Ele permaneceu sentado na poltrona, me olhando como se me devorasse, me medindo como se quisesse descobrir cada pensamento meu, eu não conseguia mensurar o tamanho da minha vergonha, e o quanto eu me senti invadida. O que eu havia falado?! Várias indiscrições passeavam pela minha mente, o que me fazia apenas corar de nervoso. - A quanto tempo você está aqui? - Perguntei com os olhos arregalados mais uma vez, ele passou o dedo pela boca, parecendo lascivo demais, deu um gole no seu copo de uísque. - Não se preocupa com isso, não sei do que você tem vergonha. Estava uma delícia acompanhar! - Ele respondeu a isso rindo, da minha cara provavelmente. O que deixava isso tudo ainda mais estranho, - O que você ouviu? - Já se pegou se torturando? Essa pergunta era tortura, eu não queria saber.