o lado dele.
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